“porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais não o conhecendo é o que eu vos anuncio”. At.17.23
Em face de um mundo religioso plural que combate um secularismo incomodante, não parece difícil tecer argumentos que respondam a esta pergunta negativamente. Ambas as perspectivas trazem consigo variadas possibilidades de problematizações. Há mesmo teólogos e filósofos que, por muito estudarem as diversas correntes, pensamentos e influências (diante das questões que lhes surgem), acabam flertando ou até assumindo certa incoerência na fixação de verdades acerca de Deus. Não raro chegam a recusar a existência da divindade.
Abertamente, nota-se que essa é uma questão que nos conduz essencialmente aos discursos e revelações das religiões e, por conseguinte, a todos os demais problemas inseridos nesse âmbito. Quem seriam aqueles que, de fato, conhecem e se relacionam com o Deus verdadeiro, se é que Ele existe? Baseado em quê alguém deveria classificar como verídico o testemunho dessas pessoas?
As Escrituras nos revelam que os estóicos e os epicureus conduziram o apóstolo Paulo ao Aerópago para que pudessem conhecer a essência da “nova doutrina” que ele pregava. Estavam ávidos por uma novidade (At.17.21). Com a palavra diante de uma platéia intelectual e curiosa, Paulo ressaltou o caráter supersticioso dos atenienses e, como estratégia evangelística, associou o Deus que pregava a um certo “deus desconhecido”, adorado pelos gregos, expressão que afirmou ter emprestado de um altar que havia visto enquanto andava pelas ruas de Atenas.
Conforme as conclusões de alguns estudiosos, essa narrativa bíblica nos mostra que mesmo um deus sem nome e traço de identidade definida era, para os gregos, digno de ser lembrado e venerado. Mas o Deus que Paulo pregava não era nada impessoal, tampouco anônimo, por isso, no intuito de compartilhar sua fé, o apóstolo se encarregou de revelar publicamente o conhecimento que detinha de seu Deus, algo que é negado pelo agnosticismo e é alvo crítico desta matéria.
Agnosticismo versus gnosticismo
Não há que se confundir os conceitos. Agnosticismo não é gnosticismo. A semelhança na grafia dos termos nos leva a perceber como é imprescindível, e também pedagógico, estabelecer a distinção entre ambos antes de prosseguir com a exposição.
O primeiro vocábulo advém de duas palavras gregas: o prefixo “a”, que quer dizer “não”, e o substantivo “gnosis”, que significa “conhecimento”. Sumariamente, a obra de Ewell (1984) apresenta o agnosticismo como o ponto de vista assumido de que não se sabe, nem na prática nem em princípio, se deus existe ou não. Em termos reducionistas, podemos dizer que os agnósticos acreditam não haver indícios suficientes para provar ou refutar a existência de Deus ou deuses. Dessa forma, procuram manter uma posição de neutralidade.
Por outro lado, como aponta Erickson (1986), o gnosticismo apregoava o conhecimento de uma suposta verdade de natureza mais elevada e especial que somente os iluminados recebiam de Deus; ensinavam que a matéria era inerentemente má e, por isso, também negavam a humanidade real de Jesus. Por essa última informação não ser o tema de nossa exposição, nos limitaremos apenas em simplificar sua definição devido à primazia que devemos conferir ao agnosticismo, objeto de análise deste artigo.
Só sei que nada sei
O mais vultuoso precedente histórico de certa categoria de agnosticismo encontra-se no filósofo grego Sócrates (cerca de 470-399 a.C.), tal como é apresentado nos relatos de Platão (428-347 a.C.), seu discípulo, na obra República. Empregamos a expressão “categoria de agnosticismo” para ressalvar o fato de que Sócrates admitia a possibilidade de aprender algumas verdades absolutas acerca do Universo, apesar de a concecpção de “filósofo” que ele possuía fosse a de alguém que se angustiava por se reconhecer ignorante acerca de muitas coisas.
A história conta que o oráculo de Delfos revelou Sócrates como sendo o mais sábio dentre todos os mortais, o que o instou a confrontar-se com alguns sábios de Atenas, a fim de avaliar a veracidade desta revelação. Como Sócrates iniciava o diálogo declarando que a única coisa que sabia era que nada sabia, posicionava-se como o questionador mais ativo na discussão. Ao expor todas as suas indagações aos pensadores e diante das respostas insatisfatórias que deles obtinha, Sócrates demonstrava ponto a ponto as incoerências dos raciocínios dos ditos sábios, demolindo-os. Concluía, assim, que os sábios nada sabiam e, mais que isso, ignoravam suas próprias condições de ignorantes. Desse modo, percebendo que era o único que tinha consciência desse “fatídico” status quo, Sócrates, “sem presunção”, entendeu que o oráculo estava certo. Ele era, de fato, o homem mais sábio dentre todos os homens.
O agnosticismo como expressão do ceticismo
Entretanto, foi somente no século 19, mais precisamente em 1869, que o termo agnosticismo foi cunhado por T.H. Huxley (1825-1895) com a significação de um “ceticismo religioso”, uma descrença profunda nas religiões e em seus “mitos”. Contudo, Geisler (1999) sublinha que mais de cem anos antes, o filósofo e historiador escocês David Hume (1711-1776) e o filósofo prussiano Immanuel Kant (1724-1804) já haviam lançado as bases do agnosticismo. Contemporâneos, viveram no período no qual a ciência histórica convencionou e chamou de Iluminismo, o século das luzes. Esse movimento caracterizou-se pela valorização da razão como caminho sobressalente para a apreensão do mundo; a ênfase no questionamento e na experiência como veículo do conhecimento; as crenças nas leis que regem a natureza e uma crítica ácida ao catolicismo.
Hume julgava que não era possível determinar, a priori e filosoficamente, a causa de coisa alguma, desse modo, o argumento cosmológico formulado por Tomás de Aquino, cuja essência baseava-se no entendimento de que cada coisa existente no Universo deveria ter uma causa e, por conta disso, deveria também existir um Deus, que seria a última causa de tudo. Mas isso merece uma explicação um pouco melhorada, pois Hume chegou a admitir que era um grande absurdo dogmatizar que as coisas surgem sem uma causa. O que, de fato, negou foi a utilização desse princípio como justificativa filosófica. Para ele, o princípio de casualidade não era válido.
Kant, influenciado por Hume e Leibniz (1646-1716), entendia que não era possível conhecer a realidade, mormente aquela que não pudesse ser objeto de experiência. Assim como Hume, Kant também era um empirista, ou seja, subordinava o conteúdo do tipo de conhecimento à experiência que se daria somente por meio da percepção dos sentidos (sensorial). Na verdade, o ceticismo acaba implicando agnosticismo.
Este postulado kantiano nos recobra a atitude censurável de Tomé que se negou a crer na ressurreição de Cristo se ele mesmo não contemplasse (visão) e tocasse (tato) nas feridas de Jesus (Jo.20.25). A fé de Tomé, se é que podemos designá-la como fé, estava inteiramente submissa à sua percepção dos sentidos, o que contradita a genuína fé bíblica, uma vez que o escritor aos Hebreus define fé como sendo “a prova das coisas que se não vêem” (Hb.11.1), ou seja, a princípio, a fé independe da visão, tato, olfato, audição ou paladar. Por isso o Senhor concede aos homens “modernos” a oportunidade de serem mais bem-aventurados que um dos seus apóstolos, quando declara: “bem-aventurados os que não viram e creram” (Jo.20.29).
Mas não propomos um mergulho da complexidade das idéias destes filósofos iluministas. Por ora, basta-nos salientar que nem todo agnóstico é igual em sua essência, pois se constatam basicamente algumas categorias desta corrente filosófica, as quais, para efeitos didáticos, denominaremos de grupos “extremo” e “moderado”. Vejamos:
Agnsoticismo moderado:
Afirma que há indícios insuficientes de que Deus existe.
Agnosticismo extremado:
Afirma que há indícios insuficientes de que Deus existe.
Agnsoticismo moderado:
Não exclui a possibilidade de vir alcançar tais evidências no futuro.
Agnosticismo extremado:
Exclui plenamente a possibilidade der ter certeza da existência ou não de Deus ou deuses.
Agnosticismo moderado:
Acredita na possibilidade de se reunir indicações suficientes para se ter a certeza da existência de Deus.
Agnosticismo extremado
Acredita que os fatos que permitiriam qualquer comprovação não estão ao nosso alcance, e jamais estarão.
Podemos, então, dividir os agnósticos em dois grupos: Aqueles que afirmam simplesmente não saber se Deus existe ou não, e aqueles que sustentam não ser possível saber se ele existe ou não. Obviamente, esta última expressão de descrença é mais “agressiva” à fé cristã.
Politicamente melhor?
Mas, talvez, o adjetivo mais apropriado para a posição agnóstica não seja o “agressivo”, pois tal postura é tímida, quase nunca é militante. Talvez, o melhor seria dizer que a postura agnóstica ostenta certa “indiferença à fé cristã” e, por conta disso, surgem algumas vantagens em termos de relacionamento social.
Mesmo em nossos dias, sabemos o quanto se expressa blasfematório o comportamento ateu. Há uma impressão pejorativa que marca aqueles que pregam definitivamente que Deus não existe. Um ar de “profanação” maior que qualquer outro posicionamento no âmbito religioso, pois quando alguém se declara ateu, não nega apenas a existência de Yahveh ou de Jesus (judaimso/cristianismo), mas também de Aláh (islamismo), Buda (budismo), Vishu (hinduísmo), entre outros.
Além disso, o agnosticismo ameniza a intensidade de contestação de seu parecer, uma vez que se apresenta no palco com máscaras de neutralidade e imparcialidade. O agnóstico se desvia do arrazoamento da fé, escapa dos dois pólos principais do embate, pois, a princípio, não precisa de razões para afirmar nem para negar a existência de Deus. O agnosticismo não é quente e nem frio, é morno. Simplesmente se esquiva da questão e por isso mesmo seu procedimento parece mais amistoso, politicamente melhor. Mas há aqui uma lacuna: “politicamente melhor” diante dos homens, não diante de Deus.
Nesse ínterim, Kujawski (1994) faz algumas ponderações que desmantelam a neutralidade do agnóstico ante seu destino:
1º) Como saber que Deus não se revela a mim se eu não o interrogo? O ato de interrogar Deus tira o homem da passividade e, simultaneamente, abre uma imensa janela para que o homem encontre a resposta que procura.
2º) A princípio, o homem somente questiona aquilo (coisa) ou aquele (pessoa) que pode respondê-lo de alguma forma. Na verdade, a própria formulação da pergunta se envolve com a resposta, o que implica na não-existência de perguntas totalmente impossíveis de serem respondidas.
3º) Ainda que pudéssemos saber se Deus existe ou não, isto não justificaria a desistência de nossa indagação, pois a impossibilidade humana sempre atua como base de nossa pretensão, mas nunca como seu limite. Tanto é que o homem hodierno persegue seus próprios recordes e constantemente se supera.
Os cristãos também são agnósticos
É importante não ignorar que os cristãos, em certo sentido, também são agnósticos. Pensemos sobre como nos posicionamos diante de nossa limitação acerca do conhecimento que temos de Deus. Ou, porventura, algum de nós admite conhecê-lo de forma absoluta? Entretanto, nossa limitação também nos leva a uma espécie de agnosticismo. Se o apóstolo Paulo declarou que as coisas que Deus preparou para aqueles que o amam não são possíveis de conhecimento pleno em vida (1Co.2.9), então o que dizer acerca do próprio Deus, criador de todas estas coisas?
Visando elucidar esta questão, Geisler nos sugere um novo meio para categorizar o agnosticismo, com uma nomenclatura um pouco diferente. Vejamos:
Agnosticismo limitado: Afirma apenas que não podemos conhecer Deus plenamente em face as limitações e pecados humanos.
Agnosticismo ilimitado: Afirma que tanto Deus quanto toda a realidade não podem ser conhecidos.
Como se nota prontamente, como cristãos (teísmo), adotamos a forma de agnosticismo limitado, pois reconhecemos que seres finitos (homens pecadores) não podem conhecer e compreender plenamente o Ser infinito (Deus perfeito). Significa que podemos compreender Deus, mas não exaustivamente. Podemos elencar uma série de versículos-chave que ratificam esse posicionamento:
“Grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado; a sua grandeza é insondável”. (Sl.145.3)
“Grande é o Senhor nosso e mui poderoso; o seu entendimento não se pode medir”. (Sl.147.5)
“Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir... Que preciosos para mim, ó Deus, são os teus pensamentos! E como é grande a soma deles!”. (Sl.139.6,17)
“Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!” (Rm.11.33)
Por isso Deus é para os cristãos uma fonte de conhecimento inesgotável. E aqui reclama o espaço o apelo divino para que não somente conheçamos o Senhor, mas prossigamos em conhecê-lo (Os.6.3). São palavras proveniente do próprio Deus, logo, um convite divino que o crente pode atender não somente pelo estudo filosófico das doutrinas bíblicas, mas especialmente por meio de um relacionamento íntimo e pessoal com Deus, por meio do Espírito Santo.
A revelação natural de Deus
“Porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis”. (Rm.1.19,20).
O próprio Deus decidiu revelar-se ao homem de forma natural. Segundo o parecer do teólogo House (1986), esta revelação natural foi dada e destinada a todos, pois declara a grandeza de Deus por meio de manifestações, tais como: a) a própria natureza: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos”. (Sl.19.1); b) a história de Israel; c) a consciência moral humana; d) a natureza religiosa do ser humano: “O homem precisa de um Deus ou um ídolo”, disse Martinho Lutero.
Todas as manifestações encerram os argumentos apologéticos elaborados em favor da existência de Deus. A saber: argumento cosmológico, antropológico, teológico e ontológico.
Todavia, como destaca Gruden (1994), o homem, em sua condição nata de pecador, interpretou (e ainda faz) erroneamente a revelação de Deus encontrada na natureza, passando a venerá-las nas suas mais diversas possibilidades. Era precisamente isso o que Paulo tinha em mente quando declarou que os homens anularam seus próprios raciocínios e mudaram a verdade em mentira (Rm.1.18,21,25). Mas, Deus não se revela somente pela natureza, mas também por uma revelação especial.
A revelação especial de Deus
“... Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. (Mt.11.27).
Retomando House, a revelação especial de Deus foi dada a poucos, porém, destinada a todos e é suficiente para a salvação, pois declara a graça de Deus por meio de manifestações tais como: a) Moisés e os profetas: “Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas...”. (Hb.1.1). b) a encarnação: “[Deus]... a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo”. (idem v.1b,2). c) os apóstolos: “como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a ouviram; testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas, e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?” (idem 2.3,4).
Diante disso, temos que Deus se manifestou: a) usando linguagem humana (antrópica); b) por meio de analogias, como podemos ver na seguinte declaração: “Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”. (Rm.5.7,8); c) de uma forma pessoal:
O Pai: “E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”. (2Co.6.16).
O Filho: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”. (Ap.3.20).
O Espírito Santo: “Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós?”. (Tg.4.5).
A glória do crente
“Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas. Mas o que se gloriar glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR”. (Jr.9.23,24).
Eis os motivos legítimos pelos quais todo cristão pode expressar sua glória: o entendimento e conhecimento de que seu Deus é o único Senhor. Era essa a glória que figurava e sustentava as palavras de Paulo aos estóicos e aos epicureus em Atenas. Paulo não servia a um Deus desconhecido, mas a um Deus que fez o mundo e tudo que nela há. Um Deus que, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tão pouco é por eles servido, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas. Um Deus que não está longe de cada um de nós, porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos. Um Deus que não foi confeccionado em ouro, prata, ou pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens. Um Deus que não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo lugar, que se arrependam. Um Deus que tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou (Jesus); e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos (Cf. At.17.24-34).
É esse Deus que os crentes cultuam, porque o conhecem e querem prosseguir em conhecê-lo (Cf. Os.6.3).
Fonte: Revista Defesa da Fé, n.78. Páginas 18-25. Instituto Cristão de Pesquisas. De minha coleção particular da série completa primeira temporada.
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