Devido ao grande número de instituições ou denominações atualmente afirmarem ser evangélicas ou por serem assim chamadas. Escrevi esse texto para dar uma aclarada no meio desse amontoado de "igrejas evangélicas" para que você caro internauta possa ter certeza de que esteja freqüentando realmente uma igreja evangélica ou não. Assim, levantei algumas características bem comuns e de desarmonia com a Bíblia Sagrada que existem nesses grupos não católicos, mas que também não são evangélicos:
Não crer que há uma sã doutrina:
Dizem que todas as doutrinas da Bíblia são relativas, cada um faz a sua interpretação. Está cada vez mais claro esse tipo de comportamento entre aqueles que si dizem evangélicos. É lamentável a grande frouxidão que surge nas lideranças que eram para trazer segurança e fé ao povo. Agora, jogam um monte de dúvidas e incertezas em suas mensagens escritas e verbais. Nomes conhecidos aqui no Brasil e no exterior se transformaram em um poço de incredulidade e esfriamento espiritual. Com certeza atendem direta ou indiretamente aos interesses da NOVA ERA. Que é sintetizar as religiões. Um sistema de crença do tipo da ortodoxia cristã não é bem vindo hoje no mundo globalizado pela NOVA ERA. O pensamento analítico deverá ser substituído inteiramente pelo pensamento holístico que vem sendo introduzido sorrateiramente na sociedade global e inclusiva cristã.
Objeção bíblica: Embora existam questões na Bíblia que estejam abertas no que diz respeito aos assuntos secundários. Todavia muita coisa nos assuntos primários tipo: salvação, últimas coisas, Deus, igreja, anjos, homem, etc. São definidas e fechadas pelas Escrituras. Portanto, é errado e fraudulento o pensamento de que não haja uma sã doutrina na Bíblia Sagrada. Leia a postagem que fiz sobre esse assunto AQUI
Não crer em absolutos:
Suas mensagens tendem ao relativismo. Infelizmente, aquela palavra de Paulo aos romanos dizendo: "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus". (Rm.12.2). Ficou esquecida, pois cada vez mais, o povo que era para fazer a diferença, está cada vez igual. Seguindo os ditames desse mundo. Vivemos num mundo onde as verdades tornaram-se relativas, e isso tem moldado muitas igrejas e líderes. É com pesar que digo isso. E igrejas que afirmam ser evangélicas, mas vivem mercadejando as verdades absolutas da fé cristã não é igreja evangélica. Pode até parecer, cantar hinos evangélicos, mas não é. Sem falar aqui de cantores supostamente evangélicos, cujas canções são uma negação da mesma.
Objeção bíblica: Jesus foi muito claro em suas palavras em absolutos de sua verdade. Não tem como lermos João 10.7,8; 14.6; 15.1 e ficarmos em cima do muro. Os apóstolos Pedro (At.2.42); Paulo (1Tm.2.5) foram categóricos em suas palavras. Moisés (Dt.6.4); o profeta Isaías (cap.44.6); o salmista (cap.147.19.20).
Possui doutrinas sem respaldo bíblico:
Ao compararmos seus ensinos com a Bíblia não encontramos harmonia. Antigamente, os evangélicos tomavam a Bíblia como padrão de conduta e normativa, todavia as coisas não vêm sendo mais assim em alguns redutos supostamente evangélicos. Os ensinos, canções e pregações vêm sendo pautados em auto-ajuda, confissão positiva, suposições, sentidos, visões, novas revelações, profecias, psicologias e filosofias. Esse comportamento descentralizador da Palavra de Deus é perigoso e faz caminhar muitas igrejas para o pseudo-evangelicalismo.
Objeção bíblica: Pedro escreve: "Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus...". (1Pe.4.11a). Paulo também reitera: "Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina". (Tt.2.1). Jesus falou também: "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra". (Mt.5.17,18). Ele referia-se a Palavra de Deus, que sua composição era chamada de "Lei e Profetas" (ver Lc.24.44). Em fim, o respaldo bíblico era algo costumeiro dos servos de Deus. E se hoje tem mudado, é porque os servos querem ser senhores.
Faz interpretações isoladas da Bíblia:
Suas citações bíblicas precisam ser isoladas do restante para que não entrem em conflito. Realmente isso é flagrante em muitas igrejas pseudo-evangélicas. Quando vamos analisar suas afirmações bíblicas (quando fazem), geralmente o contexto não condiz com o que afirmam. As vezes, são citações tão rasas, que até um adolescente freqüentador de uma boa escola bíblica poderia explicar o modo correto do texto. Meus mestres e pastores antigos já me diziam: "fora do contexto se prova tudo dentro da Bíblia".
Objeção bíblica: As escrituras nos orientam "conferindo coisas espirituais com espirituais" (1Co.2.13). Também diz: "nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo". (2Pe.1.20b).
Apresenta um exclusivismo denominacional:
Somente a denominação ou congregação deles tem e prega a verdade. Você pensa que essa característica se restringe somente as seitas pseudo-cristãs? Não, muitas igrejas autodenominadas de "evangélicas" vivem numa centralização da unção, poder de Deus e da verdade. Muitas denominações evangélicas que surgiram nessas últimas 10 décadas, são do conhecimento dos pesquisadores, historiadores e apologistas cristãos, que há uma prerrogativa de exclusivismo denominacional descabido. E isso vem se fortalecido mais ainda entre os neo-pentecostais.
Objeção bíblica: Jesus disse que a igreja é DELE (Mt.16.18). E de mais ninguém! Os líderes espirituais que ele (Ef.4.11) e o Espírito Santo designou (At.20.28) vão prestar contas com o DONO que é Deus (Hb.13.17) e suas funções são provisórias e não definitivas (1Pe.5.4). A verdade do evangelho não é de exclusividade de um grupo ou denominação, mas é patrimônio da humanidade. Jesus disse que ele fosse pregado a toda criatura (Mc.16.15) e que se fizesse discípulos em todas as nações (Mt.28.19). Quando Paulo mencionou sobre "casa de Deus" e "igreja do Deus vivo", ele não mencionou denominação nenhuma (1Tm.3.15). Sabemos que a denominação é apenas uma razão social para legalização de uma instituição junto as autoridades civis. Porém, líderes facciosos têm transformado suas denominações em impérios da verdade.
Só se baseia no Antigo Testamento:
Quando querem provar algo de suas doutrinas se restringem ao Antigo Testamento sem a confirmação do Novo Testamento. É notória a citação de trechos do Antigo Testamento por líderes dessas igrejas. Não que o A.T. não seja Palavra de Deus também, entretanto, todas as cerimônias se encerram em Cristo. Os princípios da Lei são aproveitados, mesclados e reiterados à perspectiva da NOVA ALIANÇA. Aquilo que está no Antigo Testamento que é relevante para o cristão é repetido no Novo Testamento. Isso é a regra do bom cristão estudante da Palavra de Deus. Infelizmente, os cristãos acham que por está na Bíblia, não importa se estiver no A.T. ou N.T., tomam pra si tudo o que está no texto. Desconsiderando a distinção que há entre ambas as ALIANÇAS.
Objeção bíblica: Olhemos para o que diz o apóstolo Paulo. Vejamos a distinção que ele faz do tipo de pessoas que as Escrituras se dirigem: "Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus". (1Co.10.32). Essa orientação de hermenêutica está disponível para visualização aqui no google drive do blog. Paulo disse: "tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo". (Cl.2.17). Ele falava sobre leis e costumes do A.T. é só ver contexto (v.16). Chegando Cristo, o fim da lei (Rm.10.4) no propósito desta, não podemos ficar no trem se já chagamos no destino.
A experiência pessoal está acima da Bíblia:
São pragmáticos de mais, o que sentem, sonham e vêem tem mais respaldo do que a Bíblia. Aquilo que os reformadores definiram como SOLA SCRIPTURA vem sendo cada dia desrespeitado por aqueles que se dizem evangélicos. Porém, pode ficar certo são pseudo-evangélicos. Toda igreja evangélica séria e que se preza tem nas Escrituras a suficiência para ensinar, corrigir e tratar qualquer assunto da vida prática e espiritual. É tão dominante esse comportamento entre os que se dizem evangélicos que você pode citar umas 50 passagens da Bíblia em uma pregação e pessoas estarem até dormindo, mas basta começarmos a contar um sonho ou uma visão que recebemos de Deus para despertar todos num auditório.
Objeção bíblica: Enquanto que o evangélico verdadeiro diz: "na Bíblia está escrito...". Os pseudo-evangélcios preferem dizer: "eu sinto que..." ou "Deus me revelou que...". Onde o terceiro mandamento (Êx.20.7) tornou-se corrimão de escada onde todos ultrapassam. Esse tipo de comportamento ocorre muito entre os pentecostais do movimento controverso conhecido no exterior como "unção de Toronto", e vulgarmente conhecido no Brasil como ré-té-té. Veja o vídeo: AQUI
Usa objetos como regra para que o milagre aconteça:
Não sabem orar simplesmente, precisam de um objeto acompanhando. Tornando-o num fetiche. Entre os neo-pentecostais, um movimento de igrejas pseudo-evangélicas, é muito comum o uso interminável de objetos. No vídeo a seguir veja que até cimento em pó é usado como fetiche; água "ungida" usada como fonte de arrecadação de dinheiro para pagar a conta dos programas de TV; o enterro da miséria; caneta ungida para fazer vestibular: CONFIRA. Tapete de fogo: CONFIRA. O fato é que esses modismos em nada se diferenciam das práticas do baixo espiritismo. E que está claro as segundas intenções na arrecadação de dinheiro.
Objeção bíblica: A palavra de Deus nunca transformou em regras o uso de objetos como instrumentos para o milagre. Veja o caso de Moisés, perdeu a oportunidade de entrar na terra prometida porque feriu a rocha ao invés de falar a rocha (Nm.20.7-12). Percebe-se que Moisés estava colocando a confiança na vara e não em Deus. Pois outrora havia ferido a rocha com sua vara e saiu água (Êx.17.6). O fetiche é um objeto em que se atribui poderes sobrenaturais. Algo comum na magia. Culto condenado por nosso Deus (Dt.18.9-12). Temos o caso da serpente de bronze (Nm.21.9; 2Rs.18.4). Não encontramos uma passagem na Bíblia que nos mande sempre que formos orar pelos doentes usemos de objetos para auxiliar na cura. As Escrituras nos dizem que "a oração da fé salvará o enfermo". (Tg.5.15). O ato de orar pelos enfermos não é categórico o uso de óleo e muito menos outras coisas estranhas às Escrituras. Nelas encontramos: "se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados". Não vemos beber água, óleo, comer pão, caminhar sobre tapete, passar por baixo de manto, etc. Isso se faz por sincretismo religioso. Onde práticas oriundas do baixo espiritismo são importadas para dentro do cristianismo. Tomando uma roupagem cristã. E esse tipo de atitude é reprovado pela Bíblia: "cuidado para não te enganares, imitando-os, depois que elas forem destruídas diante de ti; e para que não perguntes sobre seus deuses: De que modo estas nações cultuavam seus deuses? Pois quero fazer o mesmo. Não as imites quando cultuardes o SENHOR teu Deus...". (Dt.12.30,31 versão Almeida XXI). Não existe nada na Bíblia que se faça REGRA como fazem os hereges da teologia da prosperidade. As igrejas evangélicas verdadeiras não têm essa prática. Guiam-se pelas Escrituras. Nada mais.
Forte ênfase a saúde física e prosperidade financeira:
Suas mensagens sempre giram em torno desses assuntos. Como falei acima, os hereges da teologia da prosperidade não sabem falar outra coisa. Toda liturgia, "evangelização", celebração, pregação e ensino dessas igrejas pseudo-evangélicas são fundamentadas na saúde física e prosperidade financeira. O evangelho da renúncia, da morte do eu, da graça, da salvação de vidas, foi substituído por outro evangelho. Pelo o culto ao eu. Virou um anátema (Gl.1.8,9). Nomes conhecidos como Edir Macedo, Benny Hinn, Morris Cerrullo, Jorge Tadeu, R. Soares, Mike Murdock, Valdomiro Santiago, etc. São os mais enfáticos dessa doutrina aqui no Brasil atualmente.
Fere a soberania de Deus:
Deus fica sujeito aos sacrifícios, clamores e determinações humanas. Estamos vivendo um fenômeno de sincretismo religioso de “magia gospel”. Os poderes da magia, segundo os mestres dessa prática, são autônomos. Não existe uma força maior que os controlem. Cada indivíduo faz o uso desse poder segundo seus interesses. As igrejas supostamente evangélicas fazem o mesmo sob uma roupagem aparentemente cristã. Os incautos não percebem nada. É preciso um conhecimento sobre religião, seitas e heresias. Infelizmente, isso está cada vez mais escasso nos seminários evangélicos de teologia. Existem grades de seminários hoje que nem mencionam mais essa disciplina. Assim, a facilidade se torna ainda maior de um líder assemelhar seu culto com um culto pagão. Pois ele não sabe como é um culto pagão. Estamos formando incautos, e quando não, um bando de ecumênicos defensores diretos ou indiretos do movimento Nova Era: a união global das crenças.
Objeção bíblica: O Deus das Escrituras judaico-cristãs é soberano sobre todo poder natural e sobrenatural. Se não, vejamos: Ele existe antes de tudo (Cl.1.16,17; Is.44.24). Todas as coisas estão debaixo de sua autoridade e controle (Mt.10.29; Jr.10.23; Rm.8.28). Deus é chamado na Bíblia de “altíssimo” (exemplo: Sl.91.1 e 47.2). Essa palavra vem do hebraico “elyown”, ou seja: superior, de cima. Deus governa eternamente (Lm.5.19). Ele é quem decide o que fazer (Êx.33.19). Muitos não têm dificuldades de dizer que o “tempo é de Deus”. Todavia, são poucos os que dizem que “a vontade é Deus” (1Pe.3.17; At.18.21; Tg.4.13-16). Isso acontece por efeito do advento do iluminismo, pois transferimos a centralidade do universo para o homem. Ver AQUI. Entretanto, a Bíblia diz: “... ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.” (1Co.3.11).
Nega a doutrina da Trindade:
Negam a subsistência de três pessoas na divindade. O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Muitas igrejas que se auto-proclamam “evangélicas” e até crentes de igrejas realmente evangélicas estão perdidos quando o assunto é Trindade. Repugnam a heresia do teísmo paradoxal das Testemunhas de Jeová (um Deus maior: Jeová; um deus menor: Jesus), porém confundem as pessoas da Trindade. Hora confundem Jesus com o Pai, hora confundem Jesus com o Espírito Santo (exemplo: Igreja “evangélica Voz da Verdade”), hora fazem as três pessoas deixarem de subsistir e submetem-nas a um processo acumulativo onde, no final negam a Trindade (exemplo: Igreja Local de Witness Lee).
Objeções bíblicas: As Escrituras são claras, João escreveu “e o Verbo estava com Deus” (Jo.1.1). Isto é, Jesus (o Verbo) estava com o Pai (com Deus). E ainda disse: “e o verbo era Deus”. Ou seja, e Jesus (o Verbo) era divino (Deus). Vemos na seguinte passagem: “Se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou”. (Jo.8.16). Veja, Jesus disse “porém eu e aquele que me enviou”. Ele (Jesus) e aquele que o enviou (o Pai). Isso está em harmonia com vários textos da própria Bíblia (exemplo: Jo.3.17; Gl.4.4; Rm.8.3; 1Jo.4.14; etc). Temos duas pessoas claramente nesse texto. E ainda, Jesus prossegue o seu discurso reportando para a Lei. Que exigia o testemunho de duas pessoas: “Também na vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro”. (Jo.8.17). E também, Jesus reitera dizendo que ele testificava dele mesmo e o Pai (outra pessoa) “também testifica” (idem v.18). Em fim, eu não poderia deixar de citar sobre o Espírito Santo, que aparece ao lado dessas duas pessoas maravilhosas: Pai e Filho. Igualmente, o Espírito Santo, pessoa e divino (At.5.3,4), a Bíblia diz: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós”. (2Co.13.13). Dele Jesus relatou: “mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”. (Jo.14.26). Olhe só: “o Pai enviará” (uma pessoa envia outra); “vos ensinará” e “vos fará lembrar” (atributos de uma pessoa; que se repetem em Jo.16.8; Ef.4.30; etc). Jesus foi mais conciso e disse: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco”. (Jo.14.16). Veja bem: Ele (uma pessoa) rogaria ao Pai (outra pessoa); o Pai (uma pessoa) daria outro consolador (outra pessoa). Aonde “outro” vem da palavra grega “allos” (outro, diferente), definitivamente, Jesus não é o Espírito Santo.
É lastimável vermos igrejas supostamente “evangélicas” que negam a doutrina da Trindade e mesmo assim ainda terem espaço na mídia, púlpitos, tribunas e palanques evangélicos. Veja mais refutações AQUI
Faz uma ênfase muito grande na arrecadação de dinheiro:
Seus discursos comumente vêem com fortes apelos financeiros e métodos de arrancar dinheiro. Como se Deus precisasse de palavras persuasivas para que sua obra pudesse ser realizada. Francamente, conheço igrejas evangélicas que possuem recursos bem menores e faz muito mais coisas para Deus do que esses megalomaníacos que arrebanham multidões de incautos. Uma igreja pseudo-evangélica não passa despercebido esse práxis de pedir incansavelmente dinheiro. Não que o dinheiro seja uma maldição ou sem respaldo bíblico. Entretanto, só um tolo não percebe que há abusos gigantescos desse assunto por parte de muitos líderes e suas igrejas pseudo-evangélicas. Não se vê um mínimo de discrição. Veja AQUI a sagacidade.
Objeção bíblica: Na verdade os que dizem e citam que Deus é o dono do ouro e da prata (Ag.2.8) e precisam se arvorar de “profetas” e uma série de outros “respaldos” para pedir dinheiro, não acreditam no referido texto bíblico. Porque pedir ao povo? Pedem ao povo por que não acreditam em Deus. Ora, se ele é o DONO, então peça a Ele! Olhemos para Paulo, Barnabé, e vejam a revolução que fizeram no mundo antigo. Precisaram de muito dinheiro? Não! Eles precisaram de Deus, que providenciou tudo. A Palavra de Deus diz: “Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam”. (Sl.24.1). As ofertas que chegavam para apóio a obra missionária vinham de diversas partes, e eles não tinham TV e nem rádio, chegavam porque era Deus que estava no controle (Fp.4.17-19). Essa noção de soberania e providência de Deus acabou em muitas cabeças de líderes e tornaram suas igrejas em pseudo-evangélicas e o ministério de Deus em seus projetos pessoais. Embriagados com a filosofia da auto-ajuda negaram a ajuda do alto. E embevecidos com o maquiavelismo de que “os fins justificam os meios”. Assim, pegando um verso bíblico isolado ali e outro lá, vão “tomando posse” do que o Senhor não deu: “Assim diz o SENHOR Deus: Ai dos profetas loucos, que seguem o seu próprio espírito sem nada ter visto”. (Ez.13.3). No conceito bíblico os fins não justificam o meio. O rei Saul pensou o contrário disso e foi reprovado por Deus (1Sm.15.20-22).
Promove um cristianismo de consumo:
A fé vira um produto e as bênçãos de Deus tornam-se o centro de suas propostas. Esse tipo de cristianismo é produto de exportação dos estadunidenses (que não deveríamos nem chamar de cristianismo). Os crentes brasileiros sem conhecimento sólido da sã doutrina que já aderiam a cultura de consumo americana passaram também nessas últimas décadas a aceitarem a fé de pacote estadunidense. Igrejas que possuem o linguajar costumeiro tipo: Para de sofrer, vida feliz, andando em triunfo, seja um vencedor, receba a cura, receba a bênção, etc. São característicos de igrejas pseudo-evangélicas.
Objeção bíblica: Jesus nos ensinou a não nos preocupar com o dia de amanhã e nem a não nos apegar com essas coisas, que em sua mensagem central são “secundárias”. Ele priorizou o reino de Deus (Mt.6.31-34), que não é comida e nem bebida (Rm.14.17), que não está ligado a coisas terrenas. A Bíblia fala de uma fé desse tipo já na época dos apóstolos, que são vistos como “inimigos da cruz de Cristo” (Fp.3.18-21). Deus já abençoou a humanidade quando a criou (Gn.1.28); Cristo nos resgatou da maldição da lei (Gl.3.13); fomos abençoados com toda sorte de bênção espiritual (Ef.1.3). Portanto, não vejo motivo justo ou de boa fé para se oferecer tanto isso. As coisas espirituais não se oferecem como mercadoria ou como “show da fé”. Jesus não tinha em mente que os bens espirituais se tornassem tão banais. Presenciamos isso quando os saduceus e fariseus lhe pediram um sinal, porém ele não deu (Mt.16.1-4). O apóstolo Pedro também se deparou com pessoas querendo banalizar e comercializar a fé, todavia reprovou com veemência (At.8.18-23).
No texto do ministério Chamada da Meia Noite li um artigo muito bom falando sobre esse “cristianismo” de consumo. Veja na íntegra: AQUI. E eu gostaria de citar aqui um trecho das palavras do autor, T. A. McMahon, quando ele diz: “Em primeiro lugar o Evangelho, e mais significativamente a pessoa de Jesus Cristo, não cabem em nenhuma estratégia de mercado. Não são produtos a serem vendidos. Não podem ser modificados ou adaptados para satisfazer as necessidades de nossa sociedade consumista. Qualquer tentativa nessa direção compromete de algum modo a verdade sobre quem é Cristo e do que Ele fez por nós. Por exemplo, se os perdidos são considerados consumidores, e um mandamento básico de marketing diz que o freguês sempre tem razão, então qualquer coisa que ofenda os perdidos deve ser deixada de lado, modificada ou apresentada como sem importância. A Escritura nos diz claramente que a mensagem da cruz é ‘loucura para os que se perdem’ e que Cristo é uma "pedra de tropeço e rocha de ofensa (1Co.1.18 e 1Pe.2.8)”.
Submete o povo a ritos estranhos ou a histeria geral:
São cultos estranhos, cheios de sincretismos religiosos e etc. O povo brasileiro é típico do sincretismo religioso. E pelo visto, muitos que dizem ser evangélicos carregam o mesmo comportamento. Migram para dentro da fé evangélica um monte de costumes, ritos, regras e cultos característicos do baixo espiritismo e cultos afro-brasileiros. Digo “estranhos” porque não há respaldo bíblico para tal comportamento que presenciamos na TV e internet. Aqui no Brasil os crentes têm dificuldade de separar cultura de religião. Talvez alguém diga que seja difícil essa separação, mas se queremos nos identificar como “brasileiros” não precisamos obrigatoriamente a “copiar” a fé indígena, afro-brasileira ou católica. Se você for para um culto supostamente evangélico e lá começarem a desmaiar, imitar cães ou macacos, entregar para você rosas, objetos consagrados ou pedirem sua foto ou bens de alguém de sua família para orar. Pode ter certeza que se trata de uma igreja pseudo-evangélica.
Objeções bíblicas: A palavra de Deus fala do fruto do Espírito Santo chamado de “temperança” ou “domínio próprio” (Gl.5.22,23). Um cristão descontrolado em um culto não pode está sob a ação do mesmo Espírito que dar moderação. Vemos confirmação disso quando Paulo orienta a igreja de Corinto dizendo: “... Deus não é de confusão, e sim de paz. Como em todas as igrejas dos santos”. (1Co.14.33). A palavra grega usada nesse texto onde traduzimos para confusão é “akatastasia”. Cujo significado é “instabilidade, desordem, distúrbio, confusão”. Igrejas que vivem nesse tipo de culto desobedecem as orientações bíblicas, deixam de ser evangélicas e passam a ser qualquer outra coisa.
Renascimento do ofício apostólico, patriarcal e profético:
Seus líderes usam os títulos de apóstolo e profeta. Essa onda de títulos veio a ser deflagrada desde o catolicismo. Quando levantaram os cargos de “padre”, “arcebispo”, “cardeal”, “papa”. Onde você não encontra essas palavras associadas a nenhum líder da igreja primitiva. Não constam na Bíblia Sagrada. Todavia se arvoram dos poderes apostólicos para continuarem acrescentando novas revelações à Palavra de Deus. Os não católicos estão caindo no mesmo erro. Embora usem títulos bíblicos de: “apóstolos”, “patriarcas” e “profetas”. Revogam para si atributos semelhantes. Exemplo disso são as profecias, as palavras de decreto e os recebimentos de um suposto “rhema” de Deus. Formam a nova roupagem do velho e tradicional engodo da igreja romana. As palavras desses líderes são tidas com o mesmo peso da Palavra de Deus. Assim como a tradição católica é equiparada a Bíblia Sagrada. Embora os ofícios de apóstolo, patriarca e profetas cessarem dentro da era da igreja primitiva. Hoje, em pleno século XXI d.C. surgem picaretas se congratulando dos mesmos buscando se promoverem e dividir a igreja de Cristo. Pois quem pensa e segue tais entendimentos são pseudo-evangélicos. Pois um verdadeiro evangélico segue as Escrituras. E o quê as Escrituras dizem?
Objeções bíblicas: Em primeiro lugar, a Escritura nos informa que na escolha de um apóstolo temos evidências claras de que o candidato deveria ter convivido com Jesus e tenha sido testemunha visível de sua ressurreição, isto é, de que Cristo reviveu (ver At.1.21,22). Está evidente nas Escrituras que o apóstolo Paulo defendeu o seu apostolado por ter uma das características: “... Não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor?... Se não sou apóstolo para outrem, certamente, o sou para vós outros”. (1Co.9.1,2). Por isso, alguém hoje afirmar ser apóstolo sem essas características ou é um iludido ou um impostor. Fique com opção que quiser, porém a verdade seja dita. O caso patriarcal nem se quer é reiterado ao título de líder no Novo Testamento. Pois todo cristão verdadeiro e fiel prefere seguir instruções bíblicas do Antigo Testamento que se respaldem no Novo Testamento. Assim, não vou nem citar alguma referência, porque esse ponto é omisso nas Escrituras, até mesmo no Antigo Testamento, não vemos mais ninguém dentre os líderes de Israel depois do Êxodo ou até mesmo depois da morte de Davi, ser chamado de patriarca. Essa palavra só aparece duas (02) vezes em toda a Bíblia e só no Novo Testamento.
E finalmente esses “profetas” que se apresentam ou são apresentados por pessoas como tais. Bom, a Palavra de Deus nos diz: “A Lei e os Profetas vigoraram até João...”. (Lc.16.16). Não é que a lei acabou ou que os profetas acabaram. Mas o ofício, a ocupação, a atividade exercida tanto da lei quanto dos profetas terminaram com a chegada do evangelho. Ou seja, os mandamentos de Deus já cumpriram o seu papel de condenar e reprovar o pecado e o pecador. Os profetas anunciaram a Cristo, foram porta vozes de Deus em toda sabedoria e ensino. Mas, agora, vindo Cristo. O evangelho toma o seu lugar. O que temos na Bíblia de alguém citado depois de Cristo como um dos profetas que vieram de Jerusalém é o profeta chamado Ágabo (At.11.28; 21.10). Pelas evidências, ele passou a ser chamado assim por causa do “dom de profecia”. Que tem apenas três objetivos: edificar, consolar e exortar. (1Co.14.3). A parte doutrinária do Novo Testamento veio dos apóstolos (At.2.42); não mais dos profetas. Daí o porquê dos profetas serem citados em seguida aos apóstolos em Efésios 4.11. Nesse contexto, o ofício de profeta desaparece e toma a forma ministerial secundária. Onde as Escrituras deixadas pelos profetas do Antigo Testamento e pelos apóstolos do Novo Testamento lhes são superior em todos os sentidos. E de forma alguma podem ser trocadas por profecias. E os que se intitulam profetas não são nem de perto os PROFETAS do Antigo Testamento. Veja mais refutações AQUI
O líder é idolatrado e tratado como um tipo de messias:
Há uma flagrante usurpação do lugar de Cristo. E o culto é centralizado na pessoa do líder e sua mensagem. Veja esse caso, o líder dessa igreja é tão adorado que um fiel comeu o seu lenço: Leia aqui o problema da idolatria é que as pessoas só imaginam divindades de pedra, pau, ferro, etc. Porém, isso é só um tipo de idolatria. Os ídolos são também pessoas em quê depositamos amor igual ou maior do que a Deus. Os atalaias estão tocando suas trombetas: Leia aqui cabe a nós ouvirmos o sonido. Infelizmente as pessoas estão cegas e surdas pelo vislumbre do milagre, saúde plena, riquezas, etc. O pacote neo-pentecostal estadunidense que aliena as massas brasileiras infelizmente ainda está nas prateleiras do mercado dos modismos gospel. O estilo de messianismo alimentado pelo povo insufla o ego dos líderes dessas igrejas pseudo-evangélicas. A semelhança vai muito além do que ser “imitadores de Cristo”. Pelas evidências dos relatos e vídeos que assistimos já extrapolou a isso. Na verdade se encaixam mais com aquilo que Jesus falou sobre o surgimento de falsos Cristos no fim dos tempos.
Objeções bíblicas: Jesus Cristo disse aos seus discípulos: “porque surgirão falsos cristos...”. (Mt.24.24). Só há um Senhor, não há outro. Isso é base da fé cristã (Ef.4.5). Ser cristão não é ser Cristo é seguir a Cristo. A palavra “cristão” foi usada em At.11.26; 26.28 e 1Pe.4.16 e vem do grego “Christianos”. Essa palavra não significa “ser Cristo” ou “réplica de Cristo”. Essa palavra significa “seguidor de Cristo”. O sufixo “ão” denota “seguidor de”; “adepto de”. Associando ao prefixo “Cristo”. Exemplo disso os “herodianos” (Mt.22.16) do grego “herodianoi”, isto é, “partidários de Herodes” ou “seguidores de Herodes”. Infelizmente somos um povo que não pesquisa. E quando fazemos, não somos criteriosos e não procuramos a “matéria prima” para subsidiar nossas pesquisas. Pesquisamos com preguiça, julgamos por emoções e aprovamos por impulsos. Fugimos totalmente as recomendações de 1Jo.4.4; Jo.7.24; 1Ts.5.20 (principalmente a primeira frase); 1Co.2.13. Repetimos frases prontas sem analisá-las. Em fim, os líderes dessas igrejas pseudo-evangélicas usurpam o lugar de Cristo. Veja a reprovação de Paulo quando percebeu que os corintos estavam idolatrando seus líderes: “Quando, pois, alguém diz: Eu sou de Paulo, e outro: Eu, de Apolo, não é evidente que andais segundo os homens? Quem é Apolo? E quem é Paulo?...” (1Co.3.4,5). Observe que no começo desse capítulo Paulo chama o povo de “carnais” (idem v.1). O motivo?! O mesmo que os carnais de hoje estão fazendo. E Paulo não foi conivente com erro. Reprovou com veemência. Diferente dos líderes atuais que se arvoram de serem “ungidos” sem antes seres “submissos” e “inferiores” a Cristo. Que nos ensinou: “Mas vós não sois assim; pelo contrário, o maior entre vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve”. (Lc.22.26). Veja finalmente o que ocorreu com Gideão. Depois de ter libertado o povo de Israel dos seus opressores tomou o ouro das argolas dos reis midianitas e fez uma estola sacerdotal; note o que a Palavra de Deus disse: “... e todo o Israel se prostituiu ali após ela; a estola veio a ser um laço a Gideão e à sua casa”. (Jz.8.26,27). Fiquemos atentos como as pessoas e os objetos podem ser facilmente confundidos e idolatrados. E como essas coisas viram um “laço” para os líderes.
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