sábado, 8 de abril de 2017

TRINDADE, negue e estarás com sérios problemas teológicos, hermenêuticos e exegéticos.



DEUS É UMA TRINDADE. Você acha que Deus nos fez para fazer companhia a Ele? Ou os anjos para Ele poder ter um relacionamento? Não, assim como Deus é atemporal, ele também é auto-relacional. Ele é eternamente uma comunidade de três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.

Você não encontrará a palavra Trindade exatamente nas páginas da Bíblia, assim como também outros termos que a teologia usa não encontraremos, tipo: tricotomia, dicotomia, teísmo, monoteísmo, devocional, missões, evangelismo, discipulado, etc. Entretanto, o que a resume em uma palavra encontra-se nas Escrituras em frases, orações, conjunto de palavras que juntas aprovam e comprovam tal designação.


A palavra Trindade, aparece de forma implícita nas Escrituras por meio de uma palavra hebraica: ‘echad. Essa palavra tem uma representação de uma unidade composta. Exatamente o que representa a palavra Trindade. O léxico de Strong a define como: “um (número), cada, cada um, um certo, um (artigo indefinido), somente, uma vez, uma vez por todas, um... outro, aquele... outro, um depois do outro, um por um, primeiro, onze, décimo primeiro”. Bem como faz uso da palavra yachiyd para definir outro tipo de unidade, a unidade “absoluta”. Seu significado é bem mais relacionado a esse tipo de unidade, o léxico de Strongs define esta palavra como “só”, “só um”, “solitário”, “sozinho”, “único”. Ambas as palavras são traduzidas para o nosso idioma como “um” (artigo indefinido), “um” (número) e “único”.

Quando as Escrituras querem definir uma unidade “absoluta” geralmente ela usa a palavra yachiyd. Por isso é traduzida para o nosso idioma como “único”, temos exemplos claros: “Quando eu era filho em companhia de meu pai, tenro e único [yachiyd] diante de minha mãe”. (Pv.4.3). “Ó filha do meu povo, cinge-te de cilício e revolve-te na cinza; pranteia como por filho único [yachiyd], pranto de amarguras; porque, de súbito, virá o destruidor sobre nós”. (Jr.6.26).


Quando as Escrituras querem definir uma unidade “composta” geralmente ela usa a palavra ‘echad. Por isso são traduzidas para o nosso idioma mais como “um”. Exemplos: “... Eis que o povo é um [echad]...”. (Gn.11.6). “As sete vacas boas serão sete anos; as sete espigas boas, também sete anos; o sonho é um [echad] só”. (Gn.41.26). E outras vezes traduzidas por “um” quando em seu contexto usa uma expressão numérica, temos como exemplo: “A Héber nasceram dois filhos: um [echad] teve por nome Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a terra; e o nome de seu irmão foi Joctã”. (Gn.10.25). Raras vezes é traduzida para “único”. Isso pode ocorrer quando o seu contexto favorece a uma unidade “composta”, temos como exemplo: “Disse mais o rei Davi a toda a congregação: Salomão, meu filho, o único [echad] a quem Deus escolheu, é ainda moço e inexperiente, e esta obra é grande; porque o palácio não é para homens, mas para o SENHOR Deus”. (1Cr.1.29).

Portanto, podemos dizer que a palavra “trindade” se identifica nos manuscritos do AT no termo hebraico ‘echad quando ela expressa uma unidade composta. Definindo bem a palavra trindade: Deus é um, composto de três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.

O nosso conceito de TRINDADE é declarado assim: “Creio em um só Deus eternamente subsistente em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo”. (Igrejas Assembleias de Deus) Temos também outros modelos como: “Há um só Deus eterno, poderoso e perfeito, distinto em sua trindade: Pai, Filho e Espírito Santo”. (Instituto Cristão de Pesquisas). E também: “Há três pessoas na Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; estas três pessoas são um só Deus verdadeiro e eterno, da mesma substância, iguais em poder e glória, embora distintas pelas suas prioridades pessoais”. (Catecismo Maior de Westminster); etc.

Trindade, na concepção cristã ortodoxa, é a crença de três pessoas na divindade. Não são três deuses, nem três modos, nem três processos ou manifestações. Mas um único Deus distinto em três pessoas. Pai, Filho e Espírito Santo.

AS TRÊS PESSOAS REVELADAS NA BÍBLIA. Encontramos facilmente no Novo Testamento a revelação das três pessoas. Vamos para alguns exemplos:

Se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou. Também na vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro. Eu testifico de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também testifica de mim.” (João 8:16-18 ARA).

Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus;” (Mateus 10:32 ARA).

a graça, a misericórdia e a paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, o Filho do Pai, serão conosco em verdade e amor.” (2 João 1:3 ARA).

Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;” (Mateus 28:19 ARA).

mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” (João 14:26 ARA).

Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim;” (João 15:26 ARA).

 “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.” (2 Coríntios 13:14 ARA).

E para finalizarmos temos o emprego da terceira pessoa do singular usada pelo Pai para anunciar o Filho (texto A) e usada pelo Filho para anunciar o Espírito Santo (texto B):

(A) “O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás... Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. De todo aquele que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, disso lhe pedirei contas”. (Dt.18.15,18,19 o grifo é meu).

(B) “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo... quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade... Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar”. (Jo.16.8,13,14 o grifo é meu).

PORQUE NÃO PODEM SER TRÊS MODOS, PROCESSOS OU MANIFESTAÇÕES?

Porque tais afirmações são incompatíveis com os relatos supracitados, onde percebemos se tratar de personalidades e não de personificações. Há uma diferença aqui:

1) Personificação quer dizer: “Ação ou resultado de personificar; PERSONALIZAÇÃO”. Onde personificar quer dizer: “atribuir caráter de pessoa, ser ou tornar a personificação, a representação de”. (Dicionário Aulete Digital).

2) Personalidade quer dizer: “Qualidade ou característica do que é pessoal; PESSOALIDADE”. (idem).

A primeira definição não condiz com a Bíblia. Pois, além dos textos que já vimos acima, presenciamos uma vasta evidência de que há personalidades na divindade e não personificações. Vejamos:

No livro de Gênesis em seu primeiro capítulo já nos deparamos com personalidades: “... disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...”. (v.26). Quem poderia participar da obra da criação se não apenas Deus? Em Is.44.24 diz: “...Eu sou, que faço todas as coisas, que sozinho estendi os céus e sozinho espraiei a terra...” Entretanto, este “Deus” fala usando às palavras “façamos” e “nossa”. As palavras estão na terceira pessoa do plural. Isso prova que Deus não é uma única pessoa e que as palavras chamadas de “Pai, Filho e Espírito Santo” não se tratam de personificações. Sabemos que Ele é um ser pessoal, mas precisamos perceber que Ele existe em três pessoas. O mesmo ocorre em Gn.3.22 e 11.7: “Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós...” e “Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro...”. No Novo Testamento vemos Jesus afirmar: “Eu e o Pai somos um.” (João 10:30 ARA). Observe que ele diz: Eu e o Pai (duas pessoas) e diz: “somos” (conjugação na terceira pessoa do plural) e diz: “um”. Tradução da palavra grega “en” que equivale a ‘echad no hebraico, palavra explanada mais acima. Se João quisesse dizer que Filho e o Pai tratava-se de personificações, ele deveria ter colocado a palavra grega “monos”. Que equivale a yachiyd no hebraico, conforme já vimos acima.

A interpretação de que as três palavras “Pai, Filho e Espírito Santo” são personificações gera sérios problemas teológicos, de hermenêutica bíblica e exegese também. Vejamos:

Problema teológico: Deus é o que então? É uma força? Deus é ou não um ser? No dicionário temos a definição de pessoa: “Indivíduo da espécie humana, homem ou mulher; CRIATURA; SER. […] Personalidade”. (Dicionário Aulete Digital). Então? Se ele é um ser, é uma pessoa, é uma personalidade. Ora, se o Pai, o Filho e o Espírito Santo são “personificações” Deus é abstrato? Se formos apelar para dizer: “não, mas Deus é espírito”, como Jesus afirmou (Jo.4.24), o.k.! Mas, isso não vai resolver o problema teológico. Pois os anjos são espíritos: “Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?” (Hebreus 1:14 ARA). Ora, os anjos são ou não “seres”, “pessoas”? Veja que torna-se muito problemática a aceitação de que “Pai, Filho e Espírito Santo” sejam personificações. Enquanto que a primeira definição: “personalidades”, se ajusta muito mais teologicamente falando.

Problema hermenêutico e exegético:

Em 1Timóteo 2.5 Paulo diz que Jesus é o “mediador” entre Deus e os homens. A definição de que “Pai, Filho e Espírito Santo” sejam personificações fica confusa aqui. Pois se o Filho é uma personificação de Deus, como uma personificação pode ser um “mediador”? A palavra grega donde traduz mediador é “mesites”. Ela significa: “alguém que fica entre dois, seja a fim de estabelecer ou restaurar a paz e amizade, ou para firmar um pacto, ou para ratificar um acordo”. (léxico de Strong). Então vamos lá: Jesus é alguém? Uma pessoa ou uma personificação? Ele tem que ser alguém, para que seja o mediador. Deus é alguém? Uma pessoa ou uma força? Se ele é uma pessoa e os homens são pessoas também temos aqui uma perfeita mediação: Deus – Jesus – homens. Agora, se Jesus ou Deus não são pessoas, seres, não tem como haver mediação aqui.

A Bíblia diz: “e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave.” (Efésios 5:2 ARA). Vemos claramente nesta passagem que Jesus se deu como oferta para Deus. Ora, se Jesus e Deus não são seres, pessoas distintas, esta afirmação de Paulo torna-se uma alegoria e não uma narrativa. Anula-se o sacrifício!

A Bíblia nos afirma que: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” (João 1:14 ARA). Vejamos: aqui o Verbo (Jesus, o Filho) se fez carne. Como a visão de personificação se encaixa aqui uma fez que o texto bíblico afirma categoricamente que o Filho virou gente, ser humano, pessoa, um ser? Jesus só tornou-se pessoa quando se encarnou? E antes era o quê? Se dissermos que ele era espírito não tem sustentação como já vimos mais acima. Se dissermos que ele era Deus vamos ter que admitir que Jesus deixou de ser Deus? A Bíblia dar um contraponto: “que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus.” (Filipenses 2:6 ARC). Jesus existe muito antes de sua encarnação: “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU.” (João 8:58 ARA). Vamos dizer que Jesus é Deus em pessoa? E Deus era o quê antes? Ora, isso é o reverso da heresia do nirvana. Segundo a religião hindu e budista, o nirvana é a libertação da samsara, é tipo o céu deles, “um lugar em que a alegria, a emoção e a personalidade são totalmente extintas”. (Apologética Cristã para o Século XXI, p.219). Deus, na definição de “Pai, Filho e Espírito Santo” como personificações, torna-se uma conceituação panteísta, nega sua personalidade.

A Bíblia cita 92 vezes o Espírito Santo. Ora como negar a personalidade de um espírito? A Bíblia diz: “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” (João 4:24 ARA). Diz que os anjos são espíritos (Hb.1.14) diz que nós temos espírito (1Ts.5.23; Hb.4.12) até os demônios são chamados de “espíritos”. Como negar que o “Espírito” Santo seja uma personalidade? Considerando que Deus, os anjos, os demônios e os homens são pessoas, é inconcebível a definição de que “Pai, Filho e Espírito Santo” sejam personificações. A definição de personalidades se ajusta muito mais biblicamente falando.

A Bíblia diz: “Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46 ARA). “Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.” (João 20:17 ARA). Negando as personalidades do Pai e do Filho faz de Jesus, conforme esses textos, Deus dele mesmo. E, francamente, JESUS SER DEUS DELE MESMO É UM ABSURDO.

DEUS: UMA PESSOA X TRÊS PESSOAS. Se dissermos que Deus é uma única pessoa: o Pai, o que são as outras duas pessoas? Temos um paradoxo: Jesus e o Espírito Santo tornam-se divindades que existem individualmente. Logo, o conceito bíblico monoteísta cai em descrédito. Pois as Escrituras apontam severamente que só há um único Deus.

Agora, se dissermos que Deus é três pessoas, o conceito bíblico monoteísta é preservado. Pois Deus, continua sendo único, e que Ele é eternamente subsistente em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Definição que ficou resumida em uma palavra: Trindade. Negar isso é cair de vez no triteísmo ou henoteísmo. Considerando provas bíblicas suficientes de que o Pai é Deus, temos também provas bíblicas de que:

1) JESUS CRISTO. É Deus em carne. Muitas pessoas não conseguem entender a doutrina da dupla natureza de Cristo (na teologia chama-se união hipostática). O que quer dizer isso? Que o Filho (o Verbo) no princípio estava com Deus (o Pai) e este Filho era Deus (Jo.1.1), e ao tomar a natureza humana, ao se fazer carne, passou a chamar-se Jesus (Jo.1.14; Lc.1.31-35). E como Jesus ele passa a ter também a natureza humana. Não somente a divina. E ambas tornam-se inseparáveis. No catecismo de Westminster diz: “… Jesus Cristo, que, sendo o eterno Filho de Deus, da mesma substância e igual ao Pai, no cumprimento do tempo fez-se homem, e assim foi e continua a ser Deus e homem em duas naturezas perfeitas e distintas e uma só pessoa para sempre”. (Questão 36). Por isso muita confusão se faz quando nos evangelhos encontramos Jesus agir ora de modo humano (Jo.14.28), ora de modo divino (Mt.17.2). E a resolução teológica plausível foi a união hipostática de Cristo.

Como Deus, Jesus é a segunda Pessoa de Deus (Mt.28.19; 2Jo 3). Ele é eterno (Is.9.6; Mq.5.2). Todo poderoso (Mt.28.18; Ap.1.8 compare c/ 22.13,16). Santo (Hb.8.27). Imutável (Hb.13.8). Ele é Deus verdadeiro, verbo divino, o único caminho, a verdade e a vida (1Jo.5.20; Jo.1.1; 14.6). Criador de todas as coisas (Jo.1.3; Cl.1.16,17). Aquele que ressuscitou dentre os mortos (Lc.24.1-12; At.1.1-3; 1Co.15.1-10; Ap.1.10-20).

Como homem, Jesus se fez carne por amor a uma humanidade decaída e em pecado (Rm.3.9-19,23; 6.23). Por isso habitou entre nós, para nos ensinar o modo perfeito e digno de se viver (Is.7.14; Jo.1.14; 10.10; 1Jo.1.2). Ele veio para morrer em nosso lugar e nos garantir o perdão de nossos pecados (Cl.1.20-22; Rm.5.1,6,8-11; 1Jo.1.9; 2.1,2; Is.53.1-12).

Ele realmente viveu como homem (1Jo.4.2,3) tendo em vista a salvação da humanidade (Fp.2.5-11; Lc.19.10). Sua mãe biológica chamava-se Maria. Seu Pai adotivo chamava-se José (Lc.2.4-7). Em sua humanidade investiu parte de seu tempo na vida de doze homens com o propósito de dar continuidade a sua missão (Mateus 10) após sua ascensão os deixou (Lc.24.50-53; At.1.9-14) e dias depois lhes envia o Espírito Santo de Deus (At.1.5; 2.1-4).

Sua morte foi terrível. Foi julgado segundo a lei de Roma e por esta lei sentenciado a morte de crucificação, instrumento de madeira em forma de cruz, que o condenado era pendurado quase nu, de braços abertos e pernas entrelaçadas. Usava-se três pregos. Um para os pés e dois para cada mão (Jo.20.25). Sendo o indivíduo pregado literalmente no madeiro. E só saía dali morto (Jo.19.31-34).

2) O ESPÍRITO SANTO. É o Consolador divino. Em João 14.16 diz: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco”. Sabemos pela Palavra que o consolador de Israel é Jesus, o Messias (Is.61.2), mas como Ele foi para o Pai, veio o substituto: o Espírito Santo. João usa a palavra grega allos, que traduzimos por “outro”. Essa palavra quer dizer “outro do mesmo tipo” (Bíblia Shedd pág.1512). Ou seja, do tipo de Jesus, tal qual Jesus, com as mesmas qualidades divinas que Jesus como vimos no tópico anterior. No léxico grego de Strong diz claramente que allos é “outro, diferente”. Ou seja, não se trata da mesma pessoa, mas outra pessoa. Para substituir Jesus, não poderia ser algo, mas alguém, não como ser humano, mas como ser, pessoa, personalidade como Jesus e divino como Jesus. A Bíblia nos diz: “Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus.” (Atos 5:3-4 ARA). Veja bem, quem é o sujeito da oração no verso 3? O Espírito Santo. Logo, no verso 4 a atribuição de Deus é empregada a ele.

Não há possibilidade alguma de Deus ser três processos, pois a distinção que vimos aqui é clara entre as pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo; e Deus não muda (Tg.1.17 e Hb.13.8).

Conclusão. Negue a Trindade e estarás com sérios problemas teológicos, hermenêuticos e exegéticos. Ou teremos uma teologia paradoxal ao monoteísmo de mais de um divindade ou cairemos num panteísmo camuflado das três personificações de uma forma cósmica chamada de Deus.

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