Intimidade entre iguais desafia a Igreja Evangélica
Compilação da revista Defesa da Fé número 22 (edição de maio/2000)
Texto: João Luiz Santolin e Júlio Severo
Quem vê as recentes conquistas do movimento gay [...] na mídia e na sociedade nem imagina que até a década de 1950 não havia nenhum movimento organizado por homossexuais em prol de seus “direitos”. Em apenas 50 anos, os homossexuais do aparente anonimato para o status de defensores dos direitos humanos. O fenômeno, ao contrário de muitos movimentos sociais, não foi espontâneo. O plano foi cuidadosamente engendrado e paulatinamente executado, visando à “homossexualização” da sociedade, objetivo bem expresso na frase “mundo gay”, cunhada pelos próprios militantes. E para neutralizar a oposição da Igreja, intelectuais e teólogos envolvidos na militância lançaram as bases do que hoje se chama “Teologia Cristã Gay”. Preocupado com a influência dessa Teologia, o ICP convidou o Movimento pela Sexualidade Sadia (MOSES) para refletir e produzir a matéria que ora chega até você. Boa leitura!
Contradições Teológicas.
Para validar seu comportamento, os militantes homossexuais recorrem a todo tipo de argumentação. À primeira vista, as pessoas menos informadas podem achar que as declarações dos ícones do movimento gay fazem sentido e se baseiam em fatos incontestáveis. Puro engano. Na verdade, esses argumentos não resistem a uma análise mais acurada e desprovida das motivações que estão por trás da maioria das afirmações dos mentores do movimento gay, incluindo sua teologia.
Luiz Mott, doutor em Antropologia e presidente do “Grupo Gay da Bahia”, considerado o maior mentor intelectual do movimento gay no Brasil, utiliza argumentos teológica, histórica e cientificamente inconsistentes. Esses argumentos são, na verdade, importados dos Estados Unidos e da Europa, onde nasceu e se desenvolveu a chamada “Teologia Gay”. Portanto, vamos nos ater a seus argumentos, tendo em vista que, analisando a Teologia de Mott, focaremos os principais postulados da “Teologia Gay” mundial. Por exemplo, em artigo publicado na revista SuiGeneris (periódico gay), Mott lança o seguinte desafio: “Jesus era gay?” Absurda em si mesma, a pergunta norteia toda a tendenciosidade do artigo. E como todas as seitas costumam fazer, Mott ataca diretamente a pessoa, o caráter e a missão de Jesus, esvaziando o conteúdo da fé cristã para tentar demonstrar que Jesus era gay.
Mott começa seu ataque levantando dúvidas quanto à existência histórica de Jesus de Nazaré. Causa estranheza que um doutor em Antropologia, supostamente familiarizado com a História, alegue a inexistência da maior personalidade de todos os tempos. Até mesmo os inimigos de Jesus deram testemunho dele. Isso para não falar que a própria História foi dividida entre antes e depois de Cristo. Se a existência de Jesus foi uma fraude, César, Nero, Napoleão e Hitler são meras projeções da mente humana, pois a mesma História registra a existência e os atos de cada um.
Entre os testemunhos históricos extrabíblicos acerca de Jesus estão os de Flávio Josefo (historiador judeu 37-95 d.C.), do Talmude (coleção de doutrinas e comentários rabínicos acerca da Lei, elaborada a partir do primeiro século da Era Cristã), os Anais de Cornélio Tácito (historiador romano, morto em 120 d.C.), Caio Suetônio Tranquilo (escritor e senador romano que viveu entre 69-141 d.C.), Plínio, o Moço (governador romano entre 62-113 d.C.), Adriano (imperador de Roma entre 117-138 d.C.), Luciano de Samosata (poeta grego do começo do segundo século), Júlio Africano (cronologista, comentando os escritos de um historiador samaritano chamado Talo, datados do ano 52 d.C.), Mar Bar-Serápio (prisioneiro sírio escrevendo uma carta a seu filho por volta do ano 73 d.C.). Corroborando os registros anteriores, Joseph Klausner, ex-professor de Literatura Judaica em Jerusalém, afirma em seu livro Jesus of Narareth: “Se apenas possuíssemos estes testemunhos, saberíamos efetivamente que na Judeia viveu um judeu chamado Jesus, a quem chamaram o Messias, o qual fez milagres e ensinou o povo; que foi morto, por ordem de Pôncio Pilatos, por denúncia dos judeus...”. Portanto, Luiz Mott precipita-se quando afirma que “a fé é sempre um passo no escuro”. Os cristãos, além do resplendor da infalível e inerrante Palavra de Deus, possuem as luzes da História. É como disse Jesus: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, pelo contrário terá a luz da vida”. (Jo.8.12). Além das contradições do campo da História, Mott não perde a oportunidade de pecar contra a verdade bíblica no campo da Teologia. Em seu panfleto “O que todo cristão deve saber sobre homossexualidade”, o “Grupo Gay da Bahia”, instituição presidida por Luiz Mott, apresenta dez motivos por que a Bíblia supostamente não reprova o homossexualismo. Seu primeiro argumento foi dizer que “a palavra homossexual só foi inventada em 1869... Portanto, como a Bíblia foi escrita entre dois ou quatro mil anos atrás, não poderiam os escritores sagrados ter usado uma palavra inventada só no século passado”. Isso demonstra total falta de compreensão sobre o que significam terminologia e conceito. A palavra homossexual, ou homossexualidade, é termo recente, mas o conceito é antigo. É o próprio Mott quem diz que “a prática do amor entre pessoas do mesmo sexo, porém, é muito mais antiga que a própria Bíblia”. Portanto, a Bíblia fala sobre a prática homossexual mesmo sem utilizar a terminologia moderna, uma vez que a homossexualidade sempre foi contemporâneo dos escritores bíblicos.
Mott vai além de guerras de palavras e ataca Levítico afirmando que “do imenso número de leis do Pentateuco apenas duas vezes há referência a homossexualidade […] que inúmeras outras abominações do Levítico – como comer carne de porco ou o tabu em relação ao esperma ou sangue menstrual […] foram completamente abandonadas”. O que o antropólogo ignora é que se há duas referências a homossexualidade no Pentateuco (Lv.18.22; 20.13), e ambas são proibitivas e punitivas, já se vê que Deus reprova a prática da homossexualidade sem necessidade de qualquer outro argumento. Além deste erro grosseiro, confundir preceito moral com cerimonial – ou seja, rituais – é um equívoco imperdoável mesmo para um iniciante em hermenêutica. Cerimônias foram removidas mediante o sacrifício de Cristo na cruz (Cl.2.14-17) moralidade, não.
Copiando na íntegra o desgastado argumento da homossexualidade entre Davi e Jônatas, Mott pergunta retoricamente: “Se a homossexualidade fosse prática tão condenável, como justificar a indiscutível relação homossexual existente entre o rei Davi e Jônatas?” Indiscutível sobre que bases? Na verdade, quando Davi disse que o amor que sentia por Jônatas ultrapassava o de mulheres, ficou claro que este amor não tinha nenhuma conotação erótica. Vale destacar o comentário exegético do rabino Henry I. Sobel à revista Ultimato, de setembro/outubro de 1998: “… a palavra hebraica “ahavá” não significa apenas amor no sentido conjugal/sexual, mas também no sentido paternal (‘Isaque gostava de Esaú’, Gn.25.28), no sentido de amizade (‘Saul afeiçoou-se a Davi’, em 1Sm.16.21), no sentido de amor a Deus (‘Amarás o Senhor, teu Deus’, em Dt.6.5) e no sentido de amor ao próximo (‘Amarás o próximo como a ti mesmo’, Lv.19.18). Em todos estes exemplos, o verbo usado na Tanakh (a Bíblia Hebraica) é ahavá. É por razão linguística – e não por falso pudor – que a maioria das traduções bíblicas cita 1 Samuel 1.26 assim: ‘Tua amizade me era mais preciosa que o amor das mulheres’.”
O amor das mulheres era algo que Davi conhecia muito bem. Sua poligamia com Mical, Abigail, Ainoã, Maaca, Agita, Abital, Eglá e seu adultério com Bate-Seba mostram que a maior dificuldade de Davi era a atração pelo sexo oposto (1Sm.18.27; 25.42-43; 2Sm.3.2-5; 11.1-27).
Os “intelectuais” da militância gay teimam em ignorar os fatos. Além do problema com a História e Teologia, revelam total desconhecimento da geografia da Terra Santa. Argumentando sobre o texto de Eclesiastes 4.11 (“Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará?”), tentam demonstrar que num clima quente como o da Judéia dormir juntos só pode ter conotação erótica. Ignoram, porém, que em Israel também neva. Exemplo disso é o rigoroso inverno que em janeiro de 2000 atingiu a Terra Santa, espalhando neve por toda parte. Além de colocarem Davi como homossexual, os militantes sugerem Salomão – mulherengo que era! – teria escrito a favor da homossexualidade, o que não encontra respaldo hermenêutico no contexto do versículo que, na verdade, fala de cooperação mútua.
Falando sobre Sodoma e Gomorra, a militância gay afirma que quando os homens daquelas cidades pediram a Ló para conhecer os visitantes (os dois anjos com aparência humana) eles não pretendiam manter relações sexuais com eles: “... maliciosamente se interpretou o verbo ‘conhecer’ como sinônimo de ‘ato sexual’.” É verdade, porém, que o verbo que aparece neste contexto é o hebraico yada, que tem vários significados e, segundo especialistas, aparece mais de 900 vezes no Antigo Testamento, por exemplo: Saber – Gn.15.8; dar-se conta – Gn.3.9; reconhecer – Gn.12.11; conhecer pessoas – Gn.29.5; ser esperto em algo – 1Rs.12.11. Na história de Sodoma e Gomorra, esse verbo tem conotação sexual (Gn.19.5 – a ameaça dos homens o demonstra claramente), pois a resposta de Ló oferecendo suas duas filhas virgens só tem conotação sexual. Mas eles não queriam as mulheres. Seu desejo era homossexual. Uma das melhores traduções da Bíblia foi feita pelo judeu André Chouraqui e chama-se A Bíblia – No Princípio. A tradução literal em sua Bíblia é: “faze-nos sair até nós, vamos penetrá-los” (Gn.19.5). E: “Tenho duas filhas que homem algum jamais penetrou” (idem v.8). Isso está em completa harmonia com o ensino do Novo Testamento em Judas 7, que confirma que a intenção dos homens de Sodoma era realmente de violação homossexual, assim como o demonstram 2 Pedro 2.7-10 e 1 Timóteo 1.8-10 que lista diversas violações da lei colocando os sodomitas lado a lado com os parricidas, matricidas e roubadores de homens.
“Não há evidência histórica ou arqueológica confirmando a real existência de Sodoma e Gomorra”, dizem os militantes. Por que, então, eles perdem tanto tempo com toda a argumentação discutida até aqui? Entretanto, erram por não levar em consideração os últimos achados arqueológicos. Bryan Wood, diretor da Associates for Biblical Research (Associados para a Pesquisa Bíblica), afirma: “Quando empregamos as informações disponíveis das escavações e o emparelhamento geográfico destas cidades, podemos identificar Bab edh-Dhra como Sodoma, Numeria como Gomorra, es-Safi como Zoar, Feifa como Admá e Khanazir como Zeboim”. Ele acredita que a evidência é imperiosa e por isso conclui: “Estas cidades da Era do Bronze Antigo, descobertas no país da Jordânia logo ao sudeste do Mar Morto, formam uma linha norte-sul ao longo da bacia sul do Mar Morto. Elas todas datam o tempo de Abraão e parece que são verdadeiramente as cinco cidades da planície mencionadas no Antigo Testamento”. (Stones cry out, livro lançado pela CPAD sob o título “As pedras clamam”).
Tentando neutralizar os escritos paulinos contra o comportamento homossexual, os militantes argumentam que as palavras efeminados e sodomitas empregadas em 1 Coríntios 6.9-11 foram mal traduzidas. Entretanto, as palavras gregas malakoi e arsenokoitai têm significados específicos. Malakoi significa “macio ao tato”. Arsenokoitai é composta de duas outras palavras arsen (macho) e koitai (cama). Em outras palavras, esse termo se refere aos homens que vão para cama com outros homens. Mas homossexualidade não é o único pecado sexual condenado na passagem em questão. Pornoi (fornicadores) e moichoi (adúlteros) mostram que não é só a homossexualidade que exclui pessoas do reino de Deus. Em contrapartida, o texto deixa claro que ninguém precisa permanecer excluído do reino, pois na igreja que estava em Corinto (cidade extremamente libertina onde a homossexualidade e a pedofilia eram considerados normais) havia alguns que deixaram a homossexualidade, bem como outros pecados.
“Jesus Cristo nunca falou nenhuma palavra contra os homossexuais!”, bradam os militantes. Mais uma tentativa frustrada para perverter a simplicidade do Evangelho. O fato de Jesus nunca ter mencionado especificamente a homossexualidade não significa sua aprovação. Ele também não pronunciou claramente sobre muitos outros problemas sociais, tais como: sequestro, abuso sexual, prostituição infantil, tráfico de drogas. Entretanto, a Palavra apresenta direta e indiretamente os princípios inegociáveis de Deus para a moralidade e a dignidade humana. Na verdade, ao se referir ao plano de Deus para a sexualidade, Jesus reafirmou o ensino veterotestamentário sobre o casamento heterossexual e monogâmico (Mt.19.4-6). A única alternativa ao casamento nestes termos é o celibato voluntário, concessão que ele abriu ao ensinar que é melhor se eunuco pelo Reino de Deus do que se divorciar e casar-se de novo (idem 19.9-12).
Quanto a alegação de que Jesus era gay porque “conviveu predominantemente com os apóstolos (todos homens), que ele era muito sensível falando de lírios do campo, que era amigo de muitas mulheres, que tinha muita sensibilidade com as crianças ou, ainda, que nutria uma predileção por João”, só revela mais simples a falta de bom senso que patologiza as relações mais simples e puras entre homem e seus semelhantes.
Certamente, uma compreensão correta da natureza divino-humana de Jesus jamais permitiria sequer uma suposição destas. O Deus Eterno que se fez homem jamais nutriria por suas criaturas qualquer tipo de amor que não fosse puramente ágape (amor de Deus pelos homens). E foi exatamente isso que Jesus demonstrou por todos. Mas Luis Mott prefere extrair sua cristologia deturpada de conceitos mitológicos sobre deuses como Zeus e Oxalá, “andróginos e praticantes do homoerotismo” (atração física entre seres do mesmo sexo) como seus idealizadores. Por isso, ele não consegue perceber nos relacionamentos de Jesus nada maior do que a interação entre iguais. Ele perde a oportunidade de ver a beleza do relacionamento Criador-criatura, Salvador-pecador, Senhor-servo, Mestre-discípulo e, especialmente, Pai-filho.
É intrigante o fato de que o “Grupo Gay da Bahia”, presidido por Luiz Mott, autor da maioria dos argumentos refutados acima, seja o idealizador da chamada “Ação Cristã Homossexual”. Esse grupo que passa horas de pesquisa para tentar provar que Jesus é um mito, e que se fosse um personagem histórico seria homossexual, e que questiona os relatos bíblicos rejeitando sua interpretação literal pretende convencer-nos de que é ação, instituição ou movimento cristão. Como é possível tal contradição? É óbvio que o objetivo não é o de aproximar os homossexuais do Evangelho do Reino de Deus. É, antes, uma estratégia para impedir que eles cheguem ao pleno conhecimento da verdade. São como os intérpretes da lei a quem Jesus denunciou, dizendo: “Ai de vós, intérpretes da lei! Porque tomastes a chave da ciência; contudo, vós mesmos não entrastes e impedistes os que estavam entrando” (Lc.11.52).
Apelação “científica”.
Todavia, a obstinação dos militantes não se confina apenas a deturpar a História e a lei de Deus, mas também a ciência – do ponto de vista experimental. É por isso que o Dr. Vern L. Bullougth, defensor do movimento homossexual e da pedofilia, afirma: “A política e a ciência andam de mãos dadas. No final é o ativismo gay que determina o que os pesquisadores dizem sobre gays” (1). Porém, ainda que conseguissem provar algum dia que a homossexualidade é causado por algum fator na natureza, isso não quer dizer que somos obrigados a aceitá-lo. Sinclair Rogers, que foi homossexual por muitos anos até entregar sua vida a Jesus Cristo, diz: “Certamente, as pessoas não escolhem desenvolver sentimentos homossexuais. Mas isso não significa que quando alguém nasce já está pré-programado para ser homossexual para sempre. Não somos robôs biológicos. E não podemos ignorar as influências […] A natureza produz muitas condições por influência biológica, tais como depressão, desordens obsessivas, diabetes […] Mas não consideramos esses problemas ‘normais’ só porque ocorrem ‘naturalmente’ […]. A Biologia pode influenciar, mas não justifica automaticamente a possível consequência de todo comportamento. E também não elimina nossa responsabilidade pessoal, vontade, consciência ou nossa capacidade de escolher controlarmos ou ser controlados por nossas fraquezas” (2).
Pesquisas tentando mostrar causas efeitos biológicos ou genéticos para a homossexualidade existem há quase um século. Mas o fato é que, ao longo dos anos, nenhuma pesquisa jamais provou uma base orgânica para homossexualidade. O ativista homossexual Dennis Altman faz uma observação acerca de um estudo do Instituto Kinsey: “Eles estão impressionados com os consideráveis esforços de biólogos, endocrinologistas, e fisiologistas em provar esse fundamento; estou mais impressionado com a incapacidade de tantos anos de pesquisa resultarem em nada além de meras ‘sugestões’.” (3)
Os ativistas homossexuais declaram que a homossexualidade é natural. Os grupos gays e todas as pesquisas modernas que defendem a conduta homossexual se baseiam direta ou indiretamente no relatório Kinsey de 1948, o qual afirma que 10% da população são exclusivamente homossexuais. No entanto, dois excelentes livros escritos pela Dra. Judith Reisman revelam não só a metodologia fraudulenta de Kinsey, mas também o envolvimento dele com estupradores de crianças (4). Wardell Pomeroy, co-autor do Relatório Kinsey, conta a reação de Kinsey à preocupação (que Kinsey chamava de histeria) da sociedade com o grave problema de adultos que têm relações sexuais com crianças da família: “Kinsey zombava da ideia... [Kinsey] afirmou, com relação ao abuso sexual de crianças, que a criança sofre mais danos com a histeria dos adultos [do que com o próprio estupro]” (5). Os grupos de ativistas homossexuais no mundo inteiro estão trabalhando para abaixar ou abolir as leis de idade de consentimento sexual a fim de “liberar” as crianças das restrições sociais. Isso, na verdade, passa a inocentar o criminoso. Infelizmente essa conspiração resultou, em 1992 na Holanda, na legalização do relacionamento hétero (entre sexos diferentes) e homossexual de adultos com crianças a partir dos 12 anos. No EUA, a maior responsável por esta luta é a Associação Norte-Americana de Amor entre Homens e Meninos (NAMBLA). (6).
Homossexualidade e Candomblé.
Apesar de nem todo homossexual ser endemoninhado como diriam ingenuamente alguns, é óbvio que Satanás está por trás deste comportamento, como qualquer outro comportamento pecaminoso e autodestrutivo. Foi Jesus mesmo quem disse que o diabo veio para matar, roubar e destruir.
Edison Carneiro (irmão do político Nelson Carneiro), afirma, no seu livro Candomblés da Bahia (p.140) que o candomblé arrasta muitos homens à homossexualidade, confirmando assim o que já havia sido observado por outro estudioso desse assunto, o sociólogo Roger Bastid. Segundo Edison Carneiro, é difícil esses efeminados não serem “cavalos de Yansã, orixá que geralmente se manifesta em mulheres inquietas, de grande vida sexual, que se entregam a todos os homens que encontram…” (7). Os casos de crianças desaparecidas que são estupradas e sacrificadas em rituais de pais de santo parecem ser um problema envolvendo os cultos afro-brasileiros.
Assim, além de levarem os indivíduos para a homossexualidade, os demônios também os levam a abusar sexualmente das crianças e até matá-las. Talvez o pior assassino em série do mundo seja o homossexual Gilles de Rais, que matou brutalmente 800 meninos. Cada garoto era atraído à sua casa, onde recebia banho e comida. Então, quando o pobre menino pensava que era seu dia de sorte, Gilles o estuprava e queimava, ou o cortava e comia (8). Em seu livro The Devil’s web (A teia do Diabo), Pat Pulling revela o envolvimento do satanismo com o estupro e o sacrifício ritual de crianças. Ele cita o caso de Gilles: “Gilles de Rais era um nobre europeu do século 15 que estava totalmente envolvido na alquimia e outras ciências ocultas. Ele era também um pervertido sexual e sadista que matava crianças antes de ser preso, julgado e condenado a morte. Outras evidências mostram que, no passado, os praticantes de adoração de demônios realmente sacrificavam criancinhas durante suas cerimônias rituais” (9).
Causas psicológicas da homossexualidade.
Uma vez que as causas não são genéticas, passam a figurar no campo da Psicologia. O Dr. Gerard van den Aardweg, psicólogo holandês, estabelece as seguintes causas do desejo homossexual nas pessoas: experiência homossexual na infância, anormalidade familiar, experiência sexual fora do normal incluindo sexo grupal ou com animais, e as influências culturais. Corroborando as afirmações do Dr. Gerard van den Aardweg que homossexualidade não é genética, a psicanalista e escritora Sheiva Sherman declarou, em 27 de março de 1998, no programa de TV Madalena Manchete Verdade que “uma coisa tem de ficar claro: homossexualidade não é genética. Está provado”. É bom frisar que as causas da homossexualidade não são genéticas, porque a maior vitória do movimento gay na década passada foi mudar a direção do debate. Em vez de discutir sobre a conduta, fala-se sobre a identidade. Qualquer um que se oponha a homossexualidade passou a ser visto como agressor dos direitos civis dos cidadãos homossexuais. Isso é o que constatam o teólogo John Ankeberg e o sociólogo John Weldon, autores do livro Os fatos sobre a homossexualidade (Editora Chamada da Meia-Noite): “Nossa cultura está se tornando tão tolerante que muitos dão ouvidos a qualquer grupo de autodenominadas ‘vítimas’.” (10).
Denunciar a tolerância demasiadamente aética de nossa sociedade para com as minorias, não significa promover ou praticar a violência contra elas. É muito importante esclarecer que somos absolutamente avessos a toda demonstração de violência contra qualquer pessoa, inclusive os homossexuais. Deve provocar a indignação de qualquer cidadão o que aconteceu [...] ao adestrador de cachorros Edson Neris da Silva, homossexual, de 35 anos, que foi cercado por um grupo de “Carecas” e assassinado a socos e pontapés na praça da República, na região ABC paulista. Esse é, sem dúvida, uma atitude doentia, homofóbica (aversão a homossexuais) sem qualquer justificativa. Precisamos ser equilibrados, repudiando o discurso e a prática gays, mas acolhendo e conduzindo os homossexuais a Cristo. Mesmo aqueles que são mais recalcitrantes devem ser objeto da compaixão e amor cristãos.
Uma coisa que precisa ficar muito clara é que toda argumentação aqui apresentada visa combater os falsos ensinos que a militância gay vem divulgando. Todavia, a maioria dos homossexuais não faz a mínima ideia de grande parte dos argumentos dos grupos gays nem quer se envolver em sua luta; deseja apenas viver em paz. A maioria dos homossexuais, homens ou mulheres, deseja, na verdade, abandonar esse comportamento, mas não sabem como. Por isso, precisam ser acolhidos, respeitados como pessoas e conduzidos ao conhecimento de Cristo.
A igreja e os homossexuais.
Joe Dallas, em seu livro A operação do erro, publicado pela Editora Cultura Cristã, leva-nos a uma interessante reflexão sobre o papel da Igreja para com os que desejam deixar a homossexualidade: “Entretanto, quando eles são trazidos para fora da ilusão, quem está esperando por eles? A Igreja está sendo como o pai do filho pródigo, correndo para encontrá-lo no meio do caminho e celebrar o seu retorno? Ou será que o Corpo de Cristo está sendo melhor representado pelo irmão mais velho, justo em si mesmo, distante e frio, que não quer se envolver? Ao abordar o problema da homossexualidade, talvez essas sejam as perguntas mais importantes a serem feitas.” Infelizmente, porque uma grande parte da Igreja não está cumprindo seu papel neste sentido, precisamos ouvir coisas como as que Troy Perry, líder da maior igreja gay cristã do mundo, disse e que Joe Dallas registra: “Se a Igreja tivesse realmente feito seu trabalho missionário, não creio que a MMC (Metropolitan Community Church) jamais tivesse vindo a existir” (11).
Graças a Deus, a Igreja começa a despertar! A Igreja Presbiteriana Independente de Londrina, por meio do Ministério Paz com Deus, começou a agir de maneira planejada para conscientizar pastores e membros da igreja, e ajudar os que se encontram em dificuldades com sentimentos ou práticas homossexuais. Ela promoveu o I Encontro Paz com Deus, realizado de 4 a 7 de março [de 2000], em Londrina, Paraná. O evento com 130 pessoas (participantes e obreiros) e incluiu muitos pastores. Dentre as muitas bênçãos recebidas e testemunhadas pelos participantes, destacam-se as confissões de muitos pastores, outrora intolerantes no que diz respeito aos homossexuais, fizeram aos líderes de ministérios que atuam entre eles. Depois de uma das mensagens do preletor oficial Bob Reagan, ligado à Êxodus e ao Regeneration Ministry, nos EUA, os pastores e líderes evangélicos foram convidados ao altar para uma oração de arrependimento e confissão de pecados como os de omissão ou rejeição dos homossexuais durante seus ministérios. Quase todos foram a frente. Mas os pastores não foram os únicos a pedir perdão. Os participantes que haviam vivido a homossexualidade ou ainda estavam envolvidos neste comportamento também pediram perdão por terem guardado mágoas contra pastores ou igrejas. Muitas lágrimas foram derramadas por ambos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
(1) Dra. Judith Reisman, Kinsey, sex & fraud (Hungtington House Publishers: Lafayette-EUA, 1990) p. 212.
(2) Questions I’m asked most about homosexuality, Na Interview with Sinclair Rogers (Choices: Singapura, 1993), p.4.
(3) John Ankeberg e John Weldon, Os fatos sobre a homossexualidade (Editora Chamada da Meia-Noite, 1997) pp.22-23.
(4) Dra Judith Reisman, Kinsey, sex & fraud (Hungtington House Publishers: Lafayette-EUA, 1990) e Kinsey: crimes & consequences (The Institute for Media Education, Arlington-1998).
(5) Dra Judith Reisman, Kinsey: crimes & consequences (The Institute for Media Education, Arlington-1998) p.234.
(6) Julio Severo (O movimento homossexual, Editora Betânia, Venda Nova – MG, 1998) p.20.
(7) Jefferson Magno Costa, Porque Deus condena o espiritismo (CPAD, Rio de Janeiro, 1987). P.81.
(8) Dr. Paul Cameron, The gay 90s (Adroit Press: Franklin – EUA, 1993), p.46.
(9) Pat Pulling, The Devil’s web (Hungtington House, Inc.: Lafayeitte – EUA, 1989), p.148.
(10) John Ankeberg e John Weldon, Os fatos sobre a homossexualidade (Editora Chamada da Meia-Noite, 1997), p.8.
(11) Joe Dallas, A operação do erro (Editora Cultura Cristã, São Paulo, 1998), p.237.
a. João Luiz Santolin, presbiteriano, presidente fundador do Moses, bacharel em Teologia e pós-graduado em Terapia da Família.
b. Sergio Viula, ministro batista, editor do jornal Desafio das Seitas, cofundador do Moses e Mestrando em Ministérios Globais.
c. Júlio Severo, obreiro da Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra e autor do livro O movimento homossexual – Editora Betânia.
Onde encontrar a publicadora da revista? Contato pelo site: www.icp.com.br
Onde encontramos hoje contato com o MOSES – Movimento pela Sexualidade Sadia: http://www.desafiodasseitas.org.br/moses.htlm que inclusive o texto compilado aqui se encontra neste site no link: http://www.desafiodasseitas.org.br/m-08.htm acessado em jun/16. Também encontrado aqui: http://www.cacp.org.br/a-teologia-gay/ acessado em jul/16.
PARECER DO BLOG ANTI-HERESIAS
Apesar de escrito 16 anos atrás, o texto compilado acima, este assunto ainda é pauta de grandes debates no Brasil e no mundo. O blog aqui nunca escreveu um assunto se quer sobre o tema, e creio ser oportuno, depois de muitas coisas ligadas à questão da agora chamada “homoafetividade” terem acontecido. Este texto poderia ter sido postado a mais tempo se eu tivesse usado o velho “Ctrl c” e o “Ctrl v”, todavia, preferi digitá-lo da revista supracitada em que tenho toda a coleção. Você perceberá, se comparar os textos, que realmente digitei. Fiquei mais livre para publicar o conteúdo e até comentar por ter sido já publicado anteriormente. E como digitei, me deu mais que uma leitura sobre o tema. Restando-me agora dar o parecer.
Sobre as contradições teológicas.
Concordo com a questão teológica sobre o caso de Levítico, e acrescento que o livro de Levítico é mencionado no Novo Testamento quando acontece o problema entre judeus cristãos e gentios cristãos, onde queriam que estes cumprissem a circuncisão (At.15.1) e guardassem a lei de Moisés (idem v.5). Então, quando os apóstolos e presbíteros se reúnem para resolver a questão (idem v.6) onde a palavra final foi: “Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais: que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Saúde”. (idem v.28,29 o grifo é meu). Observemos que a expressão “relações sexuais ilícitas” faz o texto correlato a Levítico 18. A palavra grega presente no trecho é “porneias” (1) que vem de “porneia”: “Relação sexual ilícita” (2). Sendo, portanto, uma confirmação da atualidade do capítulo do referido livro para a igreja cristã, onde consta dentre as relações ilícitas: “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação”.
Em relação ao caso de Davi e Jônatas, vejo que o uso do termo hebraico não foi feito uma exegese ampla. Pois, a passagem de 2Samuel 1.26 que diz: “Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; tu eras amabilíssimo para comigo! Excepcional era o teu amor, ultrapassando o amor de mulheres”. Onde consta realmente a palavra “ahabah” e sua flexão no manuscrito hebraico está como “ahavatekha” (3) se referindo ao “amor” de Jônatas por Davi e usa “meahavat” (3) referindo-se ao “amor” comparativo das mulheres. Mas a palavra hebraica “ahabah”, donde vêm às referidas flexões do manuscrito, significa: “1) amor: b) humano por objeto humano: b1) de uma pessoa em relação a outra pessoa, amizade, b2) de alguém para si mesmo; b3) entre homem e mulher; desejo sexual. 2) amor de Deus pelo seu povo. (2). O que vai determinar é o contexto bíblico. Onde já existia na época de Davi a Torah (que equivale ao Pentateuco na Bíblia cristã), primeira sessão da atual Tanakh (Bíblia hebraica). Que consta o livro de Levítico, texto mencionado anteriormente e provado seu repudio a prática homossexual. Então, pelo contexto, conclui-se que a palavra “ahabah”, nesse caso, aplica-se na primeira menção: “amor”, definição b1) “de uma pessoa em relação a outra pessoa, amizade”. Pois, seria uma contradição Davi descumprir um mandamento tão incisivo da Torah. E na segunda menção “amor” também. Que o amor de amizade entre as mulheres era inferior ao amor de amizade de Jônatas e Davi.
Quanto aos demais assuntos expostos no texto em apreciação, concordo com todas as palavras, são claras, exegéticas, e que conseguem contestar os argumentos colocados pela militância gay sem que me seja preciso acrescentar alguma coisa.
Sobre a apelação científica.
Pelo que li do texto, e também de outras resenhas e comentários sobre os relatórios de Kinsey, o uso da estatística não é comprovação científica de algo. A taxionomia nunca vai comprovar que existe um terceiro gênero. Não passam de meras especulações em torno do comportamento sexual humano. Kinsey não pôde comprovar cientificamente o terceiro gênero. E detalhe: Kinsey era biólogo, e antes de se dedicar a sexualidade, era professor de zoologia e especialista em estudo sobre insetos. Vale ressaltar que ele não tinha nenhuma formação acadêmica na psiquiatria, psicologia ou psicanálise. Deixando as teorias de Kinsey de lado, o ser humano comprovadamente é formado de sexo masculino e feminino ou macho e fêmea.
O apelo a ciência passou muito longe, uma vez que os exames não chegaram se quer a porta de um laboratório, mas se resumiram em números, estatísticas e entrevistas. Por exemplo: para um médico clínico geral dar um diagnóstico de uma doença ele precisa muito mais do que uma entrevista, estudo de comportamentos, etc. Os exames laboratoriais junto com a análise clínica é que dão o diagnóstico das doenças. Sem falar nas anomalias físicas externas ou sintomáticas que ajudam no diagnóstico junto aos exames. Outro exemplo: O que define que um ser humano é infectado por HIV não são estatísticas da doença, mas o exame de sangue. Se este é soropositivo. Os números não normalizam nada. Podemos ter uma estatística de violência de 70% isso não faz da violência uma ato normal.
Enfim, os relatórios de Kinsey onde se fundamentam todos os defensores da prática homossexual como normal é movediço, pseudocientífico e não passa de uma entrevista. Nada contra as pesquisas, pessoalmente gosto muito de pesquisa, estatísticas, mas usá-las como exame científico é querer tirar um parafuso com um alicante universal. Ferramenta errada. Então a estatística não presta para a ciência? Não é isso que quero dizer. A estatística serve a ciência para dar informação, por exemplo: quantos casos de Zica resultou em crianças com microcefalia? Todavia a estatística jamais vai diagnosticar que a Zica causa microcefalia. Isso cabe aos exames laboratoriais, pesquisas com amostras do vírus, exames dos fetos, etc. Portanto, Kinsey apenas deu números sobre o comportamento sexual de homens e mulheres, nada mais do que isso.
Sobre a homossexualidade e o candomblé.
Sou estudante de religião a muito tempo, desde os 15 anos de idade que me identifico com a pesquisa sobre a religiosidade, crenças, etc. Cursei dois anos de estudos sobre diversas crenças pelo Instituto Cristão de Pesquisas. Li diversos livros sobre crenças. Participei de um seminário de religiões ministradas pelo saudoso pastor Natanael Rinaldi. Agora associar a homossexualidade ao candomblé penso que seja uma questão o tanto exagerada, o mesmo também vejo sobre associar os cultos afro-brasileiros a obras dos demônios. Não podemos descartar que essas pessoas têm um fator em comum com todas as religiões: acreditar em algo superior, no divino. E todo ser humano tem um sentimento religioso dentro dele, mesmo que este seja ateu. Que no caso transfere o culto para si mesmo. Assim, vendo por essa ótica, os homossexuais vão para o candomblé pela liberdade que a religião oferece a este comportamento sexual e por acreditarem em algo mais do que o aqui e agora, do material. Eu desconheço qualquer doutrina do espiritismo, seja ele kardecista, baixo-espiritismo ou o espiritismo comum que tenha a homossexualidade como um comportamento errado.
Como cristão, não desconsidero a possibilidade de demônios oportunistas que, em meio ao culto aos ídolos, agirem para que este culto seja a eles. Pois desde que caíram, o desejo do seu líder maior: Belzebu, Satanás, Diabo, era ser maior ou igual a Deus. Mas, não podemos generalizar que todo umbandista ou praticante do candomblé, que pessoas ligadas ao espiritismo no geral, sejam endemoninhadas ou homossexuais. A meu ver a forte presença dos gays é muita mais por aceitação de como eles são nas referidas crenças do que por causa dessas crenças.
De certo modo a homossexualidade é por si mesmo uma crença. Pois, não tem comprovação científica da existência de um terceiro gênero. Logo, para isso se exige fé. E muita fé mesmo. Pois é um comportamento que luta contra a própria natureza, preservação da espécie humana, etc. Já ouvi um amigo gay me dizer: “eu fui destinado a ser gay desde que nasci”. Isso, quer os críticos queiram ou não, é uma fé determinista. Possuem até divindades: a sexualidade que queriam ter. E fazem tudo o que for possível para serem iguais a esses ídolos. Desde do vestir até fazer alterações no próprio corpo.
Sobre causas psicológicas da homossexualidade.
O que é normal? Se consultarmos o dicionário vamos encontrar várias definições desta palavra. Entretanto, o que me chama atenção para nosso presente tópico é: “Que é natural ou habitual, que é segundo a norma ou padrão”. Posso exemplificar na medicina a onde quero chegar: quando uma pessoa chega no consultório médico ela vai logo dizendo ao profissional que está sentido algo diferente, algo que não está normal em seu corpo. Pois o seu corpo tem uma normalidade de funcionamento, e tudo que foge a essa normalidade ele procura o médico para ajudá-lo. A “patologia” tem o prefixo “pat” que quer dizer: “Desvio, em relação ao que é considerado normal, do ponto de vista anatômico ou fisiológico, que caracteriza ou constitue uma doença”. Pense bem, se uma pessoa nasce de sexo feminino e tem um comportamento sexual de interesse e atração por outra pessoa de sexo feminino, isso é normal? Não sou psicólogo e nem psiquiatra – sou teólogo, mas o que estamos abordando aqui é evidente. O quê decide o que é? O fato de ter nascido mulher ou o pensar que é um homem, querer se vestir como homem, ter jeito de homem? Bom, para fatos não há argumentos, agora para “o pensar que é” podemos contra-argumentar aqui em centenas de linhas. Mas, vou poupar os leitores. O que quero mostrar aqui, chamando a atenção dos bacharéis e doutores da psicologia e psiquiatra, é que a homossexualidade precisa de um olhar mais desprendido da identidade do cidadão e focar mais no comportamento e em sua mente, se realmente quiserem pôr em prática o que aprenderam e se a sociedade quer realmente tratar essas pessoas. Pois tanto pode errar por omissão como pode errar por discriminação. O fato é que o homossexual deve ser visto como uma pessoa que precisa de ajuda. A omissão deixa-lhe a própria sorte, a deriva de suas ilusões utópicas, que vão aos extremos de práticas cirúrgicas para mudar aquilo que a natureza lhe deu; por outro lado, a discriminação faz ele se sentir mal, marginalizado pela sociedade, uma péssima condição de vida para o ser humano. Agora, “pegando o gancho” do autor do texto em apreciação, trocar comportamento por identidade é um desserviço ao campo do conhecimento acadêmico. E tudo sobre esse comportamento fica sem um estudo acurado, pesquisa e descoberta. Voltemos a pergunta inicial: O que é normal? Exemplifiquemos aqui uma pessoa de sexo masculino, mas pensa ser uma mulher, quer se vestir como mulher, ter jeito de mulher, etc., é normal? Quem decide essa questão? O fato natural dele ter nascido macho? Ou sua mente? Vejam como é incoerente: Na psiquiatra se alguém chegar no consultório dizendo que é um alienígena que morava no planeta k52 e que está de passagem pela terra, o que esse psiquiatra vai estudar? A sua cidadania ou o seu comportamento? A mente deste paciente condiz com o que ele de fato é? O psiquiatra vai ignorar esse comportamento? Vai acreditar nele? Você entende onde quero chegar? É muito incoerente o argumento apologético da militância gay e ao mesmo tempo também fraco, inócuo.
Não tenho nenhuma opinião contrária a pessoa, ao ser humano, que é gay. Podemos conversar, ser amigos, trocar ideias, mas não posso deixar de se preocupar com essa pessoa, pois não é natural, normal o comportamento sexual dela. Se estou errado em minha dissertação então vamos classificar os problemas mentais atuais tipo: depressão, pânico e ansiedade como discriminação dos médicos, dos psiquiatras, dos psicólogos. Não são pessoas que têm distúrbios mentais, são cidadãos e portanto deixemos elas assim. É isso que vamos fazer? O que é “distúrbio”? O dicionário diz: “funcionamento inadequado”. Isso é discriminação então? Não estou dizendo com isso que a homossexualidade seja uma doença da mente ou psicossomática. Não é a minha praia, já disse isso anteriormente, sou teólogo, aqueles que estudam a mente e o comportamento humano é que poderiam dizer do que se trata, mas não vejo nem interesse e nem incentivo para o estudo sobre o assunto. Toda problemática gay ficou restrita e “resolvida” nos relatórios de Kinsey. Nada mais a discorrer. Chega!
Sobre a igreja e os homossexuais.
Concordo com as palavras do texto em apreciação. A igreja peca muito em sua missão. Jesus disse que deveríamos pregar o evangelho a toda “criatura” (Mc.16.15) isso envolve todos os seres criados, claro que dentro do contexto aqui da Bíblia, o escritor do texto refere-se aos seres humanos. A todos, sejam eles intelectuais ou não, pobres, ricos, homens, mulheres, branco, negro, outras cores e raças, todos os povos, línguas e nações, etc. Jesus disse “fazei discípulos” está no imperativo e manda fazer isso por todas as “nações” (Mt.28.19). Isso inclui os gays, não podemos ser seletivos nessa missão. Todos precisam ser evangelizados, e os que creem precisam ser discipulados. E não vejo a igreja preparada para abordar e nem muito menos receber homossexuais em suas congregações. Parece que os pecados, isto é, os erros de conduta, a “anomia” humana é classificada em categorias: pequena, grave e gravíssima. Entretanto, não é isso que encontramos na Bíblia. As passagens de 1Coríntios 6.9,10 e Gálatas 5.19-21 não fazem nenhuma diferença. E a igreja deveria tratar o pecado sem diferenciá-lo, pois isso, acoberta e ameniza, aqueles que chamamos de “pequenos” erros (pecado – hamartia). Enquanto a igreja não parar de classificar os pecados, a entrada dos gays em nosso meio sempre vai ser difícil. Toda igreja local deveria ter em sua porta de entrada não só a frase “sejam bem-vindos” mas também “proibida a entrada de perfeitos”. E deveriam ser orientadas sobre como receber essas pessoas.
Há espaço para uma teologia gay?
Sim, na teologia cristã contemporânea e neo-ortodoxa. Mas na teologia cristã clássica e ortodoxa não tem nenhum. Pois há certos comportamentos do ser humano que são resultados de sua natureza pecaminosa, inclusive a homossexualidade, que Deus não a criou, mas que o ser humano adquiriu ao desobedecer à ordem divina de não comer do fruto de uma única árvore dentre todas que ele poderia comer (Gn.2.16,17; Rm.5.12,18,19). E ele desobedeceu por livre arbítrio (Gn.3.11), tornando-se um ser pecaminoso (Gn.6.5; Rm.7.18,20) E que, conforme vimos nos textos bíblicos citados mais acima, são “obras da carne” (desta referida natureza) e não obra divina.
Aos que negam o relato do Gênesis, é bom lembrar que Jesus fez menção ao casal Adão e Eva: “Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher”. (Mt.19.4). Vai ter que negar Jesus, ou negar que foi Jesus quem disse isto. Aí vamos ter que trabalhar outro texto sobre isso que não vem ao caso agora. Observemos que o escritor coloca duas palavras gregas inconfundíveis: “arsen” (macho, varão) e “thelus” (do sexo feminino, mulher, fêmea) (2). Uma correlação ao livro de Gênesis 1.27. Mostrando que Jesus conhecia o livro e o referendou. E na tradução LXX, versão grega do Antigo Testamento comum da época de Cristo, usa as mesmas palavras: “arsen” e “thelus”. O interessante que no mesmo texto grego o homem é chamado de “anthropos” (ser humano). Depois é que ele é classificado nos dois gêneros. Leiamos o referido texto:
“Criou Deus, pois, o homem [anthropos] à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem [arsen] e mulher [thelus] os criou”. Claro que no manuscrito da LXX a palavras gregas estão flexionadas conforme manda sua gramática.
Nessas poucas passagens bíblicas (poderia citar dezenas) temos a comprovação de que o relato de Gênesis foi reconhecido por Jesus, ele se referiu ao casal, que houve uma queda do ser humano (por meio desse casal), que acarretou em uma natureza pecaminosa, que há o padrão natural do ser humano de dois gêneros, e que no contexto (idem v.28), suas vidas devem se envolver sexualmente para procriação e preservação da espécie humana. Sendo, portanto, a prática homossexual um erro (pecado – hamartia) de comportamento na teologia cristã clássica e ortodoxa, mas que não é superior aos demais erros (pecados) descritos pela Bíblia. Sendo uma prática que foge ao extinto natural de preservação da espécie humana. E ao projeto divino de família, conforme relatou Moisés e Jesus referendou:
Moisés:
“E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. (Gn.2.23,24).
Jesus:
“Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. (Mt.19.4-6).
Conclusão.
O texto em apreciação, donde o blog Anti-heresias dar aqui o seu parecer, é uma dissertação que não parou no tempo e ainda hoje continua soando como uma sirene alertando todos, sejam cristãos ou não, estudiosos da mente humana, cidadãos comuns. Que todos possamos discutir o assunto sem que sejamos privados de omitir nossa opinião e também que toda a sociedade venha olhar para os homossexuais como gente, cidadão, ser humano, e acima de tudo: reprimir toda e qualquer violência contra essas pessoas. Os cristãos sabem muito bem o que é isso quando estão em lugares do mundo onde a perseguição a fé cristã é extrema. Portanto, somos totalmente contra a violência o tanto quanto a privação da liberdade de expor ideias. Vejo que essas atitudes vêm de pessoas que não tem capacidade de dialogar, replicar e nem muito menos de ouvir quem pensa diferente.
Referências:
(1) Manuscrito grego Textus Receptus
(2) Léxico grego e hebraico de Strong
(3) Manuscrito hebraico antigo (sem vogais) da Bíblia Online Módulo Avançado, versão 3.0 comparado ao texto com vogais do site http://www.hebraico.pro.br/r/biblia/quadros.asp
Referências:
(1) Manuscrito grego Textus Receptus
(2) Léxico grego e hebraico de Strong
(3) Manuscrito hebraico antigo (sem vogais) da Bíblia Online Módulo Avançado, versão 3.0 comparado ao texto com vogais do site http://www.hebraico.pro.br/r/biblia/quadros.asp
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