“Porque: Todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.” Rm.10.13 (TNME)
Quando lemos este texto na Tradução Novo Mundo das Escrituras (TNME) a primeira pergunta que nos vem em mente é: Como posso invocar um nome híbrido e ter a certeza que serei salvo?
O nome “Jeová” surgiu do hibridismo de vogais emprestadas de um nome hebraico dado a Deus: “Adonay” (traduzimos “Senhor”). Tomaram as vogais “a,o,a” e inseriram entre as consoantes do nome divino YHVH (que chamamos de tetragrama), formando a palavra “Yahovah” ou, aportuguesado “Jeová”.
Para podermos entender bem porque isso foi feito, precisamos conhecer um pouco da língua hebraica e do trato do povo judeu com o nome divino. No hebraico não se escreve as vogais, só as consoantes. Na leitura do texto as vogais exigidas eram inseridas. O povo de Israel temia usar o nome divino em vão, assim evitavam pronunciar o nome substituindo-o por outro nome: “Adonay”. Chegando à palavra YHVH lendo o texto bíblico, diziam “Adonay” ou “O Eterno” para evitar o uso do nome revelado sem o devido respeito. A própria TNME, no “apêndice” página 1420, admite que copistas posteriores da LXX grega substituíram o tetragrama hebraico הוהי (YHVH) pelo título grego κυριος (kurios: “Senhor”; “amo”). Como o nome que Moisés lhes havia transmitido não era pronunciado (Êx.3.13-15), o tempo passou e foram esquecidas as vogais deste nome.
Assim, o nome “Jeová”, “Yahovah” ou “Iahovah” não consta nos manuscritos originais, nunca foi pronunciado assim pelas pessoas da Bíblia. Nenhum erudito em sã consciência afirmaria que o nome “Jeová” foi formado corretamente ou que este nome está assim no texto hebraico. O que consta são apenas as consoantes הוהי (YHVH), que são atualmente impronunciáveis.
Então outra pergunta surge conseqüentemente: Se o nome de Deus é impronunciável, como Paulo recomendava este nome para os cristãos invocarem e serem salvos?