DEUS É UMA TRINDADE. Você acha que Deus
nos fez para fazer companhia a Ele? Ou os anjos para Ele poder ter um
relacionamento? Não, assim como Deus é atemporal, ele também é
auto-relacional. Ele é eternamente uma comunidade de três pessoas:
Pai, Filho e Espírito Santo.
Você não encontrará a palavra Trindade
exatamente nas páginas da Bíblia, assim como também outros termos
que a teologia usa não encontraremos, tipo: tricotomia, dicotomia,
teísmo, monoteísmo, devocional, missões, evangelismo, discipulado,
etc. Entretanto, o que a resume em uma palavra encontra-se nas
Escrituras em frases, orações, conjunto de palavras que juntas
aprovam e comprovam tal designação.
A palavra Trindade, aparece de forma
implícita nas Escrituras por meio de uma palavra hebraica: ‘echad.
Essa palavra tem uma representação de uma unidade composta.
Exatamente o que representa a palavra Trindade. O léxico de Strong a
define como: “um (número), cada, cada um, um certo, um (artigo
indefinido), somente, uma vez, uma vez por todas, um... outro,
aquele... outro, um depois do outro, um por um, primeiro, onze,
décimo primeiro”. Bem como faz uso da palavra yachiyd
para definir outro tipo de unidade, a unidade “absoluta”. Seu
significado é bem mais relacionado a esse tipo de unidade, o léxico
de Strongs define esta palavra como “só”, “só um”,
“solitário”, “sozinho”, “único”. Ambas as palavras são
traduzidas para o nosso idioma como “um” (artigo indefinido),
“um” (número) e “único”.
Quando as Escrituras querem definir uma
unidade “absoluta” geralmente ela usa a palavra yachiyd.
Por isso é traduzida para o nosso idioma como “único”, temos
exemplos claros: “Quando eu era filho em companhia de meu pai,
tenro e único [yachiyd]
diante de minha mãe”. (Pv.4.3). “Ó filha do meu povo, cinge-te
de cilício e revolve-te na cinza; pranteia como por filho único
[yachiyd],
pranto de amarguras; porque, de súbito, virá o destruidor sobre
nós”. (Jr.6.26).
Quando as Escrituras querem definir uma
unidade “composta” geralmente ela usa a palavra ‘echad.
Por isso são traduzidas para o nosso idioma mais como “um”.
Exemplos: “... Eis que o povo é um [echad]...”.
(Gn.11.6). “As sete vacas boas serão sete anos; as sete espigas
boas, também sete anos; o sonho é um [echad]
só”. (Gn.41.26). E outras vezes traduzidas por “um” quando em
seu contexto usa uma expressão numérica, temos como exemplo: “A
Héber nasceram dois filhos: um [echad]
teve por nome Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a terra; e
o nome de seu irmão foi Joctã”. (Gn.10.25). Raras vezes é
traduzida para “único”. Isso pode ocorrer quando o seu contexto
favorece a uma unidade “composta”, temos como exemplo: “Disse
mais o rei Davi a toda a congregação: Salomão, meu filho, o único
[echad]
a quem Deus escolheu, é ainda moço e inexperiente, e esta obra é grande;
porque o palácio não é para homens, mas para o SENHOR Deus”.
(1Cr.1.29).
Portanto, podemos dizer que a palavra
“trindade” se identifica nos manuscritos do AT no termo hebraico
‘echad
quando ela expressa uma unidade composta. Definindo bem a palavra
trindade: Deus é um, composto de três pessoas: Pai, Filho e
Espírito Santo.
O nosso conceito de TRINDADE é declarado
assim: “Creio em um só Deus eternamente subsistente em três
pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo”. (Igrejas Assembleias de
Deus) Temos também outros modelos como: “Há um só Deus eterno,
poderoso e perfeito, distinto em sua trindade: Pai, Filho e Espírito
Santo”. (Instituto Cristão de Pesquisas). E também: “Há três
pessoas na Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; estas três
pessoas são um só Deus verdadeiro e eterno, da mesma substância,
iguais em poder e glória, embora distintas pelas suas prioridades
pessoais”. (Catecismo Maior de Westminster); etc.
Trindade, na concepção cristã ortodoxa,
é a crença de três pessoas na divindade. Não são três deuses,
nem três modos, nem três processos ou manifestações. Mas um único
Deus distinto em três pessoas. Pai, Filho e Espírito Santo.
AS TRÊS PESSOAS REVELADAS NA BÍBLIA.
Encontramos facilmente no Novo Testamento a revelação das três
pessoas. Vamos para alguns exemplos:
“Se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro,
porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou. Também na
vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é
verdadeiro. Eu testifico de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também
testifica de mim.” (João 8:16-18 ARA).
“Portanto, todo aquele que me confessar
diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que
está nos céus;” (Mateus 10:32 ARA).
“a graça, a misericórdia e a paz, da
parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, o Filho do Pai, serão conosco
em verdade e amor.” (2 João 1:3 ARA).
“Ide, portanto, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo;” (Mateus 28:19 ARA).
“mas o Consolador, o Espírito Santo, a
quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e
vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” (João 14:26 ARA).
“Quando, porém, vier o Consolador, que
eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele
procede, esse dará testemunho de mim;” (João 15:26 ARA).
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o
amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.”
(2 Coríntios 13:14 ARA).
E para finalizarmos temos o emprego da
terceira pessoa do singular usada pelo Pai para anunciar o Filho
(texto A) e usada pelo Filho para anunciar o Espírito Santo (texto
B):
(A) “O SENHOR, teu Deus, te suscitará um
profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele
ouvirás... Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos,
semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele
lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. De todo aquele que não ouvir
as minhas palavras, que ele
falar em meu nome, disso lhe pedirei contas”. (Dt.18.15,18,19 o
grifo é meu).
(B) “Quando ele
vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo...
quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele
vos guiará a toda a verdade... Ele
me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de
anunciar”. (Jo.16.8,13,14 o grifo é meu).
PORQUE NÃO PODEM SER TRÊS MODOS,
PROCESSOS OU MANIFESTAÇÕES?
Porque tais afirmações são incompatíveis
com os relatos supracitados, onde percebemos se tratar de
personalidades e não de personificações. Há uma diferença aqui:
1) Personificação quer dizer: “Ação
ou resultado de personificar; PERSONALIZAÇÃO”. Onde personificar
quer dizer: “atribuir caráter de pessoa, ser ou tornar a
personificação, a representação de”. (Dicionário Aulete
Digital).
2) Personalidade quer dizer: “Qualidade
ou característica do que é pessoal; PESSOALIDADE”. (idem).
A primeira definição não condiz com a
Bíblia. Pois, além dos textos que já vimos acima, presenciamos uma
vasta evidência de que há personalidades na divindade e não
personificações. Vejamos:
No livro de Gênesis em seu primeiro
capítulo já nos deparamos com personalidades: “... disse Deus:
Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...”.
(v.26). Quem poderia participar da obra da criação se não apenas
Deus? Em Is.44.24 diz: “...Eu sou, que faço todas as coisas, que
sozinho estendi os céus e sozinho espraiei a terra...” Entretanto,
este “Deus” fala usando às palavras “façamos” e “nossa”.
As palavras estão na terceira pessoa do plural. Isso prova que Deus
não é uma única pessoa e que as palavras chamadas de “Pai, Filho
e Espírito Santo” não se tratam de personificações. Sabemos que
Ele é um ser pessoal, mas precisamos perceber que Ele existe em três
pessoas. O mesmo ocorre em Gn.3.22 e 11.7: “Então, disse o SENHOR
Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós...” e “Vinde,
desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda
a linguagem de outro...”. No Novo Testamento vemos Jesus afirmar:
“Eu e o Pai somos um.” (João 10:30 ARA). Observe que ele diz: Eu e o Pai (duas pessoas) e diz: “somos”
(conjugação na terceira pessoa do plural) e diz: “um”. Tradução
da palavra grega “en” que equivale a ‘echad
no hebraico, palavra explanada mais acima. Se João quisesse dizer
que Filho e o Pai tratava-se de personificações, ele deveria ter
colocado a palavra grega “monos”. Que equivale a yachiyd
no hebraico, conforme já vimos acima.
A interpretação de que as três palavras
“Pai, Filho e Espírito Santo” são personificações gera sérios
problemas teológicos, de hermenêutica bíblica e exegese também.
Vejamos:
Problema teológico: Deus é o que então?
É uma força? Deus é ou não um ser? No dicionário temos a
definição de pessoa: “Indivíduo da espécie humana, homem ou
mulher; CRIATURA; SER. […] Personalidade”. (Dicionário Aulete
Digital). Então? Se ele é um ser, é uma pessoa, é uma
personalidade. Ora, se o Pai, o Filho e o Espírito Santo são
“personificações” Deus é abstrato? Se formos apelar para
dizer: “não, mas Deus é espírito”, como Jesus afirmou
(Jo.4.24), o.k.! Mas, isso não vai resolver o problema teológico.
Pois os anjos são espíritos: “Não são todos eles espíritos
ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar
a salvação?” (Hebreus 1:14 ARA). Ora, os anjos são ou não
“seres”, “pessoas”? Veja que torna-se muito problemática a
aceitação de que “Pai, Filho e Espírito Santo” sejam
personificações. Enquanto que a primeira definição:
“personalidades”, se ajusta muito mais teologicamente falando.
Problema hermenêutico e exegético:
Em 1Timóteo 2.5 Paulo diz que Jesus é o
“mediador” entre Deus e os homens. A definição de que “Pai,
Filho e Espírito Santo” sejam personificações fica confusa aqui.
Pois se o Filho é uma personificação de Deus, como uma
personificação pode ser um “mediador”? A palavra grega donde
traduz mediador é “mesites”. Ela significa: “alguém que fica
entre dois, seja a fim de estabelecer ou restaurar a paz e amizade,
ou para firmar um pacto, ou para ratificar um acordo”. (léxico de
Strong). Então vamos lá: Jesus é alguém? Uma pessoa ou uma
personificação? Ele tem que ser alguém, para que seja o mediador.
Deus é alguém? Uma pessoa ou uma força? Se ele é uma pessoa e os
homens são pessoas também temos aqui uma perfeita mediação: Deus
– Jesus – homens. Agora, se Jesus ou Deus não são pessoas,
seres, não tem como haver mediação aqui.
A Bíblia diz: “e andai em amor, como
também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como
oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave.” (Efésios 5:2 ARA).
Vemos claramente nesta passagem que Jesus se deu como oferta para
Deus. Ora, se Jesus e Deus não são seres, pessoas distintas, esta
afirmação de Paulo torna-se uma alegoria e não uma narrativa.
Anula-se o sacrifício!
A Bíblia nos afirma que: “E o Verbo se
fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos
a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” (João 1:14
ARA). Vejamos: aqui o Verbo (Jesus, o Filho) se fez carne. Como a
visão de personificação se encaixa aqui uma fez que o texto
bíblico afirma categoricamente que o Filho virou gente, ser humano, pessoa, um ser? Jesus só
tornou-se pessoa quando se encarnou? E antes era o quê? Se dissermos
que ele era espírito não tem sustentação como já vimos mais
acima. Se dissermos que ele era Deus vamos ter que admitir que Jesus
deixou de ser Deus? A Bíblia dar um contraponto: “que, sendo em
forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus.”
(Filipenses 2:6 ARC). Jesus existe muito antes de sua encarnação:
“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes
que Abraão existisse, EU SOU.” (João 8:58 ARA). Vamos dizer que
Jesus é Deus em pessoa? E Deus era o quê antes? Ora, isso é o
reverso da heresia do nirvana. Segundo a religião hindu e budista, o
nirvana é a libertação da samsara, é tipo o céu deles, “um
lugar em que a alegria, a emoção e a personalidade são totalmente
extintas”. (Apologética Cristã para o Século XXI, p.219). Deus,
na definição de “Pai, Filho e Espírito Santo” como
personificações, torna-se uma conceituação panteísta, nega sua
personalidade.
A Bíblia cita 92 vezes o Espírito Santo.
Ora como negar a personalidade de um espírito? A Bíblia diz: “Deus
é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito
e em verdade.” (João 4:24 ARA). Diz que os anjos são espíritos
(Hb.1.14) diz que nós temos espírito (1Ts.5.23; Hb.4.12) até os
demônios são chamados de “espíritos”. Como negar que o
“Espírito” Santo seja uma personalidade? Considerando que Deus,
os anjos, os demônios e os homens são pessoas, é inconcebível a
definição de que “Pai, Filho e Espírito Santo” sejam
personificações. A definição de personalidades se ajusta muito
mais biblicamente falando.
A Bíblia diz: “Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46 ARA). “Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.” (João 20:17 ARA). Negando as personalidades do Pai e do Filho faz de Jesus, conforme esses textos, Deus dele mesmo. E, francamente, JESUS SER DEUS DELE MESMO É UM ABSURDO.
A Bíblia diz: “Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46 ARA). “Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.” (João 20:17 ARA). Negando as personalidades do Pai e do Filho faz de Jesus, conforme esses textos, Deus dele mesmo. E, francamente, JESUS SER DEUS DELE MESMO É UM ABSURDO.
DEUS: UMA PESSOA X TRÊS PESSOAS. Se
dissermos que Deus é uma única pessoa: o Pai, o que são as outras
duas pessoas? Temos um paradoxo: Jesus e o Espírito Santo tornam-se
divindades que existem individualmente. Logo, o conceito bíblico
monoteísta cai em descrédito. Pois as Escrituras apontam
severamente que só há um único Deus.
Agora, se dissermos que Deus é três
pessoas, o conceito bíblico monoteísta é preservado. Pois Deus,
continua sendo único, e que Ele é eternamente subsistente em três
pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Definição que ficou resumida
em uma palavra: Trindade.
Negar isso é cair de vez no triteísmo ou henoteísmo. Considerando
provas bíblicas suficientes de que o Pai é Deus, temos também
provas bíblicas de que:
1) JESUS CRISTO. É
Deus em carne. Muitas pessoas
não conseguem entender a doutrina da dupla natureza de Cristo (na
teologia chama-se união hipostática). O que quer dizer isso? Que o
Filho (o Verbo) no princípio estava com Deus (o Pai) e este Filho
era Deus (Jo.1.1), e ao tomar a natureza humana, ao se fazer carne,
passou a chamar-se Jesus
(Jo.1.14; Lc.1.31-35). E como Jesus ele passa a ter também a
natureza humana. Não somente a divina. E ambas tornam-se
inseparáveis. No catecismo de Westminster diz: “… Jesus Cristo,
que, sendo o eterno Filho de Deus, da mesma substância e igual ao
Pai, no cumprimento do tempo fez-se homem, e assim foi e continua a
ser Deus e homem em duas naturezas perfeitas e distintas e uma só
pessoa para sempre”. (Questão 36). Por isso muita confusão se faz
quando nos evangelhos encontramos Jesus agir ora de modo humano (Jo.14.28), ora de modo divino
(Mt.17.2). E a resolução teológica plausível foi a união
hipostática de Cristo.
Como Deus,
Jesus é a segunda Pessoa de Deus (Mt.28.19; 2Jo 3). Ele é eterno
(Is.9.6; Mq.5.2). Todo poderoso (Mt.28.18; Ap.1.8 compare c/
22.13,16). Santo (Hb.8.27). Imutável (Hb.13.8). Ele é Deus
verdadeiro, verbo divino, o único caminho, a verdade e a vida
(1Jo.5.20; Jo.1.1; 14.6). Criador de todas as coisas (Jo.1.3;
Cl.1.16,17). Aquele que ressuscitou dentre os mortos (Lc.24.1-12;
At.1.1-3; 1Co.15.1-10; Ap.1.10-20).
Como homem,
Jesus se fez carne por amor a uma humanidade decaída e em pecado
(Rm.3.9-19,23; 6.23). Por isso habitou entre nós, para nos ensinar o
modo perfeito e digno de se viver (Is.7.14; Jo.1.14; 10.10; 1Jo.1.2).
Ele veio para morrer em nosso lugar e nos garantir o perdão de
nossos pecados (Cl.1.20-22; Rm.5.1,6,8-11; 1Jo.1.9; 2.1,2;
Is.53.1-12).
Ele realmente viveu como homem (1Jo.4.2,3)
tendo em vista a salvação da humanidade (Fp.2.5-11; Lc.19.10). Sua
mãe biológica chamava-se Maria. Seu Pai adotivo chamava-se José
(Lc.2.4-7). Em sua humanidade investiu parte de seu tempo na vida de
doze homens com o propósito de dar continuidade a sua missão
(Mateus 10) após sua ascensão os deixou (Lc.24.50-53; At.1.9-14) e
dias depois lhes envia o Espírito Santo de Deus (At.1.5; 2.1-4).
Sua morte foi terrível. Foi julgado
segundo a lei de Roma e por esta lei sentenciado a morte de
crucificação, instrumento de madeira em forma de cruz, que o
condenado era pendurado quase nu, de braços abertos e pernas
entrelaçadas. Usava-se três pregos. Um para os pés e dois para
cada mão (Jo.20.25). Sendo o indivíduo pregado literalmente no
madeiro. E só saía dali morto (Jo.19.31-34).
2) O ESPÍRITO SANTO. É
o Consolador divino. Em João
14.16 diz: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador,
a fim de que esteja para sempre convosco”. Sabemos pela Palavra que
o consolador de Israel é Jesus, o Messias (Is.61.2), mas como Ele
foi para o Pai, veio o substituto: o Espírito Santo. João usa a
palavra grega allos,
que traduzimos por “outro”. Essa palavra quer dizer “outro do
mesmo tipo” (Bíblia Shedd pág.1512). Ou seja, do tipo de Jesus,
tal qual Jesus, com as mesmas qualidades divinas que Jesus como vimos
no tópico anterior. No léxico grego de Strong diz claramente que
allos
é “outro, diferente”. Ou seja, não se trata da mesma pessoa,
mas outra pessoa. Para substituir Jesus, não poderia ser algo, mas
alguém, não como ser humano, mas como ser, pessoa, personalidade
como Jesus e divino como Jesus. A Bíblia nos diz: “Então, disse
Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que
mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo?
Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria
em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não
mentiste aos homens, mas a Deus.” (Atos 5:3-4 ARA). Veja bem, quem
é o sujeito da oração no verso 3? O Espírito Santo. Logo, no
verso 4 a atribuição de Deus é empregada a ele.
Não há possibilidade alguma de Deus ser
três processos, pois a distinção que vimos aqui é clara entre as
pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo; e Deus não muda (Tg.1.17 e
Hb.13.8).
Conclusão. Negue a Trindade e estarás com sérios problemas teológicos, hermenêuticos e exegéticos. Ou teremos uma teologia paradoxal ao monoteísmo de mais de um divindade ou cairemos num panteísmo camuflado das três personificações de uma forma cósmica chamada de Deus.
Conclusão. Negue a Trindade e estarás com sérios problemas teológicos, hermenêuticos e exegéticos. Ou teremos uma teologia paradoxal ao monoteísmo de mais de um divindade ou cairemos num panteísmo camuflado das três personificações de uma forma cósmica chamada de Deus.
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