quarta-feira, 27 de outubro de 2021

REFORMA ONTEM CONFLITOS HOJE

A reforma protestante completa 504 anos nesse ano de 2021. De fato temos que comemorar os avanços que esse advento trouxe para nós. Quando em 31 de outubro de 1517 Martinho Lutero trouxe aquelas 95 teses e foram afixadas na porta da igreja do Castelo de Wittenberg que provocou as autoridades católicas da época. Ele desafiou a igreja romana e resgatou o pensamento teológico cristão para o seu ponto central: A Bíblia Sagrada. Que, por força da tradição romana, estava ali quieta nas bibliotecas dos mosteiros e até servindo de apoio de mesa. Com suas verdades silenciadas. As declarações de Martinho Lutero “Atacavam as indulgências e a autoridade papal. Este documento deu origem ao movimento das massas, conhecido como Reforma Protestante. Lutero, monge agostiniano, ensinava que a salvação era ‘somente pela graça’, ‘somente pela fé’ e que a única autoridade nas questões de fé é ‘somente a Bíblia’. […] ao confiar ‘somente em Cristo’ as indulgências seriam consideradas totalmente desnecessárias”. (George Mather e Larry Nichols. 1993, p.120).

Citemos aqui algumas de suas 95 teses que iluminaram o pensamento escurecido do povo católico pelas suas autoridades eclesiásticas:

Tese número 36: “Todo cristão que sente o verdadeiro arrependimento pelos seus pecados, tem direito a uma completa remissão do castigo e da culpa, sem que para isso necessite de indulgência”.

Tese número 37: “Todo verdadeiro cristão, morto ou vivo, participa de todos os bens de Cristo ou da igreja, pela graça de Deus e sem bula de indulgência”.

Tese número 66: “Os tesouros das indulgências são redes para pescar as riquezas dos homens”.

Tese número 86: “Por que o Papa, cuja a riqueza é hoje maior que a dos mais ricos, não constrói a igreja de São Pedro com o seu próprio dinheiro, em lugar de fazê-lo com o dinheiro dos pobres crentes?

Só por essas 4 teses de Lutero podemos perceber que em 1517 havia um abuso e exploração de dinheiro por meio do dogma católico da indulgência. Abraão de Almeida (1998. p.74) comenta:

A igreja romana desprestigiava-se a olhos vistos, a ponto de revoltar seus líderes honestos e esclarecidos. Como se não bastassem as somas vultosas de muitas maneiras canalizadas para o Vaticano, aquele vergonhoso tráfico tornava as populações da Europa muito pobres, tanto financeira, como moral e espiritualmente. Tanto o povo como os príncipes estavam cansados da tirania papal e de suas incríveis extorsões, abusos e exigências. Até mesmo para as consciências irreverentes, mas iluminadas pela onda de saber que caracterizou a Renascença, a remissão dos pecados a troco de compras feitas à igreja era algo demasiadamente herético para ser tolerado, muito menos por um doutor da Bíblia da têmpera de Martinho Lutero”.

E quem pensa que esse escandaloso dogma foi removido hoje pela igreja romana se engana. No seu Catecismo ainda consta:

Desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor, em especial o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, eles possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos”. (2000. p.291, parágrafo 1032. O grifo é nosso).

A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida dos pecados já perdoados quanto à culpa, (remissão) que o fiel bem-disposto obtém, em condições determinadas, pela intervenção da Igreja […] Todos os fiéis podem adquirir indulgências (…) para si mesmos ou aplicá-las aos defuntos”. (idem, p.406, parágrafo 1471. O grifo é nosso).

O que se tirou foi o marketing religioso em cima do assunto, que foi tão explorado pelo engenhoso e charlatão frade Johann Tetzel (o arrecadador das indulgências). Ele dizia em suas turnês pelos lugarejos da Alemanha: “Como sois surdos e desleixados! Com uma significante quantia podeis livrar o vosso pai do purgatório, e, apesar disso, sois tão ingratos que não comprais a sua liberdade! […] Vinde e eu vos darei cartas munidas de selos, pelas quais todos vossos pecados vos serão perdoados, mesmo o que desejais cometer no futuro […]. As indulgências salvam não só os vivos, mas também os mortos. E apenas a moeda tine no fundo do cofre, vossa alma será libertada do purgatório para o céu”. (Abraão de Almeida, 1998. p.61,62).

Essas coisas não ocorreram sem o conhecimento e consentimento do Papa. Ele próprio era o mandante de tal logro. Jesse Hurlbut (1996. P.141) nos conta:

O papa reinante, Leão X, em razão da necessidade de avultadas somas para terminar as obras do templo de S. Pedro em Roma, permitiu que um seu enviado, João Tetzel, percorresse a Alemanha vendendo bulas, assinadas pelo papa, as quais, dizia, possuía a virtude conceder perdão de todos os pecados, não só aos possuidores da bula, mas também aos amigos, mortos ou vivos, em cujo nome fossem as bulas compradas, sem necessidade de confissão, nem absolvição pelo sacerdote. Tetzel fazia esta afirmação ao povo: ‘Tão depressa o vosso dinheiro caia no cofre, a alma de vossos amigos subirá do purgatório ao céu.’ Lutero, por sua vez, começou a pregar contra Tetzel e sua campanha de venda de indulgências, denunciando como falso esse ensino”.

Em 1519 (em junho e julho) houve uma disputa de Johann Eck (defensor da igreja romana), frade dominicano, apologista respeitado da igreja romana como mestre debatedor, professor de teologia em Ingolstadt contra Andreas Karlstadt (seguidor de Lutero), professor em Wittenberg. Conhecida como “A disputa de Leipzig”, foi um debate teológico que ocorreu no Castelo de Pleissenburg em Leipzig, Alemanha. Seu objetivo era discutir os ensinamentos de Lutero. Onde o mesmo foi convidado a participar, ele compareceu na segunda reunião e teve participações. Henry Bettenson (1983. p.239) consta em seu livro o relatório de Johann Eck sobre o referido debate:

Lutero nega que Pedro tenha sido o chefe dos apóstolos […] Nega que a Igreja foi construída sobre Pedro; ‘sobre esta pedra, etc.’ E embora eu lhe citasse Agostinho, Jerônimo, Ambrósio, Gregório, Cipriano, Crisóstomo, Leão e Bernardo com Teófilo, contradisse a todos eles sem pestanejar; e disse que ficaria sozinho contra mil, embora não fosse apoiado por ninguém, porque somente Cristo é o fundamento da Igreja, pois nenhum homem pode pôr outro fundamento, defendendo ele então os gregos e os cismáticos dizendo que mesmo que esses não estejam sob a obediência ao papa estão ainda salvos […] disse muitas outras coisas escandalosas e absurdas: que um concílio, visto constar de homens, pode errar; que não se prova pela Sagrada Escritura a existência de um purgatório, etc., - tudo isso verifiquei lendo nossa disputa, visto que foi transcrita por relatores dignos de fé”.

Essas e outras afirmações de Martinho Lutero e demais expositores da nova fé, tais como Ulrico Zuínglio, João Calvino, Tomás Cranmer, João Knox, William Tyndale, e tantos outros que posteriormente com o surgimento das confissões de fé das igrejas reformadas deu origem ao slogan das cinco solas com frases no latim: “Solus Christus, Sola Fide, Sola Gratia, Soli Deo Gloria, Sola Scriptura”. Que sintetizam os credos teológicos básicos dos reformadores, pilares essenciais da vida e prática cristã evangélica.

A reforma protestante não foi um movimento isolado e nem de um homem só, mas em todos os lugares havia um clamor por reforma, tanto antes quanto depois de 31 de outubro de 1517 havia o esclarecimento bíblico, repercutindo em publicações, que se multiplicaram por meio da invenção da imprensa, do surgimento de livro impresso por Gutemberg em 1455, cujo primeiro a ser publicado assim foi a Bíblia. Que, consequentemente muitos foram silenciados pela igreja romana com perseguição, inquisição e destruição.

Os benefícios da reforma protestante foram muitos. Vamos pontuar alguns aqui:

A Bíblia se tornou a autoridade suprema da igreja cristã.

A igreja romana substituiu a autoridade das Escrituras pela autoridade da igreja. Colocando a tradição e clero da igreja como autoridades a frente e a Bíblia procedia de sua autorização. Com o surgimento dos reformadores e posteriormente com a igreja reformada estabelecida em vários países da Europa, isso mudou. A Bíblia Sagrada ficou a acima de qualquer coisa. E tornou-se determinante em todas as questões de fé, religião e doutrina.

A Bíblia passou a ser lida em vários idiomas.

Com a autoridade da Bíblia resgatada pela igreja reformada. A Bíblia passou a ser uma obra de grande produção, leitura, consulta e estudo. Tornando a sua aquisição e circulação aos milhões. Não havia uma tradução da Bíblia a não ser a versão do latim. A igreja romana proibia a sua leitura aos leigos e colocava obstáculos para sua tradução. Com a reforma protestante, o texto bíblico passou a ter sua versão em alemão, inglês, e vários outros idiomas.

O cristão se afastou da iconodulia e dogmas sem respaldo bíblico.

Com a imensa circulação do texto bíblico e sua tradução no idioma nativo dos povos, veio o esclarecimento do cristão quanto ao culto aos ícones e dogmas sem sustentação bíblica. Assim: o uso litúrgico de imagens de escultura, a crença no purgatório, na indulgência, na penitência, na dulia e hiperdulia, na primazia de Pedro, na sucessão de Pedro, na sucessão apostólica e superstições populares, foram todos rejeitados e substituídos pela racionalidade e orientação bíblica em sua vida pessoal, liturgia, homilia e doxologia.

O cristão passou a ter uma relação pessoal com Deus.

Havia muitos medianeiros e intermediários entre o cristão e Deus. Seu relacionamento com o divino era estático, sem qualquer dinâmica. A vida religiosa era como se houvesse um deus irado incomunicável que, por isso, era necessário ter um padroeiro para ajuda do adorador na relação. Além disso tudo passava pelos sacerdotes e autorização da igreja romana: confissão dos pecados, remissão, redenção, vida eterna. Com a reforma protestante o cristão que se tornava adepto da nova fé falava diretamente com Deus por meio de Jesus Cristo, seu único Salvador e Mediador pessoal, e que nele obtinha a remissão de seus pecados, a redenção e a certeza da vida eterna. Tudo por meio da fé somente, pelo sacerdócio universal dos crentes e com o respaldo da Bíblia Sagrada.

OS CONFLITOS DE HOJE

ONTEM a reforma estava em seu apogeu e triunfo, HOJE a igreja reformada e seus descendentes evangélicos se encontram em vários conflitos. É vergonhoso o que ocorre HOJE na igreja evangélica. Pontuemos alguns conflitos:

A Sola Scriptura tornou-se conflitante.

HOJE muitas igrejas, denominações evangélicas de perfil carismático soterraram esse pilar da reforma protestantes com seus “meninos de recado” que atuam como “profetas de Deus”. São apresentados como se fossem um puxadinho da Bíblia. Eles fazem suas afirmações, revelações, profecias e são tidos como a “palavra de Deus”. Gerando um conflito com uma das cinco solas da reforma. Muitos crentes hoje preferem ouvir essas pessoas e andam atrás delas por aí em vez de consultar a Palavra de Deus que está em suas mãos e de fácil acesso.

Dentro desse ponto temos também a pregação, a homilia da igreja que tornou-se um púlpito de discursos: filosóficos, psicológicos, de autoajuda, de “coaching”, de terapia, de exposição de doutrinas humanas, em vez de uma exposição bíblica.

Muitos cristãos protestantes/evangélicos perderam a sensatez de que a Bíblia é suficiente para todos os assuntos da vida, suficiente em matéria de fé, doutrina e religião. Que sozinha, tem o poder de operar na alma do ser humano e destruir fortalezas (Hb.4.12; 2Co.10.14; Ef.6.13-17). Vivemos hoje como se a Bíblia não fosse mais SUFICIENTE, é preciso acrescentar uma dose de psicologia, psicanálise, terapia, da autoajuda para que a alma do pecador tenha um “tratamento” eficaz.

O sacerdócio universal dos crentes foi roubado.

Conforme posto na Bíblia Sagrada (1Pe.2.9; Ap.1.6; Rm.12.1), tem sido desprezado por muitas igrejas atribuindo aos cargos: presbítero, pastor, bispo, reverendo, “apóstolos” e “profetas” que atuam como verdadeiros “papas” em suas denominações. Invés de cooperadores, facilitadores, são constituídos como “cabeças” da igreja. Todavia a Bíblia nos mostra um único cabeça que é Jesus. Cujo corpo é a sua igreja. Conforme nos ensina a Bíblia (1Co.3.11; Cl.1.18; Ef.4.15). O corpo de Cristo ficou aleijado novamente, se ONTEM havia o papa como cabeça fazendo do corpo, um corpo de duas cabeças, HOJE temos esses gurus evangélicos causando o mesmo transtorno bipolar na visão dos crentes desavisados.

O Solus Christus foi usurpado.

Dentro da chamada “cobertura espiritual”, que é uma heresia papal dentro do meio evangélico, os crentes agora vivem assediados (e porque não dizer “amedrontados”) por uma teologia de cobertura espiritual. Agora o Salmos 23 tem um concorrente: o apóstolo fulano de tal que os pastores aderem (e até pagam) para obter proteção; criam um sério conflito com Cristo. A palavra “cobertura” dentre várias das suas definições no dicionário quer dizer: “Segurança garantida a alguém em situação de grande risco”. (Aulete). Jesus foi, é e sempre será a nossa cobertura espiritual, o nosso pastor e bispo de nossas almas (1Pe.2.25) em quem temos plena segurança e nosso único mediador (1Tm.2.5). Uma vergonha para nós! Que antes criticava-se a igreja romana e se faz o mesmo hoje com seus ídolos chamados de líderes espirituais. Guias cegos levando outros para o bueiro do engano.

O Sola Fide tornou-se fraco e acuado.

Por meio das igrejas carismáticas o uso da fé precisa ser somado com um monte de objetos ungidos para que Deus venha operar um milagre. Dentre esses aparecem: garrafinha de água mineral 500 ml ungida (vendida a preço superior a um garrafão de 20 litros), saco de cimento de 200 g para conquista da casa própria (vendida a preço superior a saca de cimento de 50Kg), caneta ungida para passar em concursos, estrada de sal grosso para conquista da vitória, banho de balde de azeite 5 litros ungido para ser ordenado ao ministério pastoral, etc. Enquanto que a Bíblia nos diz que andamos por fé e não pelo que vemos (2Co.5.7) já esses objetos (na verdade fetiches*) são vistos e acabam que virando complemento a fé. Ora, se a fé for pequena precisamos orar a Jesus para que aumente a nossa fé (Lc.17.5) e não de ajuda desses objetos. Que na verdade usurpam o lugar da fé. A Bíblia nos ensina a viver pela fé (Rm.1.17) e sem retroceder (Hb.10.38).

* Objeto ao qual se atribuem poderes sobrenaturais ou mágicos e se presta culto (Aulete)

O combate massivo dos reformadores ao dogma da indulgência hoje é aviltado pelo comércio da fé em muitas denominações evangélicas.

Aquele famoso frade Johann Tetzel (o arrecadador das indulgências), a quem ONTEM Martinho Lutero se direcionou pregando as 95 teses na porta da igreja de todos os santos, HOJE se multiplicaram aos milhares, oradores de púlpito, arrecadadores de grandes quantias, fazendo comércio da fé, sob influência da famigerada TEOLOGIA DA PROSPERIDADE. E nesse diapasão já se propuseram: oração de 900 reais, oferta de objetos ungidos a preços orbitantes, promessa de prosperidade financeira por mérito da oferta gorda, já se falou até que Jesus era rico por morar a beira mar da Galileia e que ele enriqueceu multiplicando a fabricação das cadeiras e mesas da carpintaria de seu pai de forma milagrosa, etc. Enquanto que o frade Johann Tetzel gritava nas Ruas da Alemanha fazendo logro com o povo em nome do perdão de seus pecados pela compra de um papel assinado pelo papa garantido o perdão dos pecados para encher de ouro as paredes da basílica de São Pedro esses “avivalistas”, pregadores da prosperidade clamam em rádios, TV, internet, para construir seus prédios medonhos e ostentar suas riquezas. Enquanto que a Bíblia nos direciona ao contentamento com pequenas posses (1Tm.6.8), que todas essas coisas (Mt.6.33) nos serão acrescentadas (comer, beber e vestir: idem v.31) e tomarmos cuidado com as riquezas (1Tm.6.9) estes aloprados insuflam as multidões ao descontentamento e a sedução das riquezas. O caminho para ter alguma coisa na vida e bens materiais é o trabalho e o estudo, e não igreja. A igreja não é lugar para falar de valores terrenos, mas de valores celestiais (Fp.3.19,20), de sermos espirituais (1Co.2.14,15), de abnegação pessoal e de humildade (1Ts.2.5,6), de arrependimento (Lc.24.47), de conversão (At.3.19), de renúncia (Lc.9.23), etc.

O Sola Gratia tem agora concorrência com o mérito humano.

Por meio de um evangelho mal pregado temos uma conta pra pagar. Uma multidão de evangélicos que precisam ser evangelizados. Pessoas sem certeza de salvação, enlaçadas em méritos humanos. Expectadores de palestrantes aviltosos da graça divina, cujas mensagens de teor antropocêntrico assedia o homem carnal. Criando um ambiente hostil aos verdadeiros crentes que jamais colocarão os pés dentro de uma igreja desse tipo. Entretanto, as multidões se juntam e afluem nesses lugares, onde do púlpito vem essa homilia e a doxologia centralizada no homem. Pois também suas canções norteiam neste pensamento. Enquanto que a Bíblia no diz que é pela graça que somos salvos (Ef.2.8,9; At.15.11) sem mérito nosso (Tt.3.5), cuja obra inclui a santificação da pessoa, um processo do Espírito de Deus (2Ts.2.13), do sangue de Cristo (1Jo.1.7) e da Palavra de Deus (Jo.17.17). E não de conteúdos psicológicos, psicanalíticos, terapêuticos ou filosóficos.

O Soli Deo Gloria está em declínio.

Em virtude dessa linha do antropocentrismo já mencionada anteriormente em concorrência com a graça divina, há também um declínio da glória de Deus. Pois se o método da terapia aplicado nessas igrejas atua na melhora espiritual de um cristão em uma igreja local a glória é dividida entre Deus e o homem. Glória a Tales de Mileto (pai da filosofia), glória a Wilhelm Maximilian Wundt (pai da psicologia), glória a Sigmund Freud (pai da psicanálise). Todavia, a obra da salvação, que inclui também a regeneração, é obra do Espírito de Santo (Jo.3.5; Ez.35.25-27). Ele é quem faz a transformação da alma do pecador e lhe ajuda em seus temperamentos e vida comportamental (2Co.5.17). A terapia ou cura da alma de problemas psicológicos, psiquiátricos detectados, devem ser tratados em outro ambiente, a igreja ora, intercede pelos enfermos, exerce a fé, e fora desse âmbito direciona aos profissionais da área (como ocorre na medicina). Quando se mistura problema de saúde com problema de caráter e chama “pecado” de “problema” ou de “doença” e mediante isso se oferece as técnicas terapêuticas dentro da igreja (misturando Deus com Freud) o que está ocorrendo é uma negação da doutrina do pecado e furtando de Deus a sua glória de remissão do pecador.

CONCLUSÃO

Que os evangélicos que mantêm os princípios da reforma protestante, que conhecem e defendem as causas da reforma (sejam tradicionais ou pentecostais ou moderados) continuem professando e proclamando ao mundo a mensagem transformadora do evangelho puro e simples de Jesus. E denunciem, assim como os reformadores, todo e qualquer movimento interno ou externo que se oponham.

“Não importa o que aconteça, exerçam a sua cidadania de maneira digna do evangelho de Cristo, para que assim, quer eu vá e os veja, quer apenas ouça a seu respeito em minha ausência, fique eu sabendo que vocês permanecem firmes num só espírito, lutando unânimes pela fé evangélica” (Filipenses 1:27 NVI).

Fontes consultadas:

Bíblia Online módulo avançado. Versão 3. Editora SBB de 2002. Com léxico grego e hebraico, versão grega do NT, versão hebraico do AT e versão LXX do AT.

Dicionário Aulete: https://www.aulete.com.br/

Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo. Editora Vida. 2000.

Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/

Lições da História – por Abraão de Almeida. Editora Vida. 1993.

História da Igreja Cristã – por Jesse Lyman Hurlbut. Editora Vida. 1996.

Documentos da Igreja Cristã – por H. Bettenson. Editora JUERP. 1983.

A Reforma Protestante – por Abraão de Almeida. Editora CPAD. 1998.

Catecismo da Igreja Católica – Edições Loyola. 2000.

Observação: Comentários e respostas, aguardem a aprovação do moderador do blog.
Dúvidas e esclarecimentos, escreva para: anti-heresias@hotmail.com

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