Diferente do que muita gente pensa, Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro. Essa data vem de um sincretismo religioso feito pela igreja Católica Romana com base no antigo culto pagão romano ao deus Mitra. O deus do sol. Na véspera dessa data se fazia uma festa para esse deus, requintada de orgias e embriaguez até ao amanhecer. Onde comemoravam o nascimento do sol. Isto é, o “Natalis Solis Invicti” (nascimento do sol invencível). Essa falsa data foi adicionada em 440 d.C. para representar o nascimento de Jesus Cristo. Jesus nasceu aproximadamente ao período da “festa das cabanas” ou “festa dos tabernáculos”. Essa festa era comemorada do dia 15 até 21 do mês de Tishri. Equivale a nosso calendário aos meses setembro-outubro. Provas bíblicas? Vejamos:
"Se a doutrina bíblica não é o padrão final, então onde traçar os limites do que é ou não é cristão?". John Ankerberg
sábado, 24 de dezembro de 2016
FELIZ NATAL! MAS, JESUS NÃO NASCEU EM DEZEMBRO. ATUALIZAÇÃO 26.12.16
Diferente do que muita gente pensa, Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro. Essa data vem de um sincretismo religioso feito pela igreja Católica Romana com base no antigo culto pagão romano ao deus Mitra. O deus do sol. Na véspera dessa data se fazia uma festa para esse deus, requintada de orgias e embriaguez até ao amanhecer. Onde comemoravam o nascimento do sol. Isto é, o “Natalis Solis Invicti” (nascimento do sol invencível). Essa falsa data foi adicionada em 440 d.C. para representar o nascimento de Jesus Cristo. Jesus nasceu aproximadamente ao período da “festa das cabanas” ou “festa dos tabernáculos”. Essa festa era comemorada do dia 15 até 21 do mês de Tishri. Equivale a nosso calendário aos meses setembro-outubro. Provas bíblicas? Vejamos:
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
A DIFERENÇA ENTRE EVANGÉLICOS E CATÓLICOS
Existem muitas igrejas evangélicas que cada vez mais tornam-se parecidas com a ICAR – Igreja Católica Apostólica Romana. Todavia, mesmo assim, existem diferenças claras entre essas ramificações cristãs. Não quero aqui me deter nas semelhanças, principalmente das igrejas neopentecostais, que copiaram muitas práticas da ICAR para dentro de suas celebrações e liturgias.
Meu objetivo aqui é mostrar porque existe a igreja evangélica, porque a ICAR não conseguiu manter sua unidade no século 16 d.C., e porque os católicos romanos são sempre alvo da pregação evangélica. Que, com certeza, são seus ensinos divergentes com a Bíblia Sagrada.
A diferença entre estas ramificações cristãs, que se dividiram desde o século 16 d.C., serve de informação, esclarecimento e prova de que toda tentativa ecumênica do Concílio Vaticano II é vã exceto se a ICAR reconhecer que seus dogmas criados posteriormente a era apostólica e ao início da era patrística não são doutrinas cristãs ou apostólicas, mas heresias, ensinos desprovidos de serem Palavra de Deus.
Meu objetivo aqui é mostrar porque existe a igreja evangélica, porque a ICAR não conseguiu manter sua unidade no século 16 d.C., e porque os católicos romanos são sempre alvo da pregação evangélica. Que, com certeza, são seus ensinos divergentes com a Bíblia Sagrada.
A diferença entre estas ramificações cristãs, que se dividiram desde o século 16 d.C., serve de informação, esclarecimento e prova de que toda tentativa ecumênica do Concílio Vaticano II é vã exceto se a ICAR reconhecer que seus dogmas criados posteriormente a era apostólica e ao início da era patrística não são doutrinas cristãs ou apostólicas, mas heresias, ensinos desprovidos de serem Palavra de Deus.
I. Sobre a intercessão celestial entre
Deus e os homens.
NO QUE CRÊ A IGREJA CATÓLICA?
Na ICAR, Maria é intercessora: “Esta
maternidade de Maria na economia da graça perdura ininterruptamente,
a partir do consentimento que ela fielmente prestou na anunciação,
que sob a cruz resolutamente manteve, até a perpétua consumação
de todos os eleitos. Assunta aos céus, não abandonou este múnus
salvífico, mas, por sua múltipla intercessão, continua a
alcançar-nos os dons da salvação eterna. (…) Por isso, a
bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de
advogada, auxiliadora. Protetora, medianeira”. (Catecismo da Igreja
Católica pág.274, § 969) e também os “santos” canonizados
pelo Papa: “A intercessão dos santos. Pelo fato de os habitantes
do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com
mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de
interceder por nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram
na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por
conseguinte, pela fraterna solicitude deles, nossa fraqueza recebe o
mais valioso auxílio (Catecismo da Igreja Católica pág.270, §
956).
NO QUE CRÊ A IGREJA EVANGÉLICA?
Nas igrejas evangélicas a intercessão
celestial só pode ser feita por meio de Jesus Cristo: 1) Uma vez que
os mortos estão inconscientes para com os fatos da vida na terra:
“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem
coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua
memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já
pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se
faz debaixo do sol.” (Eclesiastes 9.5-6 ARA). 2) Uma vez que
somente Jesus Cristo possui no momento a imortalidade: “o único
que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem
algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno.
Amém!” (1 Timóteo 6.16 ARA). 3) Uma vez sendo o primeiro que
ressurgiu dentre os mortos: “Ele é a cabeça do corpo, da igreja.
Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas
as coisas ter a primazia,” (Colossenses 1.18 ARA). 4) Uma vez sendo
aquele que está vivo dentre os mortos, subiu aos céus e está ao
lado de Deus: “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão
exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu
poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à
direita da Majestade, nas alturas,” (Hebreus 1.3 ARA).
“Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi
manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por
anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória.”
(1 Timóteo 3.16 ARA). 5) Uma vez que Jesus é o único que foi
ascenso ao céu: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de
lá desceu, a saber, o Filho do Homem [que está no céu].” (João
3.13 ARA). Dispensa-se, portanto, qualquer possibilidade de alguém,
fora Jesus, esteja ressuscitado, vivo, ascenso ao céu, e com a
autoridade de intercessor no céu junto a Deus.
Para os evangélicos, somente Jesus tem o
título de sumo sacerdote no céu, que segundo a Lei é uma função
exclusivamente masculina, não encontramos nenhuma mulher nas leis
acerca dos sacerdotes (Levítico 21), e nesta condição, só ele
pode rogar junto a Deus por nossas vidas. Conforme ensina a Bíblia:
“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os
homens, Cristo Jesus, homem,” (1 Timóteo 2.5 ARA). O mediador era
o sumo sacerdote que, quando veio Cristo, fez o perfeito sacrifício
e por ser eterno e imutável, sua função é plena, por isso
dispensa a opção de outro exercer. Uma vez que seu sacerdócio é
perfeito: “este, no entanto, porque continua para sempre, tem o seu
sacerdócio imutável […] Porque a lei constitui sumos sacerdotes a
homens sujeitos à fraqueza, mas a palavra do juramento, que foi
posterior à lei, constitui o Filho, perfeito para sempre […] Ora,
o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo
sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus
[…] Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais
excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança
instituída com base em superiores promessas […] Quando, porém,
veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o
maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer,
não desta criação […] Porque Cristo não entrou em santuário
feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para
comparecer, agora, por nós, diante de Deus (Hebreus 7.24,28; 8.1,6;
9.11,24 ARA).
Os reformadores da Igreja no passado
declararam: Solus Christus. Somente Cristo. Ele é suficiente. Essa
frase é fundamento de fé para os evangélicos neste ponto. E faz
grande diferença entre evangélicos e católicos.
II. Sobre a prática do culto
Antes de pontuarmos a diferença entre os
grupos religiosos, vamos definir culto? Algumas definições na nossa
língua:
“Homenagem prestada ao que é considerado
sagrado ou divino; a maneira através da qual uma divindade é
adorada”. (1)
“Veneração a uma divindade”. (2)
“No contexto religioso litúrgico, um
culto (do termo latino cultu) constitui um conjunto de atitudes e
ritos pelos quais um grupo de fiéis adora uma divindade”.
(3)
“Forma pela qual se presta homenagem à
divindade […] Veneração; respeito”.
(4)
Resumindo as definições supracitadas numa
frase, culto quer dizer: “religiosamente falando, é uma homenagem,
veneração, respeito que se presta ao divino”.
NO QUE CRÊ A IGREJA CATÓLICA?
Os católicos prestam três tipos de
cultos: Hiperdulia, dulia e latria. Vejamos cada culto:
Culto hiperdulia:
Segundo a Wikipédia, que é a enciclopédia popular da internet, diz
que “Hiperdulia (do grego υπερδουλεια; alta veneração)
é um termo teológico utilizado pelas Igrejas Católica e Ortodoxa
que significa a honra e o culto de veneração especial devotado a
Nossa Senhora. Este culto à Nossa Senhora é feito através da
liturgia, que é o culto oficial e obrigatório da Igreja Católica,
e também, em maior intensidade, através da piedade popular, que é
o culto católico privado. No campo da piedade popular, destacam-se
as devoções feitas à Virgem Maria, como por exemplo o Santo
Rosário, o Angelus, o Imaculado Coração de Maria, a peregrinação
aos lugares onde Maria apareceu, as procissões, etc. A hiperdulia,
que está inserido na dulia, diferencia-se muito da latria, que é o
culto de adoração prestado e dirigido unicamente a Deus”. (5)
No dicionário Aulete Digital define hiperdulia: “culto superior ao
de dulia, que se consagra especialmente à Virgem Maria…”.
(6)
Culto dulia:
Na Wikipédia também consta: “No cristianismo, Dulia (do grego
δουλεια, ‘douleuo’ que significa ‘honrar’), é um
termo teológico que significa a honra e culto de veneração
devotados aos santos. A veneração especial devotada a Maria
chama-se hiperdulia (‘υπερδουλεια). É praticado pelas
Igrejas Católica, Ortodoxa e alguns grupos anglo-católicos da
Igreja Anglicana. Este culto aos Santos e à Nossa Senhora é feito
através da liturgia, que é o culto oficial e obrigatório da Igreja
Católica, e também, em maior intensidade, através da piedade
popular, que é o culto católico privado. No campo da piedade
popular, destacam-se a veneração de imagens (desde que não se
trate de idolatria) - chamada iconodulia -, as procissões, as
peregrinações e as múltiplas devoções feitas à Virgem Maria
(Santo Rosário, Angelus, Imaculado Coração de Maria, etc.), ao
Anjo da Guarda e aos Santos (novenas, trezenas). A dulia e a
hiperdulia diferenciam-se muito da latria, que é o culto de adoração
prestado e dirigido unicamente a Deus”.
(7) No
dicionário Aulete Digital define dulia: “culto que se rende aos
santos e anjos”.
(8)
Culto latria:
Do grego (λατρεια, "latreuo" que significa
“adorar”), latria é um termo teológico utilizado pelas Igrejas
Católica e Ortodoxa que significa o culto de adoração devida e
dada somente a Deus, ou seja, à Santíssima Trindade. Este culto a
Deus é feito através da liturgia da palavra, que é o culto oficial
e obrigatório da Igreja Católica, e também através da piedade
popular, que é o culto católico privado. No campo da piedade
popular, destacam-se as devoções feitas a Deus (consagração do
dia), a Jesus (visita ao Santíssimo Sacramento, a “via-sacra”, o
Sagrado Coração de Jesus) e ao Espírito Santo (invocação). No
campo da liturgia, destaca-se indubitavelmente a Missa, que é a
celebração da Eucaristia e do Mistério Pascal de Jesus. O termo
Alatria refere-se à negação de adorar a Deus. A latria
diferencia-se da dulia, que é o culto de veneração prestado aos
Santos, sendo a hiperdulia a veneração especial dedicada à Virgem
Maria”.
(9) No
dicionário Aulete Digital define latria: “Culto de adoração a
Deus. Adoração, amor demasiado a qualquer coisa ou ser”. (10)
No Catecismo da Igreja Católica, reitera a
prática da dulia e hiperdulia na iconodulia, onde diz: “O culto
cristão das imagens não é contrário ao primeiro mandamento, que
proíbe os ídolos. De fato, ‘a honra prestada a uma imagem se
dirige ao modelo Original’, e ‘quem venera uma imagem venera a
pessoa que nela está pintada’. A honra prestada às santas imagens
é uma ‘veneração respeitosa’, e não uma adoração, que só
compete a Deus: Oculto da religião não se dirige às imagens em si
como realidades, mas as considera em seu aspecto próprio de imagens
que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto
tal não termina nela, mas tende para a realidade da qual é imagem”.
(Catecismo da Igreja Católica pág.561 §
2132).
NO QUE CRÊ A IGREJA EVANGÉLICA?
Os evangélicos prestam culto unicamente a
Deus. Jesus deixou bem claro isso ao ser tentado pelo Diabo no
deserto: “Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque
está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás
culto.” (Mateus 4.10 ARA). No Novo Testamento grego Textus Receptus
você encontrará a frase de Jesus: “upage
satana gegraptai gar kurion ton yeon sou proskunhseiv
kai autw monw latreuseiv”.
Onde
temos no final da frase a palavra grega sublinhada “latreuseis”
que vem de “latreuo” que quer dizer: “no NT, prestar serviço
religioso ou reverência, adorar” (11). Jesus disse para o Diabo
que era terminantemente errado prestar serviço religioso ou
reverência ou adoração exceto a Deus. E também encontramos outra
palavra grega sublinhada antes desta é “proskuneseis” que vem de
“proskuneo” que quer dizer: “no NT, pelo ajoelhar-se ou
prostrar-se, prestar homenagem ou reverência a alguém, seja para
expressar respeito ou para suplicar”. (11). Jesus disse para o
Diabo que devemos ajoelhar-se ou prostrar-se, prestar homenagem ou
reverência somente a Deus. Estas palavras de Jesus ao Diabo são do
Antigo Testamento na citação dos dez mandamentos: “Não as
adorarás (proskuneseis), nem lhes darás culto (latreuseis); porque
eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos
pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me
aborrecem” (Êxodo 20.5 ARA). Faz parte do segundo mandamento. Constam na Bíblia versão grega do Antigo Testamento, a
Septuaginta. Onde neste mesmo mandamento diz para não fabricar
ídolos (v.4) e nem consequentemente adorá-los (v.5). Temos no dois
versos aqui uma junção das palavras que constam no mandamento
bíblico: eidwlon
com latreuw,
ou
seja, idolatria. Prática que os evangélicos associam aos católicos,
que estes por sua vez alegam que fazem a “iconodulia” (palavra
citada na Wikipédia). Ora, nos dicionários supracitados, “dulia”
quer dizer culto, assim, iconodulia quer dizer culto ao ícone, que
por sua vez quer dizer: “1) Representação artística ou
simplesmente religiosa de divindade ou de assuntos de caráter
religioso…”. (14) Que não difere em nada com idolatria.
Curiosidade:
Das 12 ocorrências da palavra “culto” no Novo Testamento versão
ARA nenhuma tem a palavra grega douleia
na enciclopédia supracitada, que translitera-se “douleia”. E
para completar, a palavra grega está errada na Wikipédia. O certo é
douleuw
e
não douleia
(que
quer dizer: escravidão, servidão, condição de escravo – 11).
Encontramos douleuw
em Mateus 6.24 quando Jesus disse: “Ninguém pode servir
a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro,
ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a
Deus e às riquezas”. No Novo Testamento grego Textus Receptus na
frase inicial do versículo encontramos: “oudeiv
dunatai dusi kurioiv douleuein”
onde
a palavra final translitera “douleuein” que vem de “douleuo”
a dita palavra citada na enciclopédia. Esta palavra significa: “1)
ser escravo, servir, prestar serviço. 2) metáfora de obedecer,
submeter-se”. (11). Veja que esta palavra não tem o significado
proposto de “veneração, honra ou culto”. São altamente
espúrios os significados que dão a esta palavra grega. Na verdade a
palavra dulia no grego moderno doulia
quer
dizer “escravo” no grego bíblico é doulos.
Conforme
vemos aqui, o culto a Maria seria “alta escravidão, servidão ou
submissão ou obediência a Maria” (hiperdulia), o culto aos santos
(dulia) seria “escravo, servo ou submisso ou obediente aos santos”
e o culto aos ícones (iconodulia) “escravo, servo ou submisso ou
obediente dos/aos ícones”. Sendo essas definições espúrias e
subliminares, pois a palavra “dulia” não quer dizer “culto”
e sim “ser escravo, servir, prestar serviço; metáfora
de obedecer, submeter”. Na enciclopédia Wikipédia percebemos uma
tendenciosa definição de que dulia quer dizer também veneração,
veja: “Em alguns ramos do cristianismo, Veneração (do latim
veneratio, do
grego δουλια, ‘douleuo’ ou ‘dulia’, que significa
‘honrar’)
ou Veneração dos santos descreve a prática de devoção aos
santos…”. (20) Veja bem na parte sublinhada que a palavra grega
“douleuo” dar-se o significado de “honrar”, todavia essa
palavra quer dizer “servir” e é traduzida assim nas Bíblias
Católicas. Exemplo: Mateus 6.24 a palavra grega “douleuo” que
aparece no manuscritos gregos; traduz-se na Bíblia de Jerusalém por
“servir”: “Ninguém pode servir a dois senhores…”. Na
Bíblia Ave-Maria faz o mesmo: “Ninguém pode servir a dois
senhores…”. Na Bíblia CNBB também. Portanto, “douleuo” não
significa honrar ou venerar, mas “servir”. Veneração não vem
do grego “douleuo”. E mais uma vez vemos que a palavra grega está
errada: coloca-se doulia
(escravo no grego moderno), onde o correto seria douleuo
(servir, translitera-se “douleuo”). A palavra grega certa para
honrar ou venerar é timaw.
Exemplo: “tima
ton patera sou kai thn mhtera”
Isto é: “Honra a teu pai e a tua mãe...” (Mateus 19.19a). Onde
“tima” vem de “timao” que quer dizer: “1) estimar, fixar o
valor. 2) honrar, ter em honra, reverenciar, venerar. (11). Esta
palavra está na versão grega de Êxodos 20.12 o quinto mandamento.
Portanto,
os evangélicos prestam culto somente a Deus, pois a tríplice
divisão de culto que faz a ICAR é confusa, desafia a inteligência
das pessoas de discernir o que é culto. E o termo teológico (dulia)
usado para veneração é espúrio e passa uma mensagem subliminar
sombria. Os reformadores da Igreja no passado declararam: Soli Deo
Gloria (A glória somente a Deus). Essa frase é outra que faz a
grande diferença entre evangélicos e católicos.
III.
Sobre o sacrifício de Jesus na missa
NO
QUE CRÊ A IGREJA CATÓLICA?
Declara
a ICAR: “Santa Missa, porque a liturgia na qual se realizou o
mistério da salvação termina com o envio dos fiéis (‘missio’:
missão, envio) para que cumpram a vontade de Deus em sua vida
cotidiana”. (Catecismo da Igreja Católica pág.367 §1332).
“… neste divino sacrifício que se realiza na missa, este mesmo
Cristo, que se ofereceu a si mesmo uma vez de maneira cruenta no
altar da cruz, está contido e é imolado de maneira incruenta, este
sacrifício é verdadeiramente propiciatório”. (Catecismo da
Igreja Católica pág.377 § 1367/334).
Como
vimos acima, para os católicos a missa é uma repetição literal do
sacrifício de Jesus. Haja vista que, pela consagração do
sacerdote, opera-se a mudança de toda a substância do pão na
substância do Corpo de Cristo: “Por ter Cristo, nosso Redentor,
dito que aquilo que oferecia sob a espécie do pão era
verdadeiramente seu Corpo, sempre se teve na Igreja esta convicção,
que O santo Concílio declara novamente: pela consagração do pão e
do vinho opera-se a mudança de toda a substância do pão na
substância do Corpo de Cristo Nosso Senhor e de toda a substância
do vinho na substância do seu Sangue; esta mudança, a Igreja
católica denominou-a com acerto e exatidão transubstanciação”.
(Catecismo da Igreja Católica pág.380 § 1376). Todas as vezes que
a missa é celebrada opera-se a obra da redenção repetidas vezes,
tornando-se sempre atual o sacrifício da cruz: “O memorial recebe
um sentido novo no Novo Testamento. Quando a Igreja celebra a
Eucaristia, rememora a páscoa de Cristo, e esta se toma presente: o
sacrifício que Cristo ofereceu uma vez por todas na cruz torna-se
sempre atual: ‘Todas as vezes que se celebra no altar o sacrifício
da cruz, pelo qual Cristo nessa páscoa
foi imolado, efetua-se a obra de nossa redenção”. (Catecismo da
Igreja Católica pág.376 § 1364).
NO
QUE CRÊ A IGREJA EVANGÉLICA?
A
igreja evangélica não celebra missa, celebra o culto da ceia do
Senhor ou santa ceia. Para os evangélicos a missa foi celebrada uma
única fez no ano 33 d.C. quando o Senhor Jesus morreu na cruz. A
obra da redenção foi um ato único (veja Hebreus 7.27; 9.12,26;
10.10). Por isso a igreja evangélica celebra a ceia instituída pelo
Senhor apenas em memória a sua morte na cruz (1Coríntios 11.23-26)
conforme Ele disse: “fazei isto em memória de mim” (Lucas
22.19b). A palavra grega usada no texto é anamnesin
(memória)
vem da palavra anamnesiv
que quer dizer: “lembrança, recordação”. (11). E não levam ao
pé da letra as afirmações feitas por ele na santa ceia e nem na
narrativa de João 6.53-57 haja vista que tudo se explica no contexto
(v.63). Pois quando nosso Senhor Jesus toma o pão na ceia da Páscoa
e diz: “… Tomai, comei; isto é o meu corpo” (Mateus 26.26b),
ele não poderia estar presente em corpo e o pão se transformar
também em seu corpo, teríamos ali dois Jesus, dois Senhores, dois
Cristos. O mesmo se dar quando o sacerdote católico consagra o pão
da Eucaristia tem-se dois Jesus, dois Senhores, dois Cristos, uma vez
que este está vivo nos céus a direita do Pai (Colossenses 3.1).
Isto é para os teólogos e apologistas evangélicos uma heresia,
pois a Bíblia nos ensina que: “há um só Senhor, uma só fé, um
só batismo” (Efésios 4.5 ARA), sendo, portanto, uma interpretação
errada das passagens bíblicas. E também diz: “Mas receio que,
assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também
seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza
devidas a Cristo. Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus
que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não
tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a
esse, de boa mente, o tolerais.” (2 Coríntios 11.3-4 ARA). O
próprio Jesus disse: “porque surgirão falsos cristos e falsos
profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se
possível, os próprios eleitos. Vede que vo-lo tenho predito.
Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto!, não
saiais. Ou: Ei-lo no interior da casa!, não acrediteis. Porque,
assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente,
assim há de ser a vinda do Filho do Homem.” (Mateus 24.24-27 ARA).
IV.
Sobre a vida conjugal de Maria
NO
QUE CRÊ A IGREJA CATÓLICA?
Para
os católicos Maria continuou virgem depois de ter dado a luz a seu
filho Jesus Cristo: “Maria ‘permaneceu Virgem concebendo seu
Filho, Virgem ao dá-lo à luz, Virgem ao carregá-lo, Virgem ao
alimentá-lo de seu seio, Virgem sempre”. (Catecismo da Igreja
Católica pág.143 § 510). A igreja ensina que as passagens bíblicas
falam dos irmãos de Jesus como sendo filhos de uma outra Maria,
discípula de Cristo: “A Igreja sempre entendeu que essas passagens
não designam outros filhos da Virgem Maria: com efeito, Tiago e
José, ‘irmãos de Jesus’ (Mt.13.55), são os filhos de uma Maria
discípula de Cristo que significativamente é designada como ‘a
outra Maria’ (Mt.28.1). Trata-se de parentes próximos de Jesus,
consoante uma expressão conhecida do Antigo Testamento”.
(Catecismo da Igreja Católica pág.141 § 500).
NO
QUE CRÊ A IGREJA EVANGÉLICA?
Para
os evangélicos Maria teve outros filhos: “Não é este o filho do
carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago,
José, Simão e Judas?” (Mateus 13.55 ARA), que
não são irmãos na fé de Jesus, se assim fora não o teriam
desacreditado: “Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele.” (João
7.5 ARA), Jesus era filho primogênito de Maria: “e ela deu à luz
o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura,
porque não havia lugar para eles na hospedaria.” (Lucas 2.7 ARA).
A palavra primogênito quer dizer “o filho mais velho”
(dicionário da Bíblia de Almeida). No dicionário comum temos:
“Que
nasceu primeiro, que é mais velho em relação aos seus irmãos”.
(15)
“Que
ou aquele que nasceu antes dos outros irmãos; filho mais velho”.
(16)
“Aquele
que é o primeiro filho do casal; o filho mais velho”. (17)
A
palavra grega que Lucas deveria ter escrito (em Lc.2.7), se fosse
Jesus filho único de Maria, era monogenhv,
que quer dizer: “único do seu tipo, exclusivo. Usado para os
filhos ou filhas únicos”. (11) Mas a que está no manuscrito grego
é prwtotokon,
que vem de prwtotokov
significa: “primogênito”. (11)
Não
há dúvidas de que Maria não permaneceu virgem após o parto de
Jesus. O texto bíblico é claro. A profecia é correta quanto ao
nascimento de Jesus, que ele viria de uma virgem (Isaías 7.14;
Mateus 1.18-24), os evangélicos reconhecem isto. Mas, não aceitam
que Maria permanecesse virgem, devido ela ser casada, e como toda
mulher casada não há mácula na relação marido e mulher: “Digno
de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula;
porque Deus julgará os impuros e adúlteros.” (Hebreus 13.4 ARA).
Maria e José eram casados, portanto, um pertencia ao outro: “O
marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também,
semelhantemente, a esposa, ao seu marido. A mulher não tem poder
sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também,
semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo,
e sim a mulher. Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo
consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e,
novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa
da incontinência.” (1 Coríntios 7.3-5 ARA)
Segundo
a narrativa do Novo Testamento, José se resguardou só até o
nascimento de Jesus: “Despertado José do sono, fez como lhe
ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher. Contudo, não a
conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome
de Jesus.” (Mateus 1.24-25 ARA). A palavra grega que traduz-se
“conheceu” é eginwskeo
esta palavra vem de ginwskw
que quer dizer: “1) chegar a saber, vir a conhecer, obter
conhecimento de, perceber, sentir. 2) conhecer, entender, perceber,
ter conhecimento de. 3) expressão
idiomática judaica para relação sexual entre homem e mulher.
4) tornar-se conhecido de, conhecer”. (11). Observe o item 3) que
está sublinhado, este é outro motivo pelo qual os evangélicos não
acreditam na perpetuação da virgindade de Maria. Na anunciação do
anjo, Lucas narra que Maria não havia se relacionado sexualmente com
ninguém: “Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não
tenho relação com homem algum?” (Lucas 1.34 ARA). A palavra de
onde traduz-se “relação” vem da mesma raiz grega ginwsko.
Onde no manuscrito grego esta exatamente assim. Todos os manuscritos
gregos estão assim: tanto o Textus Receptus, quanto o Alexandrino,
quanto o Bizantino. Na versão grega do Antigo Testamento (a
Septuaginta) esta mesma palavra grega aparece flexionada como egnw
veja:
"Coabitou
(egnw)
o homem com Eva, sua mulher. Esta concebeu e deu à luz a Caim;
então, disse: Adquiri um varão com o auxílio do SENHOR.”
(Gênesis 4.1 ARA).
“E
coabitou (egnw)
Caim com sua mulher; ela concebeu e deu à luz a Enoque. Caim
edificou uma cidade e lhe chamou Enoque, o nome de seu filho.”
(Gênesis 4.17 ARA).
E
também como egnwken
veja:
“Agora,
pois, matai, dentre as crianças, todas as do sexo masculino; e matai
toda mulher que coabitou (egnwken)
com algum homem, deitando-se com ele.” (Números 31.17 ARA).
Ambas
derivam de ginwskw
que tem a definição 3) como “expressão idiomática judaica para
relação sexual entre homem e mulher”. Essas palavras são comuns
no Novo Testamento grego. Por exemplo aparece no verso: “Pai justo,
o mundo não te conheceu (egnw);
eu, porém, te conheci, e também estes compreenderam que tu me
enviaste.” (João 17.25 ARA); etc. E aparece no verso: “sabedoria
essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu (egnwken);
porque, se a tivessem conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor
da glória;” (1 Coríntios 2.8 ARA); etc. Claro que nestes casos
vai ter o significado 1) 2) 4) do léxico grego e não o 3).
Curiosidade:
O Catecismo da Igreja Católica relacionar Mt.13.55 com Mt.28.1 é um
enorme chute na dificuldade bíblica sobre o assunto. Os filhos
citados em Mt.13.55 são de Maria, esposa de José (mãe de Jesus),
essa “outra Maria” de Mt.28.1 não prova nada que os irmãos de
Jesus não são filhos da Mãe de Jesus. No texto correlato de Marcos
não usa o termo “outra Maria”, ele diz: “Passado o sábado,
Maria Madalena, Maria,
mãe de Tiago,
e Salomé, compraram aromas para irem embalsamá-lo.” (Marcos 16.1
ARA observe a parte sublinhada), antes deste episódio, Mateus cita
uma Maria: “entre elas estavam Maria Madalena, Maria,
mãe de Tiago e de José,
e a mulher de Zebedeu.” (Mateus 27.56 ARA observe a parte
sublinhada) este texto é correlato de Jo.19.25? Essa “outra Maria”
é a Maria “mãe de Tiago”, não o Tiago irmão de Jesus citado
junto a outros três em Mt.13.55, mas o Tiago filho da Maria que deve
ser esposa de Clopas? “E junto à cruz estavam a mãe de Jesus, e a
irmã dela, e Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena.” (João
19.25 ARA). Entretanto, em meio a dúvidas, no mesmo evangelho de
Mateus encontramos um texto correlato a/ e contexto de Mt.13.55: “E
alguém lhe disse: Tua
mãe e teus irmãos
estão lá fora e querem falar-te.” (Mateus 12.47 ARA observe a
parte sublinhada). Esta mãe de Jesus e os irmãos que estão
querendo falar com ele não tem nada a ver com essa “outra Maria”,
é Maria mãe de Jesus. Logo os irmãos de Jesus citados em Mt.13.55
são filhos de Maria, mãe de Jesus. Vamos tirar a teima:
Quantas
Marias temos envolvidas nesta questão? Vejamos as Marias citadas
acima:
1)
Mãe de Jesus: “E alguém lhe disse: Tua mãe e teus irmãos estão
lá fora e querem falar-te.” (Mateus 12.47 ARA). “Não é este o
filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos,
Tiago, José, Simão e Judas?” (Mateus 13.55 ARA).
2)
Mãe de Tiago: “Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de
Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem embalsamá-lo.”
(Marcos 16.1 ARA).
3)
Mulher de Clopas: “E junto à cruz estavam a mãe de Jesus, e a
irmã dela, e Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena.” (João
19.25 ARA).
4)
Mãe de Tiago e José: “entre elas estavam Maria Madalena, Maria,
mãe de Tiago e de José, e a mulher de Zebedeu.” (Mateus 27.56
ARA).
Quantas
Marias existem no Novo Testamento? E vejamos qual está envolvida na
questão:
1)
Maria mãe de Jesus (Mateus 1.16) – sim, envolvida na questão
acima
2)
Maria irmã de Marta e Lázaro (Lc.10.38,39) – não envolvida
3)
Maria Madalena (Mt.27.56) – não envolvida
4)
Maria esposa de Clopas (Jo.19.25) – sim, envolvida na questão
acima
5)
Maria Mãe de João Marcos (At.12.12) – não envolvida
6)
Maria uma cristã que Paulo saúda (Rm.16.6) – não envolvida
Resultado
final: Existem cinco Marias, e somente duas Marias estão envolvidas
diretamente com a questão acima: Maria, esposa de José e Maria,
esposa de Clopas (duas mulheres casadas). Logo, Maria esposa de
Clopas é, possivelmente, a mãe do Tiago e do José citados em
Mt.27.56 e Mc.16.1 e a Maria mãe de Jesus é sim a mãe de Tiago,
José, Simão e Judas citados em Mt.13.55. Pois a Maria, esposa de
Clopas, não poderia ser também mãe de Jesus. Assim, temos o Tiago
e José filhos de Maria, esposa de Clopas, e o Tiago, José, Simão
e Judas filhos de Maria, esposa de José, mãe de Jesus. E o contexto
fala também de suas irmãs (Mt.13.56).
E
ainda, o argumento do Catecismo da Igreja Católica de que estes
irmãos de Jesus são “parentes próximos de Jesus, consoante uma
expressão conhecida do Antigo Testamento” é outro problema. Pois,
é mais comum usar a palavra grega suggenhv
para parentes do que adelfov.
Vejamos um texto correlato: “E Isabel, tua parenta (suggenhv),
igualmente concebeu um filho na sua velhice, sendo este já o sexto
mês para aquela que diziam ser estéril.” (Lucas 1.36 ARA). A
palavra grega suggenhv
quer dizer: “1) da mesma família, semelhante a, parente de sangue.
2) num sentido mais amplo, da mesma nação, compatriota”. (11).
Enquanto que Mt.12.47 e 13.55 não aparece suggenhv.
O que tem no manuscrito grego é adelfoi
que vem de adelfov,
quer dizer: “1) um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas
do mesmo pai ou da mesma mãe. 2) tendo o mesmo antepassado nacional,
pertencendo ao mesmo povo ou compatriota. 3) qualquer companheiro ou
homem. 4) um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da
afeição. 5) um associado no emprego ou escritório. 6) irmãos em
Cristo”. (11) Na versão grega do Antigo Testamento (a
Septuaginta), esta palavra grega adelfov
aparece em Gn.4.9: “Disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu
irmão (adelfov)?
Ele respondeu: Não sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão
(adelfou)?”
(Gênesis 4.9 ARA). A referência de rodapé do Catecismo da Igreja
Católica cita Gn.13.8; 14.16 e 29.15 como prova de que os irmãos de
Jesus são parentes próximos. É um “tiro de raspão”, pois na
versão grega do Antigo Testamento, a Septuaginta, nas referidas
passagens, a palavra grega adelfov
está
presente, tratando-se de parentes. Todavia, não acerta no alvo, pois
as 233 ocorrências da palavra irmão (no singular) na Bíblia versão
ARA comparada com a Septuaginta usa-se adelfov.
Olhando por cima, percebo que a predominância é que associam-se com
irmãos de pais ou com patriotas ou com o resto das definições que
dão o léxico grego desta palavra (11). Na versão ARA comparada com
a Septuaginta aparecem 22 ocorrências da palavra parente (no
singular e plural), todas têm adelfov.
São exceções a regra e não a regra de adelfov.
A
palavra grega certa para parente deveria ser suggenhv.
O dicionário que uso não tem definição de parente para adelfov.
Veja que em todo o Novo Testamento a palavra parente tem 11
ocorrências, na versão ARA comparada ao Textus Receptus (no
singular, plural e feminino) todas têm suggenhv.
As demais ocorrências aparecem a palavra irmão (no singular e
plural) o que pude perceber nas 326 palavras é a predominância de
adelfov.
E olhando por cima, percebi que elas referem-se as definições
supracitadas do léxico. (11) No Novo Testamento a regra para parente
é suggenhv
e
não tem nenhuma exceção. Assim, o argumento do Catecismo da Igreja
Católica de que os irmãos de Jesus são parentes próximos não tem
sustentação dentro do Novo Testamento grego.
V.
Sobre a imaculada conceição de Maria
NO
QUE CRÊ A IGREJA CATÓLICA?
Para
os católicos, Maria foi concebida sem pecado: “Desde o primeiro
instante de sua concepção, foi totalmente preservada da mancha do
pecado original e permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de
toda a sua vida”. (Catecismo da Igreja Católica pág.143 § 508).
O dogma da imaculada conceição de Maria é defendido no Catecismo
da Igreja Católica nas páginas 138 e 139 § 490-493:
“Para
ser a Mãe do Salvador, Maria ‘foi enriquecida por Deus com dons
dignos para tamanha função’. No momento da Anunciação, o anjo
Gabriel a saúda como ‘cheia de graça’. Efetivamente, para poder
dar o assentimento livre de sua fé ao anúncio de sua vocação era
preciso que ela estivesse totalmente sob a moção da graça de
Deus”.
“Ao
longo dos séculos, a Igreja tomou consciência de que Maria,
‘cumulada de graça’ por Deus, foi redimida desde a concepção.
E isso que confessa o dogma da Imaculada Conceição, proclamado em
1854 pelo papa Pio IX. A beatíssima Virgem Maria, no primeiro
instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de
Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do
gênero humano foi preservada imune de toda mancha do pecado
original”.
“Esta
‘santidade resplandecente, absolutamente única’ da qual Maria é
‘enriquecida desde o primeiro instante de sua conceição’ lhe
vem inteiramente de Cristo: ‘Em vista dos méritos de seu Filho,
foi redimida de um modo mais sublime’. Mais do que qualquer outra
pessoa criada, o Pai a ‘abençoou com toda a sorte de bênçãos
espirituais, nos céus, em Cristo’ (Ef.1.3). Ele a ‘escolheu nele
(Cristo), desde antes da fundação do mundo, para ser santa e
imaculada em sua presença, no amor’ (Ef.1.4)”.
“Os
Padres da tradição oriental chamam a Mãe de Deus ‘a toda santa’
(‘Pan-hagia’; pronuncie ‘pan-haguía’), celebram-na como
‘imune de toda mancha de pecado, tendo sido plasmada pelo Espírito
Santo, e formada como uma nova criatura’. Pela graça de Deus,
Maria permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua
vida”.
NO
QUE CRÊ A IGREJA EVANGÉLICA?
Para
os evangélicos, Maria nasceu com o pecado original porque a Bíblia
não afirma o contrário. Há referências que incluem-na como toda a
humanidade no pecado: “como está escrito: Não há justo, nem um
sequer, […] todos se extraviaram, a uma se fizeram inúteis; não
há quem faça o bem, não há nem um sequer […] porque
não há distinção, pois
todos pecaram e carecem da glória de Deus,” (Romanos
3.10,12,22b,23
ARA). A declaração dos anjos aponta a santidade no seu sentido
pleno como algo exclusivamente de
Deus:
“Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois
só tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão
diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos.”
(Apocalipse 15.4 ARA).
Os
teólogos e apologistas evangélicos vêm a concepção de Maria sem
pecado como uma argumentação fatal, pois para que Maria viesse a
nascer sem pecado sua mãe, a avó de Jesus, teria que também nascer
sem pecado. Pois a concepção em pecado ocorre por meio da geração
de mãe para filho. Veja: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me
concebeu minha mãe.” (Salmos 51.5 ARA). A inclinação pecaminosa
foi passada de Adão para todos os seus descendentes: “Portanto,
assim como por um só homem entrou o pecado
no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a
todos os homens, porque todos pecaram.” (Romanos 5.12 ARA). Por
isso já nascemos em iniquidade, inclusive Maria. Veja o que diz a
Bíblia: “E o SENHOR aspirou o suave cheiro e disse consigo mesmo.
Não tornarei a amaldiçoar a terra por causa do homem, porque é mau
o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade; nem tornarei a
ferir todo vivente, como fiz.” (Gênesis 8.21 ARA). Diz também:
“Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não
peque.” (Eclesiastes 7.20 ARA). Assim, se Deus preservou Maria de
nascer em pecado, teria que preservar toda a sua geração: mãe,
avó, bisavó, tataravó, e, enfim chegaríamos em Eva. Aquela que
primeiro pecou: “E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo
enganada, caiu em transgressão.” (1 Timóteo 2.14 ARA).
Contra-argumentar que Deus preservou somente Maria compromete a
doutrina do nascimento virginal de Jesus e de sua concepção pelo
Espírito Santo. Pois torna-os sem sentido. Ora, vejam só: porque
Jesus é santo sem pecado? Porque nasceu por concepção virginal e
por obra do Espírito Santo. Se Deus preservou Maria de ter uma
concepção em pecado tudo isso torna-se desnecessário, inócuo. Não
precisava Jesus nascer por concepção virginal e nem por obra do
Espírito Santo. Deus poderia ter feito Jesus nascer sem pecado
dispensando a necessidade de ser por uma virgem e do Espírito Santo
ter fecundado-o no ventre de
uma virgem.
Logo, Maria é fruto de uma relação comum de seu pai com sua mãe,
e ela nasceu pecadora, como todos os homens, exceto Jesus: “Ora, o
nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe,
desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se
grávida pelo Espírito Santo. Mas José, seu esposo, sendo justo e
não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. Enquanto
ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do
Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua
mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo.”
(Mateus 1.18-20 ARA). Se Maria tivesse nascido sem pecado não
declararia Deus como seu salvador: “Então, disse Maria: A minha
alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu
Salvador,” (Lucas 1.46-47 ARA).
VI.
Sobre o vigário de Cristo, o guia e mestre da Igreja
NO
QUE CRÊ A IGREJA CATÓLICA?
Para
os católicos, o vigário de Jesus na Terra é o Papa: “Com efeito,
o Pontífice Romano, em virtude de seu múnus de Vigário de Cristo e
de Pastor de toda a Igreja, possui na Igreja poder pleno, supremo e
universal. E ele pode exercer sempre livremente este seu poder”.
(Catecismo da Igreja Católica pág.253 § 882/1595) O guia (pastor)
e mestre (doutor) da igreja: “Goza desta infalibilidade o Pontífice
Romano, chefe do colégio dos Bispos, por força de seu cargo quando,
na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis e
encarregado de confirmar seus irmãos na fé, proclama, por um ato
definitivo, um ponto de doutrina que concerne à fé ou aos
costumes”. (Catecismo da Igreja Católica pág.255 § 891).
NO
QUE CRÊ A IGREJA EVANGÉLICA?
Para
os evangélicos, o vigário de Jesus na Terra é o Espírito Santo:
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de
que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo
não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o
conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.” (João
14.16-17 ARA). O termo “Vigário” quer dizer “Indivíduo que
substitui outro em determinada função”. (18)
Vigário vem do latim “Vicarius”, de acordo com a Wikipédia:
“Vicarius é uma palavra latina, que significa substituto ou vice”.
(19) No caso de Jo.14.16-17 o Espírito Santo é colocado como o
“substituto” de Jesus, o Vigário de Cristo. A palavra grega
empregada ao Espírito Santo
como
substituto de Jesus está
na
frase: allon
paraklhton,
a primeira palavra vem de allos
significa: outro, diferente (11); e a segunda vem de paraklhtov
significa: “chamado, convocado a estar do lado de alguém, esp.
convocado a ajudar alguém”. (11). Sem
dúvidas é ele quem ficou em lugar de Jesus. Está escrito sobre
ele: “Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se
eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu
for, eu vo-lo enviarei. Quando ele vier, convencerá o mundo do
pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não creem em mim;
da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; do juízo,
porque o príncipe deste mundo já está julgado.” (João 16:7-11
ARA). Isso se cumpriu a partir da descida do Espírito Santo no dia
de Pentecostes (Atos 2), foi quando nasceu a Igreja de Jesus, com o
seu vigário de Cristo legítimo.
Para
os evangélicos o Espírito Santo também é o guia e o mestre da
Igreja: “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele
vos guiará a toda a verdade;
porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e
vos anunciará as coisas que hão de vir.” (João 16.13 ARA). “mas
o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome,
esse
vos ensinará todas as coisas
e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” (João 14.26
ARA). Observe as partes sublinhadas. Os evangélicos entendem que
existem lideranças na Igreja de Cristo, que possuem dom de ensino
(Rm.12.7), de mestre, de pastor (Ef.4.11). Mas, esses dons provêm do
Espírito Santo: “Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o
mesmo.” (1 Coríntios 12.4 ARA). O
doutor da Igreja é o Espírito Santo.
VII.
Sobre quem é a pedra que sustenta a Igreja de Cristo
NO
QUE CRÊ A IGREJA CATÓLICA?
Para
os católicos, Pedro é a pedra que sustenta a Igreja de Cristo:
“Somente Simão, a quem deu o nome de Pedro, o Senhor constituiu em
pedra de sua Igreja. Entregou-lhe as chaves da mesma, instituiu-o
pastor de todo o rebanho.”. (Catecismo da Igreja Católica pág.253
§ 881/1591/1592). E como Pedro foi impedido de prosseguir nesta
função pela sua morte, todos os Papas que são sucessores dele: “O
Papa, Bispo de Roma e sucessor de São Pedro, é o perpétuo e
visível princípio e fundamento da unidade, quer dos Bispos, quer da
multidão dos fiéis”. (Catecismo da Igreja Católica pág.253 §
882a). E essa linha de sucessão permanece até que Cristo venha.
Pois, como Pedro é a pedra, e é mortal, torna-se necessária essa
sucessão.
NO
QUE CRÊ A IGREJA EVANGÉLICA?
Para
os evangélicos, Pedro e os demais apóstolos são o fundamento da
Igreja de Cristo, mas Pedro não é a pedra. Para os evangélicos a
pedra é Jesus. Vejamos as passagens bíblicas onde os evangélicos
se embasam:
“edificados
sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo
Jesus, a pedra angular;” (Efésios 2.20 ARA). Vejamos esta citação
no manuscrito grego Textus Receptus: epoikodomhyentev
epi tw yemeliw twn apostolwn kai profhtwn ontov akrogwniaiou
autou ihsou cristou.
Observe a palavra sublinhada, esta palavra é traduzida como “pedra
angular”. Vem do grego akrogwniaios
significa: “localizado em um canto extremo, a pedra de esquina de
fundação”. (11) Palavra
acompanhada as vezes de liyov
(Pedra: metáfora de Cristo – 11); ela aparece em Mc.12.10;
Lc.20.17; At.4.11; 1Pe.2.6; atestada na versão grega do Antigo
Testamento, a Septuaginta, em: Sl.118.22; Is.28.16; Dn.2.45; etc.
Nesta passagem a pedra da igreja é Jesus e não Pedro.
“Porque
ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o
qual é Jesus Cristo.” (1 Coríntios 3.11 ARA). Este “fundamento”
é Jesus. A palavra grega no texto é yemelion
vem de yemeliov
significa: “1) assentado como fundamento, fundamento (de uma
construção, parede, cidade). 2) metáf. fundamentos, bases,
princípios básicos”. (11). Vemos aqui que o apóstolo Paulo
assevera que não podemos pôr outro fundamento, Jesus é o
fundamento, ele é a pedra. Colocar Pedro como pedra é lançar outro
fundamento.
“e
beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra
espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo.” (1 Coríntios 10.4
ARA). Vejamos esta citação no manuscrito grego Textus Receptus: kai
pantev to auto poma pneumatikon epion epinon gar ek pneumatikhv
akolouyoushv petrav
h de petra
hn o cristov. Vejam
as
palavras
sublinhadas.
A as palavras gregas vem de petra
significa: “rocha, penhasco ou cordilheira de pedra”. (11). Esta
palavra aparece lá na passagem bíblica de Mt.16.18 em que os
teólogos católicos se embasam para afirmar que Pedro é a pedra da
Igreja de Cristo. Quando Jesus diz para Pedro: kagw
de soi legw oti su ei petrov kai epi tauth th petra
oikodomhsw mou thn ekklhsian kai pulai adou ou katiscusousin authv.
Na tradução diz: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre
esta pedra
edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão
contra ela.” (Mateus 16.18 ARA). Observe a palavra sublinhada. É a
mesma do verso que estou citando aqui, que é petra.
Logo não podemos ter duas pedras. Ou Jesus é a pedra ou Pedro é a
pedra. O apóstolo Paulo afirma claramente que petra
é Jesus. Em quem devemos acreditar? Na Bíblia ou no Catecismo da
Igreja Católica da ICAR? Os evangélicos preferem ficar com a
Bíblia.
“também
vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual
para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios
espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. Pois
isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular,
eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum,
envergonhado. Para vós outros, portanto, os que credes, é a
preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os construtores
rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular e: Pedra de
tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra,
sendo desobedientes, para o que também foram postos.” (1 Pedro
2.5-8 ARA). Aqui o apóstolo Pedro disserta sobre Jesus como a pedra
citada no Antigo Testamento. Pedro cita a seguinte passagem bíblica:
“Portanto, assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu assentei em Sião
uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente
assentada; aquele que crer não foge.” (Isaías 28.16 ARA). Pedro
aponta Jesus como a pedra de Sião. Isto é, o messias prometido. Na
passagem de Mt.16.18 em que os teólogos católicos se embasam para
afirmar que Pedro é a pedra da Igreja de Cristo. Quando olhamos para
o contexto dela Jesus pergunta aos discípulos: “Mas vós,
continuou ele, quem dizeis que eu sou?” (Mateus 16.15 RA). E quem
responde na frente de todos é Pedro afirmando, aquilo que aqui em
sua carta recitando o profeta Isaías 28.16 ele declara ser, que
Jesus é a pedra (o messias). Acompanhe na sequência do contexto:
“Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus
vivo.” (Mateus 16.16 ARA). A primeira frase de Pedro é: “Tu és
o Cristo”. No manuscrito grego: su
ei o cristov.
Onde cristov
quer dizer: “1) Cristo era o Messias, o Filho de Deus. 2) ungido”.
(11). Obviamente, o que Jesus vem a dizer depois disso é reiterar as
palavras de Pedro:
“Também
eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha
igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”
(Mateus 16.18 ARA). Nesta última passagem os teólogos evangélicos
se embasam (não somente os teólogos católicos) que a pedra é
Jesus. Conforme acompanhamos acima, aqui vemos Jesus reiterar: “sobre
esta pedra edificareis a minha igreja”. No manuscrito grego diz:
epi
tauth th petra oikodomhsw
mou thn ekklhsian.
Observe a palavra sublinhada. Já expliquei sobre ela mais acima. É
a mesma palavra grega que Paulo usa quando fala que Jesus é a pedra
(petra)
em 1Coríntios 10.4.
Curiosidade:
Há um mito dos teólogos e apologistas católicos de que por Pedro
ou Cefas ou Simão (seus nomes como era conhecido) significar “pedra”
então a passagem bíblica de Mt.16.18 está associando Pedro como a
pedra. Pois bem, vamos quebrar esse mito. Ou porque não dizer
“dogma”:
A
palavra Cefas (nome primitivo de Pedro) quer dizer “pedra” (12),
vem do aramaico apyk.
No Novo Testamento é colocado em grego kefav.
João explica: “e o levou a Jesus. Olhando Jesus para ele, disse:
Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas (que quer
dizer Pedro).” (João 1.42 ARA). Observe no texto que João
usa os três nomes do apóstolo tão venerado pelos católicos. No
manuscrito grego ele escreve: kai
hgagen auton prov ton ihsoun embleqav de autw o ihsouv eipen su ei
simwn
o uiov iwna su klhyhsh khfav
o ermhneuetai petrov.
(observe as palavras sublinhadas) Jesus modifica o nome do referido
apóstolo de Simão (simhwn)
para Cefas (khfav).
Simão (ouvinte) é de origem hebraica (Nwemv)
quer dizer “ouvido”. (13), para Cefas (pedra) que no Novo
Testamento grego está petrov
que vem em forma aportuguesada como Pedro na maioria das traduções
em
português.
A palavra petrov
quer dizer: “uma rocha ou uma pedra” (11). Esta palavra poderia
ter sido aplicada na passagem bíblica de Mt.16.18 quando Jesus disse
a Pedro: “sobre esta pedra”, mas Mateus não coloca petrov,
ele coloca petra
que é outra palavra. Porque ele não repetiu a mesma palavra? Ele
tinha dito: “tu és Pedro” (petrov)
e na frase seguinte diz: “e sobre esta pedra” (petra).
Respondendo a pergunta: Por que Jesus não se referia mais a Pedro
nesta frase. Pois, petrov
é incerta se é “rocha ou pedra”, já petra
é certamente “rocha, penhasco, cordilheira de pedra” (11).
Mateus, o escritor do texto, fez distinção das palavras gregas que
no português a gente nem percebe.
CONCLUSÃO
FINAL
A
diferença entre evangélicos e católicos são bem claras aqui. E
somente por força da Tradição e não da Bíblia que a ICAR se
sustenta. Quem é a Palavra de Deus? Obviamente é a Bíblia. Mas a
ICAR não se deu por satisfeita, então ao arvorasse de que os Papas
são a sucessão de Pedro, por interpretar equivocadamente que este
estimado apóstolo seja a pedra de Mt.16.18, se acharam no poder de
sucessores a pedra da Igreja de Cristo e assim criaram, aprovaram
e reconheceram várias doutrinas que não constam na Bíblia, por
exemplo:
Em
593 d.C., o dogma do Purgatório começou a ser ensinado;
Em
789 d.C., iniciou a iconodulia das imagens e das relíquias;
Em
880 d.C., começou a canonização dos santos;
Em
1075 d.C., decidiu-se que os sacerdotes casados devem divorciar-se,
compulsoriamente cada um de sua esposa.
Em
1186 d.C., estabeleceu-se a “Santa Inquisição” pelo Concílio
de Verona;
Em
1200 d.C., começou o uso do rosário, por São Domingos, chefe da
Inquisição;
Em
1220 d.C., iniciou-se a adoração à hóstia;
Em
1229 d.C., proíbe-se aos leigos a leitura da Bíblia;
Em
1311 d.C., criou-se a oração da Ave-Maria;
Em
1546 d.C., foi conferida à Tradição
autoridade igual à da Bíblia.
E também (no Concílio de Trento) os livros apócrifos, livros
a mais na versão grega do Antigo Testamento, a
Septuaginta
(que não constam no Antigo Testamento hebraico – A Bíblia
Hebraica – Tanakh) de onde veio as primeiras traduções em latim
das Bíblias católicas, foram canonizados e por isso classificados
como “deuterocanônicos” (canonizados depois). Veja
abaixo na captura de imagens da Bíblia Hebraica, observe que não
tem os livros que a ICAR considera “deuterocanônicos” (começo:
Gênesis; e fim: Crônicas):
*
São
39 livros, conforme a Bíblia evangélica. A diferença é que Samuel
1 e 2 é um único livro; Reis 1 e 2 também; Crônicas 1 e 2 também;
e Esdras (Ezra) é junto com Neemias 35 livros.
Veja
que todas estes
ensinos,
ritos,
aditivos
e
decisões não encontram apoio
na Bíblia, mas foram aceitos
como Palavra de Deus por interpretarem ser Pedro a pedra da Igreja de
Cristo, e aproveitando-se disso estabeleceram que a Tradição é de
autoridade igual à da Bíblia e
canonizaram livros apócrifos do Antigo Testamento.
Enfim, depois que fizeram isso aprovaram o restante:
Em
1854 d.C., definiu-se o dogma da Imaculada Conceição de Maria;
Em
1864 d.C., declarou-se a autoridade temporal do Papa;
Em
1870 d.C., declarou-se também a infalibilidade papal;
Em
1950 d.C., transformaram em artigo de fé a assunção de Maria.
Tudo
fruto de uma má interpretação da Bíblia do evangelho de Mateus
16.18. Existem outras diferenças entre evangélicos e católicos,
mas creio que seja o suficiente no momento para dispor aos
internautas informações que talvez não saibam.
Entretanto, meu intuito aqui jamais será de desdenhar da fé alheia, nem incitar o ódio. Ainda que discordemos firmemente desta crença, reiteramos nosso respeito às pessoas que a professam, e afirmamos o evangelho como o caminho de salvação.
Fontes
bibliográficas:
Bíblia Hebraica. Editora Sêfer, edição 2006.
Manuscrito grego Textus Receptus. Bíblia digital Online 3.0 módulo avançado, SBB.
LXX – Septuaginta. Bíblia digital Online 3.0 módulo avançado, SBB.
Seitas e Heresias – um sinal dos tempos. Por Raimundo de Oliveira, editora CPAD.
Catecismo da Igreja Católica – Edição Típica Vaticana. Edições Loyola. Ano 2000.
Bíblia ARA – Almeida Revista e Atualizada. Bíblia digital Online, módulo avançado, SBB.
Bíblia ARC – Almeida Revista e Corrigida. Bíblia digital Online, módulo avançado, SBB.
Bíblia de Jerusalém – Edições Paulinas. Edição de 1973.
Bíblia Ave-Maria – 42a edição. Editora Ave-Maria. Edição Claretiana de 1982.
Bíblia da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Editora Canção Nova 2012.
Séria Arminanismo – Depravação Total. Editora Reflexão 2015.
(1) Dicionário Online de Português https://www.dicio.com.br/culto/ acessado em 29/11/16
(2) Dicionário Aulete Digital http://www.aulete.com.br/culto acessado em 29/11/16
(3) Wikipédia https://pt.wikipedia.org/wiki/Culto acessado em 29/11/16
(4) Dicionário do Aurélio https://dicionariodoaurelio.com/culto acessado em 29/11/16
(5) https://pt.wikipedia.org/wiki/Hiperdulia acessado em 29/11/16
(6) http://www.aulete.com.br/hiperdulia acessado em 29/11/16
(7) https://pt.wikipedia.org/wiki/Dulia acessado em 29/11/16
(8) http://www.aulete.com.br/dulia acessado em 29/11/16
(9) https://pt.wikipedia.org/wiki/Latria acessado em 29/11/16
(10) http://www.aulete.com.br/latria acessado em 29/11/16
(11) Léxico grego de Strong. Bíblia digital Online, módulo avançado, SBB.
(12) Léxico aramaico de Strong. Bíblia digital Online, módulo avançado, SBB.
(13) Léxico hebraico de Strong. Bíblia digital Online, módulo avançado, SBB.
(14) http://www.aulete.com.br/icone acessado em 30/11/16
(15) http://www.aulete.com.br/primogênito acessado em 30/11/16
(16) https://dicionariodoaurelio.com/primogenito acessado em 30/11/16
(17) https://www.dicio.com.br/primogenito/ acessado em 30/11/16
(18) http://www.aulete.com.br/vigário acessado em 30/11/16
(19) https://en.wikipedia.org/wiki/Vicarius acessado em 30/11/16
(20) https://pt.wikipedia.org/wiki/Veneração acessado em 30/11/16
Manuscrito grego Textus Receptus. Bíblia digital Online 3.0 módulo avançado, SBB.
LXX – Septuaginta. Bíblia digital Online 3.0 módulo avançado, SBB.
Seitas e Heresias – um sinal dos tempos. Por Raimundo de Oliveira, editora CPAD.
Catecismo da Igreja Católica – Edição Típica Vaticana. Edições Loyola. Ano 2000.
Bíblia ARA – Almeida Revista e Atualizada. Bíblia digital Online, módulo avançado, SBB.
Bíblia ARC – Almeida Revista e Corrigida. Bíblia digital Online, módulo avançado, SBB.
Bíblia de Jerusalém – Edições Paulinas. Edição de 1973.
Bíblia Ave-Maria – 42a edição. Editora Ave-Maria. Edição Claretiana de 1982.
Bíblia da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Editora Canção Nova 2012.
Séria Arminanismo – Depravação Total. Editora Reflexão 2015.
(1) Dicionário Online de Português https://www.dicio.com.br/culto/ acessado em 29/11/16
(2) Dicionário Aulete Digital http://www.aulete.com.br/culto acessado em 29/11/16
(3) Wikipédia https://pt.wikipedia.org/wiki/Culto acessado em 29/11/16
(4) Dicionário do Aurélio https://dicionariodoaurelio.com/culto acessado em 29/11/16
(5) https://pt.wikipedia.org/wiki/Hiperdulia acessado em 29/11/16
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(7) https://pt.wikipedia.org/wiki/Dulia acessado em 29/11/16
(8) http://www.aulete.com.br/dulia acessado em 29/11/16
(9) https://pt.wikipedia.org/wiki/Latria acessado em 29/11/16
(10) http://www.aulete.com.br/latria acessado em 29/11/16
(11) Léxico grego de Strong. Bíblia digital Online, módulo avançado, SBB.
(12) Léxico aramaico de Strong. Bíblia digital Online, módulo avançado, SBB.
(13) Léxico hebraico de Strong. Bíblia digital Online, módulo avançado, SBB.
(14) http://www.aulete.com.br/icone acessado em 30/11/16
(15) http://www.aulete.com.br/primogênito acessado em 30/11/16
(16) https://dicionariodoaurelio.com/primogenito acessado em 30/11/16
(17) https://www.dicio.com.br/primogenito/ acessado em 30/11/16
(18) http://www.aulete.com.br/vigário acessado em 30/11/16
(19) https://en.wikipedia.org/wiki/Vicarius acessado em 30/11/16
(20) https://pt.wikipedia.org/wiki/Veneração acessado em 30/11/16
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quinta-feira, 20 de outubro de 2016
TEOLOGIA GAY – E O PARECER DO BLOG ANTI-HERESIAS
Intimidade entre iguais desafia a Igreja Evangélica
Compilação da revista Defesa da Fé número 22 (edição de maio/2000)
Texto: João Luiz Santolin e Júlio Severo
Quem vê as recentes conquistas do movimento gay [...] na mídia e na sociedade nem imagina que até a década de 1950 não havia nenhum movimento organizado por homossexuais em prol de seus “direitos”. Em apenas 50 anos, os homossexuais do aparente anonimato para o status de defensores dos direitos humanos. O fenômeno, ao contrário de muitos movimentos sociais, não foi espontâneo. O plano foi cuidadosamente engendrado e paulatinamente executado, visando à “homossexualização” da sociedade, objetivo bem expresso na frase “mundo gay”, cunhada pelos próprios militantes. E para neutralizar a oposição da Igreja, intelectuais e teólogos envolvidos na militância lançaram as bases do que hoje se chama “Teologia Cristã Gay”. Preocupado com a influência dessa Teologia, o ICP convidou o Movimento pela Sexualidade Sadia (MOSES) para refletir e produzir a matéria que ora chega até você. Boa leitura!
Contradições Teológicas.
Para validar seu comportamento, os militantes homossexuais recorrem a todo tipo de argumentação. À primeira vista, as pessoas menos informadas podem achar que as declarações dos ícones do movimento gay fazem sentido e se baseiam em fatos incontestáveis. Puro engano. Na verdade, esses argumentos não resistem a uma análise mais acurada e desprovida das motivações que estão por trás da maioria das afirmações dos mentores do movimento gay, incluindo sua teologia.
Luiz Mott, doutor em Antropologia e presidente do “Grupo Gay da Bahia”, considerado o maior mentor intelectual do movimento gay no Brasil, utiliza argumentos teológica, histórica e cientificamente inconsistentes. Esses argumentos são, na verdade, importados dos Estados Unidos e da Europa, onde nasceu e se desenvolveu a chamada “Teologia Gay”. Portanto, vamos nos ater a seus argumentos, tendo em vista que, analisando a Teologia de Mott, focaremos os principais postulados da “Teologia Gay” mundial. Por exemplo, em artigo publicado na revista SuiGeneris (periódico gay), Mott lança o seguinte desafio: “Jesus era gay?” Absurda em si mesma, a pergunta norteia toda a tendenciosidade do artigo. E como todas as seitas costumam fazer, Mott ataca diretamente a pessoa, o caráter e a missão de Jesus, esvaziando o conteúdo da fé cristã para tentar demonstrar que Jesus era gay.
Mott começa seu ataque levantando dúvidas quanto à existência histórica de Jesus de Nazaré. Causa estranheza que um doutor em Antropologia, supostamente familiarizado com a História, alegue a inexistência da maior personalidade de todos os tempos. Até mesmo os inimigos de Jesus deram testemunho dele. Isso para não falar que a própria História foi dividida entre antes e depois de Cristo. Se a existência de Jesus foi uma fraude, César, Nero, Napoleão e Hitler são meras projeções da mente humana, pois a mesma História registra a existência e os atos de cada um.
Entre os testemunhos históricos extrabíblicos acerca de Jesus estão os de Flávio Josefo (historiador judeu 37-95 d.C.), do Talmude (coleção de doutrinas e comentários rabínicos acerca da Lei, elaborada a partir do primeiro século da Era Cristã), os Anais de Cornélio Tácito (historiador romano, morto em 120 d.C.), Caio Suetônio Tranquilo (escritor e senador romano que viveu entre 69-141 d.C.), Plínio, o Moço (governador romano entre 62-113 d.C.), Adriano (imperador de Roma entre 117-138 d.C.), Luciano de Samosata (poeta grego do começo do segundo século), Júlio Africano (cronologista, comentando os escritos de um historiador samaritano chamado Talo, datados do ano 52 d.C.), Mar Bar-Serápio (prisioneiro sírio escrevendo uma carta a seu filho por volta do ano 73 d.C.). Corroborando os registros anteriores, Joseph Klausner, ex-professor de Literatura Judaica em Jerusalém, afirma em seu livro Jesus of Narareth: “Se apenas possuíssemos estes testemunhos, saberíamos efetivamente que na Judeia viveu um judeu chamado Jesus, a quem chamaram o Messias, o qual fez milagres e ensinou o povo; que foi morto, por ordem de Pôncio Pilatos, por denúncia dos judeus...”. Portanto, Luiz Mott precipita-se quando afirma que “a fé é sempre um passo no escuro”. Os cristãos, além do resplendor da infalível e inerrante Palavra de Deus, possuem as luzes da História. É como disse Jesus: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, pelo contrário terá a luz da vida”. (Jo.8.12). Além das contradições do campo da História, Mott não perde a oportunidade de pecar contra a verdade bíblica no campo da Teologia. Em seu panfleto “O que todo cristão deve saber sobre homossexualidade”, o “Grupo Gay da Bahia”, instituição presidida por Luiz Mott, apresenta dez motivos por que a Bíblia supostamente não reprova o homossexualismo. Seu primeiro argumento foi dizer que “a palavra homossexual só foi inventada em 1869... Portanto, como a Bíblia foi escrita entre dois ou quatro mil anos atrás, não poderiam os escritores sagrados ter usado uma palavra inventada só no século passado”. Isso demonstra total falta de compreensão sobre o que significam terminologia e conceito. A palavra homossexual, ou homossexualidade, é termo recente, mas o conceito é antigo. É o próprio Mott quem diz que “a prática do amor entre pessoas do mesmo sexo, porém, é muito mais antiga que a própria Bíblia”. Portanto, a Bíblia fala sobre a prática homossexual mesmo sem utilizar a terminologia moderna, uma vez que a homossexualidade sempre foi contemporâneo dos escritores bíblicos.
Mott vai além de guerras de palavras e ataca Levítico afirmando que “do imenso número de leis do Pentateuco apenas duas vezes há referência a homossexualidade […] que inúmeras outras abominações do Levítico – como comer carne de porco ou o tabu em relação ao esperma ou sangue menstrual […] foram completamente abandonadas”. O que o antropólogo ignora é que se há duas referências a homossexualidade no Pentateuco (Lv.18.22; 20.13), e ambas são proibitivas e punitivas, já se vê que Deus reprova a prática da homossexualidade sem necessidade de qualquer outro argumento. Além deste erro grosseiro, confundir preceito moral com cerimonial – ou seja, rituais – é um equívoco imperdoável mesmo para um iniciante em hermenêutica. Cerimônias foram removidas mediante o sacrifício de Cristo na cruz (Cl.2.14-17) moralidade, não.
Copiando na íntegra o desgastado argumento da homossexualidade entre Davi e Jônatas, Mott pergunta retoricamente: “Se a homossexualidade fosse prática tão condenável, como justificar a indiscutível relação homossexual existente entre o rei Davi e Jônatas?” Indiscutível sobre que bases? Na verdade, quando Davi disse que o amor que sentia por Jônatas ultrapassava o de mulheres, ficou claro que este amor não tinha nenhuma conotação erótica. Vale destacar o comentário exegético do rabino Henry I. Sobel à revista Ultimato, de setembro/outubro de 1998: “… a palavra hebraica “ahavá” não significa apenas amor no sentido conjugal/sexual, mas também no sentido paternal (‘Isaque gostava de Esaú’, Gn.25.28), no sentido de amizade (‘Saul afeiçoou-se a Davi’, em 1Sm.16.21), no sentido de amor a Deus (‘Amarás o Senhor, teu Deus’, em Dt.6.5) e no sentido de amor ao próximo (‘Amarás o próximo como a ti mesmo’, Lv.19.18). Em todos estes exemplos, o verbo usado na Tanakh (a Bíblia Hebraica) é ahavá. É por razão linguística – e não por falso pudor – que a maioria das traduções bíblicas cita 1 Samuel 1.26 assim: ‘Tua amizade me era mais preciosa que o amor das mulheres’.”
O amor das mulheres era algo que Davi conhecia muito bem. Sua poligamia com Mical, Abigail, Ainoã, Maaca, Agita, Abital, Eglá e seu adultério com Bate-Seba mostram que a maior dificuldade de Davi era a atração pelo sexo oposto (1Sm.18.27; 25.42-43; 2Sm.3.2-5; 11.1-27).
Os “intelectuais” da militância gay teimam em ignorar os fatos. Além do problema com a História e Teologia, revelam total desconhecimento da geografia da Terra Santa. Argumentando sobre o texto de Eclesiastes 4.11 (“Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará?”), tentam demonstrar que num clima quente como o da Judéia dormir juntos só pode ter conotação erótica. Ignoram, porém, que em Israel também neva. Exemplo disso é o rigoroso inverno que em janeiro de 2000 atingiu a Terra Santa, espalhando neve por toda parte. Além de colocarem Davi como homossexual, os militantes sugerem Salomão – mulherengo que era! – teria escrito a favor da homossexualidade, o que não encontra respaldo hermenêutico no contexto do versículo que, na verdade, fala de cooperação mútua.
Falando sobre Sodoma e Gomorra, a militância gay afirma que quando os homens daquelas cidades pediram a Ló para conhecer os visitantes (os dois anjos com aparência humana) eles não pretendiam manter relações sexuais com eles: “... maliciosamente se interpretou o verbo ‘conhecer’ como sinônimo de ‘ato sexual’.” É verdade, porém, que o verbo que aparece neste contexto é o hebraico yada, que tem vários significados e, segundo especialistas, aparece mais de 900 vezes no Antigo Testamento, por exemplo: Saber – Gn.15.8; dar-se conta – Gn.3.9; reconhecer – Gn.12.11; conhecer pessoas – Gn.29.5; ser esperto em algo – 1Rs.12.11. Na história de Sodoma e Gomorra, esse verbo tem conotação sexual (Gn.19.5 – a ameaça dos homens o demonstra claramente), pois a resposta de Ló oferecendo suas duas filhas virgens só tem conotação sexual. Mas eles não queriam as mulheres. Seu desejo era homossexual. Uma das melhores traduções da Bíblia foi feita pelo judeu André Chouraqui e chama-se A Bíblia – No Princípio. A tradução literal em sua Bíblia é: “faze-nos sair até nós, vamos penetrá-los” (Gn.19.5). E: “Tenho duas filhas que homem algum jamais penetrou” (idem v.8). Isso está em completa harmonia com o ensino do Novo Testamento em Judas 7, que confirma que a intenção dos homens de Sodoma era realmente de violação homossexual, assim como o demonstram 2 Pedro 2.7-10 e 1 Timóteo 1.8-10 que lista diversas violações da lei colocando os sodomitas lado a lado com os parricidas, matricidas e roubadores de homens.
“Não há evidência histórica ou arqueológica confirmando a real existência de Sodoma e Gomorra”, dizem os militantes. Por que, então, eles perdem tanto tempo com toda a argumentação discutida até aqui? Entretanto, erram por não levar em consideração os últimos achados arqueológicos. Bryan Wood, diretor da Associates for Biblical Research (Associados para a Pesquisa Bíblica), afirma: “Quando empregamos as informações disponíveis das escavações e o emparelhamento geográfico destas cidades, podemos identificar Bab edh-Dhra como Sodoma, Numeria como Gomorra, es-Safi como Zoar, Feifa como Admá e Khanazir como Zeboim”. Ele acredita que a evidência é imperiosa e por isso conclui: “Estas cidades da Era do Bronze Antigo, descobertas no país da Jordânia logo ao sudeste do Mar Morto, formam uma linha norte-sul ao longo da bacia sul do Mar Morto. Elas todas datam o tempo de Abraão e parece que são verdadeiramente as cinco cidades da planície mencionadas no Antigo Testamento”. (Stones cry out, livro lançado pela CPAD sob o título “As pedras clamam”).
Tentando neutralizar os escritos paulinos contra o comportamento homossexual, os militantes argumentam que as palavras efeminados e sodomitas empregadas em 1 Coríntios 6.9-11 foram mal traduzidas. Entretanto, as palavras gregas malakoi e arsenokoitai têm significados específicos. Malakoi significa “macio ao tato”. Arsenokoitai é composta de duas outras palavras arsen (macho) e koitai (cama). Em outras palavras, esse termo se refere aos homens que vão para cama com outros homens. Mas homossexualidade não é o único pecado sexual condenado na passagem em questão. Pornoi (fornicadores) e moichoi (adúlteros) mostram que não é só a homossexualidade que exclui pessoas do reino de Deus. Em contrapartida, o texto deixa claro que ninguém precisa permanecer excluído do reino, pois na igreja que estava em Corinto (cidade extremamente libertina onde a homossexualidade e a pedofilia eram considerados normais) havia alguns que deixaram a homossexualidade, bem como outros pecados.
“Jesus Cristo nunca falou nenhuma palavra contra os homossexuais!”, bradam os militantes. Mais uma tentativa frustrada para perverter a simplicidade do Evangelho. O fato de Jesus nunca ter mencionado especificamente a homossexualidade não significa sua aprovação. Ele também não pronunciou claramente sobre muitos outros problemas sociais, tais como: sequestro, abuso sexual, prostituição infantil, tráfico de drogas. Entretanto, a Palavra apresenta direta e indiretamente os princípios inegociáveis de Deus para a moralidade e a dignidade humana. Na verdade, ao se referir ao plano de Deus para a sexualidade, Jesus reafirmou o ensino veterotestamentário sobre o casamento heterossexual e monogâmico (Mt.19.4-6). A única alternativa ao casamento nestes termos é o celibato voluntário, concessão que ele abriu ao ensinar que é melhor se eunuco pelo Reino de Deus do que se divorciar e casar-se de novo (idem 19.9-12).
Quanto a alegação de que Jesus era gay porque “conviveu predominantemente com os apóstolos (todos homens), que ele era muito sensível falando de lírios do campo, que era amigo de muitas mulheres, que tinha muita sensibilidade com as crianças ou, ainda, que nutria uma predileção por João”, só revela mais simples a falta de bom senso que patologiza as relações mais simples e puras entre homem e seus semelhantes.
Certamente, uma compreensão correta da natureza divino-humana de Jesus jamais permitiria sequer uma suposição destas. O Deus Eterno que se fez homem jamais nutriria por suas criaturas qualquer tipo de amor que não fosse puramente ágape (amor de Deus pelos homens). E foi exatamente isso que Jesus demonstrou por todos. Mas Luis Mott prefere extrair sua cristologia deturpada de conceitos mitológicos sobre deuses como Zeus e Oxalá, “andróginos e praticantes do homoerotismo” (atração física entre seres do mesmo sexo) como seus idealizadores. Por isso, ele não consegue perceber nos relacionamentos de Jesus nada maior do que a interação entre iguais. Ele perde a oportunidade de ver a beleza do relacionamento Criador-criatura, Salvador-pecador, Senhor-servo, Mestre-discípulo e, especialmente, Pai-filho.
É intrigante o fato de que o “Grupo Gay da Bahia”, presidido por Luiz Mott, autor da maioria dos argumentos refutados acima, seja o idealizador da chamada “Ação Cristã Homossexual”. Esse grupo que passa horas de pesquisa para tentar provar que Jesus é um mito, e que se fosse um personagem histórico seria homossexual, e que questiona os relatos bíblicos rejeitando sua interpretação literal pretende convencer-nos de que é ação, instituição ou movimento cristão. Como é possível tal contradição? É óbvio que o objetivo não é o de aproximar os homossexuais do Evangelho do Reino de Deus. É, antes, uma estratégia para impedir que eles cheguem ao pleno conhecimento da verdade. São como os intérpretes da lei a quem Jesus denunciou, dizendo: “Ai de vós, intérpretes da lei! Porque tomastes a chave da ciência; contudo, vós mesmos não entrastes e impedistes os que estavam entrando” (Lc.11.52).
Apelação “científica”.
Todavia, a obstinação dos militantes não se confina apenas a deturpar a História e a lei de Deus, mas também a ciência – do ponto de vista experimental. É por isso que o Dr. Vern L. Bullougth, defensor do movimento homossexual e da pedofilia, afirma: “A política e a ciência andam de mãos dadas. No final é o ativismo gay que determina o que os pesquisadores dizem sobre gays” (1). Porém, ainda que conseguissem provar algum dia que a homossexualidade é causado por algum fator na natureza, isso não quer dizer que somos obrigados a aceitá-lo. Sinclair Rogers, que foi homossexual por muitos anos até entregar sua vida a Jesus Cristo, diz: “Certamente, as pessoas não escolhem desenvolver sentimentos homossexuais. Mas isso não significa que quando alguém nasce já está pré-programado para ser homossexual para sempre. Não somos robôs biológicos. E não podemos ignorar as influências […] A natureza produz muitas condições por influência biológica, tais como depressão, desordens obsessivas, diabetes […] Mas não consideramos esses problemas ‘normais’ só porque ocorrem ‘naturalmente’ […]. A Biologia pode influenciar, mas não justifica automaticamente a possível consequência de todo comportamento. E também não elimina nossa responsabilidade pessoal, vontade, consciência ou nossa capacidade de escolher controlarmos ou ser controlados por nossas fraquezas” (2).
Pesquisas tentando mostrar causas efeitos biológicos ou genéticos para a homossexualidade existem há quase um século. Mas o fato é que, ao longo dos anos, nenhuma pesquisa jamais provou uma base orgânica para homossexualidade. O ativista homossexual Dennis Altman faz uma observação acerca de um estudo do Instituto Kinsey: “Eles estão impressionados com os consideráveis esforços de biólogos, endocrinologistas, e fisiologistas em provar esse fundamento; estou mais impressionado com a incapacidade de tantos anos de pesquisa resultarem em nada além de meras ‘sugestões’.” (3)
Os ativistas homossexuais declaram que a homossexualidade é natural. Os grupos gays e todas as pesquisas modernas que defendem a conduta homossexual se baseiam direta ou indiretamente no relatório Kinsey de 1948, o qual afirma que 10% da população são exclusivamente homossexuais. No entanto, dois excelentes livros escritos pela Dra. Judith Reisman revelam não só a metodologia fraudulenta de Kinsey, mas também o envolvimento dele com estupradores de crianças (4). Wardell Pomeroy, co-autor do Relatório Kinsey, conta a reação de Kinsey à preocupação (que Kinsey chamava de histeria) da sociedade com o grave problema de adultos que têm relações sexuais com crianças da família: “Kinsey zombava da ideia... [Kinsey] afirmou, com relação ao abuso sexual de crianças, que a criança sofre mais danos com a histeria dos adultos [do que com o próprio estupro]” (5). Os grupos de ativistas homossexuais no mundo inteiro estão trabalhando para abaixar ou abolir as leis de idade de consentimento sexual a fim de “liberar” as crianças das restrições sociais. Isso, na verdade, passa a inocentar o criminoso. Infelizmente essa conspiração resultou, em 1992 na Holanda, na legalização do relacionamento hétero (entre sexos diferentes) e homossexual de adultos com crianças a partir dos 12 anos. No EUA, a maior responsável por esta luta é a Associação Norte-Americana de Amor entre Homens e Meninos (NAMBLA). (6).
Homossexualidade e Candomblé.
Apesar de nem todo homossexual ser endemoninhado como diriam ingenuamente alguns, é óbvio que Satanás está por trás deste comportamento, como qualquer outro comportamento pecaminoso e autodestrutivo. Foi Jesus mesmo quem disse que o diabo veio para matar, roubar e destruir.
Edison Carneiro (irmão do político Nelson Carneiro), afirma, no seu livro Candomblés da Bahia (p.140) que o candomblé arrasta muitos homens à homossexualidade, confirmando assim o que já havia sido observado por outro estudioso desse assunto, o sociólogo Roger Bastid. Segundo Edison Carneiro, é difícil esses efeminados não serem “cavalos de Yansã, orixá que geralmente se manifesta em mulheres inquietas, de grande vida sexual, que se entregam a todos os homens que encontram…” (7). Os casos de crianças desaparecidas que são estupradas e sacrificadas em rituais de pais de santo parecem ser um problema envolvendo os cultos afro-brasileiros.
Assim, além de levarem os indivíduos para a homossexualidade, os demônios também os levam a abusar sexualmente das crianças e até matá-las. Talvez o pior assassino em série do mundo seja o homossexual Gilles de Rais, que matou brutalmente 800 meninos. Cada garoto era atraído à sua casa, onde recebia banho e comida. Então, quando o pobre menino pensava que era seu dia de sorte, Gilles o estuprava e queimava, ou o cortava e comia (8). Em seu livro The Devil’s web (A teia do Diabo), Pat Pulling revela o envolvimento do satanismo com o estupro e o sacrifício ritual de crianças. Ele cita o caso de Gilles: “Gilles de Rais era um nobre europeu do século 15 que estava totalmente envolvido na alquimia e outras ciências ocultas. Ele era também um pervertido sexual e sadista que matava crianças antes de ser preso, julgado e condenado a morte. Outras evidências mostram que, no passado, os praticantes de adoração de demônios realmente sacrificavam criancinhas durante suas cerimônias rituais” (9).
Causas psicológicas da homossexualidade.
Uma vez que as causas não são genéticas, passam a figurar no campo da Psicologia. O Dr. Gerard van den Aardweg, psicólogo holandês, estabelece as seguintes causas do desejo homossexual nas pessoas: experiência homossexual na infância, anormalidade familiar, experiência sexual fora do normal incluindo sexo grupal ou com animais, e as influências culturais. Corroborando as afirmações do Dr. Gerard van den Aardweg que homossexualidade não é genética, a psicanalista e escritora Sheiva Sherman declarou, em 27 de março de 1998, no programa de TV Madalena Manchete Verdade que “uma coisa tem de ficar claro: homossexualidade não é genética. Está provado”. É bom frisar que as causas da homossexualidade não são genéticas, porque a maior vitória do movimento gay na década passada foi mudar a direção do debate. Em vez de discutir sobre a conduta, fala-se sobre a identidade. Qualquer um que se oponha a homossexualidade passou a ser visto como agressor dos direitos civis dos cidadãos homossexuais. Isso é o que constatam o teólogo John Ankeberg e o sociólogo John Weldon, autores do livro Os fatos sobre a homossexualidade (Editora Chamada da Meia-Noite): “Nossa cultura está se tornando tão tolerante que muitos dão ouvidos a qualquer grupo de autodenominadas ‘vítimas’.” (10).
Denunciar a tolerância demasiadamente aética de nossa sociedade para com as minorias, não significa promover ou praticar a violência contra elas. É muito importante esclarecer que somos absolutamente avessos a toda demonstração de violência contra qualquer pessoa, inclusive os homossexuais. Deve provocar a indignação de qualquer cidadão o que aconteceu [...] ao adestrador de cachorros Edson Neris da Silva, homossexual, de 35 anos, que foi cercado por um grupo de “Carecas” e assassinado a socos e pontapés na praça da República, na região ABC paulista. Esse é, sem dúvida, uma atitude doentia, homofóbica (aversão a homossexuais) sem qualquer justificativa. Precisamos ser equilibrados, repudiando o discurso e a prática gays, mas acolhendo e conduzindo os homossexuais a Cristo. Mesmo aqueles que são mais recalcitrantes devem ser objeto da compaixão e amor cristãos.
Uma coisa que precisa ficar muito clara é que toda argumentação aqui apresentada visa combater os falsos ensinos que a militância gay vem divulgando. Todavia, a maioria dos homossexuais não faz a mínima ideia de grande parte dos argumentos dos grupos gays nem quer se envolver em sua luta; deseja apenas viver em paz. A maioria dos homossexuais, homens ou mulheres, deseja, na verdade, abandonar esse comportamento, mas não sabem como. Por isso, precisam ser acolhidos, respeitados como pessoas e conduzidos ao conhecimento de Cristo.
A igreja e os homossexuais.
Joe Dallas, em seu livro A operação do erro, publicado pela Editora Cultura Cristã, leva-nos a uma interessante reflexão sobre o papel da Igreja para com os que desejam deixar a homossexualidade: “Entretanto, quando eles são trazidos para fora da ilusão, quem está esperando por eles? A Igreja está sendo como o pai do filho pródigo, correndo para encontrá-lo no meio do caminho e celebrar o seu retorno? Ou será que o Corpo de Cristo está sendo melhor representado pelo irmão mais velho, justo em si mesmo, distante e frio, que não quer se envolver? Ao abordar o problema da homossexualidade, talvez essas sejam as perguntas mais importantes a serem feitas.” Infelizmente, porque uma grande parte da Igreja não está cumprindo seu papel neste sentido, precisamos ouvir coisas como as que Troy Perry, líder da maior igreja gay cristã do mundo, disse e que Joe Dallas registra: “Se a Igreja tivesse realmente feito seu trabalho missionário, não creio que a MMC (Metropolitan Community Church) jamais tivesse vindo a existir” (11).
Graças a Deus, a Igreja começa a despertar! A Igreja Presbiteriana Independente de Londrina, por meio do Ministério Paz com Deus, começou a agir de maneira planejada para conscientizar pastores e membros da igreja, e ajudar os que se encontram em dificuldades com sentimentos ou práticas homossexuais. Ela promoveu o I Encontro Paz com Deus, realizado de 4 a 7 de março [de 2000], em Londrina, Paraná. O evento com 130 pessoas (participantes e obreiros) e incluiu muitos pastores. Dentre as muitas bênçãos recebidas e testemunhadas pelos participantes, destacam-se as confissões de muitos pastores, outrora intolerantes no que diz respeito aos homossexuais, fizeram aos líderes de ministérios que atuam entre eles. Depois de uma das mensagens do preletor oficial Bob Reagan, ligado à Êxodus e ao Regeneration Ministry, nos EUA, os pastores e líderes evangélicos foram convidados ao altar para uma oração de arrependimento e confissão de pecados como os de omissão ou rejeição dos homossexuais durante seus ministérios. Quase todos foram a frente. Mas os pastores não foram os únicos a pedir perdão. Os participantes que haviam vivido a homossexualidade ou ainda estavam envolvidos neste comportamento também pediram perdão por terem guardado mágoas contra pastores ou igrejas. Muitas lágrimas foram derramadas por ambos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
(1) Dra. Judith Reisman, Kinsey, sex & fraud (Hungtington House Publishers: Lafayette-EUA, 1990) p. 212.
(2) Questions I’m asked most about homosexuality, Na Interview with Sinclair Rogers (Choices: Singapura, 1993), p.4.
(3) John Ankeberg e John Weldon, Os fatos sobre a homossexualidade (Editora Chamada da Meia-Noite, 1997) pp.22-23.
(4) Dra Judith Reisman, Kinsey, sex & fraud (Hungtington House Publishers: Lafayette-EUA, 1990) e Kinsey: crimes & consequences (The Institute for Media Education, Arlington-1998).
(5) Dra Judith Reisman, Kinsey: crimes & consequences (The Institute for Media Education, Arlington-1998) p.234.
(6) Julio Severo (O movimento homossexual, Editora Betânia, Venda Nova – MG, 1998) p.20.
(7) Jefferson Magno Costa, Porque Deus condena o espiritismo (CPAD, Rio de Janeiro, 1987). P.81.
(8) Dr. Paul Cameron, The gay 90s (Adroit Press: Franklin – EUA, 1993), p.46.
(9) Pat Pulling, The Devil’s web (Hungtington House, Inc.: Lafayeitte – EUA, 1989), p.148.
(10) John Ankeberg e John Weldon, Os fatos sobre a homossexualidade (Editora Chamada da Meia-Noite, 1997), p.8.
(11) Joe Dallas, A operação do erro (Editora Cultura Cristã, São Paulo, 1998), p.237.
a. João Luiz Santolin, presbiteriano, presidente fundador do Moses, bacharel em Teologia e pós-graduado em Terapia da Família.
b. Sergio Viula, ministro batista, editor do jornal Desafio das Seitas, cofundador do Moses e Mestrando em Ministérios Globais.
c. Júlio Severo, obreiro da Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra e autor do livro O movimento homossexual – Editora Betânia.
Onde encontrar a publicadora da revista? Contato pelo site: www.icp.com.br
Onde encontramos hoje contato com o MOSES – Movimento pela Sexualidade Sadia: http://www.desafiodasseitas.org.br/moses.htlm que inclusive o texto compilado aqui se encontra neste site no link: http://www.desafiodasseitas.org.br/m-08.htm acessado em jun/16. Também encontrado aqui: http://www.cacp.org.br/a-teologia-gay/ acessado em jul/16.
PARECER DO BLOG ANTI-HERESIAS
Apesar de escrito 16 anos atrás, o texto compilado acima, este assunto ainda é pauta de grandes debates no Brasil e no mundo. O blog aqui nunca escreveu um assunto se quer sobre o tema, e creio ser oportuno, depois de muitas coisas ligadas à questão da agora chamada “homoafetividade” terem acontecido. Este texto poderia ter sido postado a mais tempo se eu tivesse usado o velho “Ctrl c” e o “Ctrl v”, todavia, preferi digitá-lo da revista supracitada em que tenho toda a coleção. Você perceberá, se comparar os textos, que realmente digitei. Fiquei mais livre para publicar o conteúdo e até comentar por ter sido já publicado anteriormente. E como digitei, me deu mais que uma leitura sobre o tema. Restando-me agora dar o parecer.
Sobre as contradições teológicas.
Concordo com a questão teológica sobre o caso de Levítico, e acrescento que o livro de Levítico é mencionado no Novo Testamento quando acontece o problema entre judeus cristãos e gentios cristãos, onde queriam que estes cumprissem a circuncisão (At.15.1) e guardassem a lei de Moisés (idem v.5). Então, quando os apóstolos e presbíteros se reúnem para resolver a questão (idem v.6) onde a palavra final foi: “Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais: que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Saúde”. (idem v.28,29 o grifo é meu). Observemos que a expressão “relações sexuais ilícitas” faz o texto correlato a Levítico 18. A palavra grega presente no trecho é “porneias” (1) que vem de “porneia”: “Relação sexual ilícita” (2). Sendo, portanto, uma confirmação da atualidade do capítulo do referido livro para a igreja cristã, onde consta dentre as relações ilícitas: “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação”.
Em relação ao caso de Davi e Jônatas, vejo que o uso do termo hebraico não foi feito uma exegese ampla. Pois, a passagem de 2Samuel 1.26 que diz: “Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; tu eras amabilíssimo para comigo! Excepcional era o teu amor, ultrapassando o amor de mulheres”. Onde consta realmente a palavra “ahabah” e sua flexão no manuscrito hebraico está como “ahavatekha” (3) se referindo ao “amor” de Jônatas por Davi e usa “meahavat” (3) referindo-se ao “amor” comparativo das mulheres. Mas a palavra hebraica “ahabah”, donde vêm às referidas flexões do manuscrito, significa: “1) amor: b) humano por objeto humano: b1) de uma pessoa em relação a outra pessoa, amizade, b2) de alguém para si mesmo; b3) entre homem e mulher; desejo sexual. 2) amor de Deus pelo seu povo. (2). O que vai determinar é o contexto bíblico. Onde já existia na época de Davi a Torah (que equivale ao Pentateuco na Bíblia cristã), primeira sessão da atual Tanakh (Bíblia hebraica). Que consta o livro de Levítico, texto mencionado anteriormente e provado seu repudio a prática homossexual. Então, pelo contexto, conclui-se que a palavra “ahabah”, nesse caso, aplica-se na primeira menção: “amor”, definição b1) “de uma pessoa em relação a outra pessoa, amizade”. Pois, seria uma contradição Davi descumprir um mandamento tão incisivo da Torah. E na segunda menção “amor” também. Que o amor de amizade entre as mulheres era inferior ao amor de amizade de Jônatas e Davi.
Quanto aos demais assuntos expostos no texto em apreciação, concordo com todas as palavras, são claras, exegéticas, e que conseguem contestar os argumentos colocados pela militância gay sem que me seja preciso acrescentar alguma coisa.
Sobre a apelação científica.
Pelo que li do texto, e também de outras resenhas e comentários sobre os relatórios de Kinsey, o uso da estatística não é comprovação científica de algo. A taxionomia nunca vai comprovar que existe um terceiro gênero. Não passam de meras especulações em torno do comportamento sexual humano. Kinsey não pôde comprovar cientificamente o terceiro gênero. E detalhe: Kinsey era biólogo, e antes de se dedicar a sexualidade, era professor de zoologia e especialista em estudo sobre insetos. Vale ressaltar que ele não tinha nenhuma formação acadêmica na psiquiatria, psicologia ou psicanálise. Deixando as teorias de Kinsey de lado, o ser humano comprovadamente é formado de sexo masculino e feminino ou macho e fêmea.
O apelo a ciência passou muito longe, uma vez que os exames não chegaram se quer a porta de um laboratório, mas se resumiram em números, estatísticas e entrevistas. Por exemplo: para um médico clínico geral dar um diagnóstico de uma doença ele precisa muito mais do que uma entrevista, estudo de comportamentos, etc. Os exames laboratoriais junto com a análise clínica é que dão o diagnóstico das doenças. Sem falar nas anomalias físicas externas ou sintomáticas que ajudam no diagnóstico junto aos exames. Outro exemplo: O que define que um ser humano é infectado por HIV não são estatísticas da doença, mas o exame de sangue. Se este é soropositivo. Os números não normalizam nada. Podemos ter uma estatística de violência de 70% isso não faz da violência uma ato normal.
Enfim, os relatórios de Kinsey onde se fundamentam todos os defensores da prática homossexual como normal é movediço, pseudocientífico e não passa de uma entrevista. Nada contra as pesquisas, pessoalmente gosto muito de pesquisa, estatísticas, mas usá-las como exame científico é querer tirar um parafuso com um alicante universal. Ferramenta errada. Então a estatística não presta para a ciência? Não é isso que quero dizer. A estatística serve a ciência para dar informação, por exemplo: quantos casos de Zica resultou em crianças com microcefalia? Todavia a estatística jamais vai diagnosticar que a Zica causa microcefalia. Isso cabe aos exames laboratoriais, pesquisas com amostras do vírus, exames dos fetos, etc. Portanto, Kinsey apenas deu números sobre o comportamento sexual de homens e mulheres, nada mais do que isso.
Sobre a homossexualidade e o candomblé.
Sou estudante de religião a muito tempo, desde os 15 anos de idade que me identifico com a pesquisa sobre a religiosidade, crenças, etc. Cursei dois anos de estudos sobre diversas crenças pelo Instituto Cristão de Pesquisas. Li diversos livros sobre crenças. Participei de um seminário de religiões ministradas pelo saudoso pastor Natanael Rinaldi. Agora associar a homossexualidade ao candomblé penso que seja uma questão o tanto exagerada, o mesmo também vejo sobre associar os cultos afro-brasileiros a obras dos demônios. Não podemos descartar que essas pessoas têm um fator em comum com todas as religiões: acreditar em algo superior, no divino. E todo ser humano tem um sentimento religioso dentro dele, mesmo que este seja ateu. Que no caso transfere o culto para si mesmo. Assim, vendo por essa ótica, os homossexuais vão para o candomblé pela liberdade que a religião oferece a este comportamento sexual e por acreditarem em algo mais do que o aqui e agora, do material. Eu desconheço qualquer doutrina do espiritismo, seja ele kardecista, baixo-espiritismo ou o espiritismo comum que tenha a homossexualidade como um comportamento errado.
Como cristão, não desconsidero a possibilidade de demônios oportunistas que, em meio ao culto aos ídolos, agirem para que este culto seja a eles. Pois desde que caíram, o desejo do seu líder maior: Belzebu, Satanás, Diabo, era ser maior ou igual a Deus. Mas, não podemos generalizar que todo umbandista ou praticante do candomblé, que pessoas ligadas ao espiritismo no geral, sejam endemoninhadas ou homossexuais. A meu ver a forte presença dos gays é muita mais por aceitação de como eles são nas referidas crenças do que por causa dessas crenças.
De certo modo a homossexualidade é por si mesmo uma crença. Pois, não tem comprovação científica da existência de um terceiro gênero. Logo, para isso se exige fé. E muita fé mesmo. Pois é um comportamento que luta contra a própria natureza, preservação da espécie humana, etc. Já ouvi um amigo gay me dizer: “eu fui destinado a ser gay desde que nasci”. Isso, quer os críticos queiram ou não, é uma fé determinista. Possuem até divindades: a sexualidade que queriam ter. E fazem tudo o que for possível para serem iguais a esses ídolos. Desde do vestir até fazer alterações no próprio corpo.
Sobre causas psicológicas da homossexualidade.
O que é normal? Se consultarmos o dicionário vamos encontrar várias definições desta palavra. Entretanto, o que me chama atenção para nosso presente tópico é: “Que é natural ou habitual, que é segundo a norma ou padrão”. Posso exemplificar na medicina a onde quero chegar: quando uma pessoa chega no consultório médico ela vai logo dizendo ao profissional que está sentido algo diferente, algo que não está normal em seu corpo. Pois o seu corpo tem uma normalidade de funcionamento, e tudo que foge a essa normalidade ele procura o médico para ajudá-lo. A “patologia” tem o prefixo “pat” que quer dizer: “Desvio, em relação ao que é considerado normal, do ponto de vista anatômico ou fisiológico, que caracteriza ou constitue uma doença”. Pense bem, se uma pessoa nasce de sexo feminino e tem um comportamento sexual de interesse e atração por outra pessoa de sexo feminino, isso é normal? Não sou psicólogo e nem psiquiatra – sou teólogo, mas o que estamos abordando aqui é evidente. O quê decide o que é? O fato de ter nascido mulher ou o pensar que é um homem, querer se vestir como homem, ter jeito de homem? Bom, para fatos não há argumentos, agora para “o pensar que é” podemos contra-argumentar aqui em centenas de linhas. Mas, vou poupar os leitores. O que quero mostrar aqui, chamando a atenção dos bacharéis e doutores da psicologia e psiquiatra, é que a homossexualidade precisa de um olhar mais desprendido da identidade do cidadão e focar mais no comportamento e em sua mente, se realmente quiserem pôr em prática o que aprenderam e se a sociedade quer realmente tratar essas pessoas. Pois tanto pode errar por omissão como pode errar por discriminação. O fato é que o homossexual deve ser visto como uma pessoa que precisa de ajuda. A omissão deixa-lhe a própria sorte, a deriva de suas ilusões utópicas, que vão aos extremos de práticas cirúrgicas para mudar aquilo que a natureza lhe deu; por outro lado, a discriminação faz ele se sentir mal, marginalizado pela sociedade, uma péssima condição de vida para o ser humano. Agora, “pegando o gancho” do autor do texto em apreciação, trocar comportamento por identidade é um desserviço ao campo do conhecimento acadêmico. E tudo sobre esse comportamento fica sem um estudo acurado, pesquisa e descoberta. Voltemos a pergunta inicial: O que é normal? Exemplifiquemos aqui uma pessoa de sexo masculino, mas pensa ser uma mulher, quer se vestir como mulher, ter jeito de mulher, etc., é normal? Quem decide essa questão? O fato natural dele ter nascido macho? Ou sua mente? Vejam como é incoerente: Na psiquiatra se alguém chegar no consultório dizendo que é um alienígena que morava no planeta k52 e que está de passagem pela terra, o que esse psiquiatra vai estudar? A sua cidadania ou o seu comportamento? A mente deste paciente condiz com o que ele de fato é? O psiquiatra vai ignorar esse comportamento? Vai acreditar nele? Você entende onde quero chegar? É muito incoerente o argumento apologético da militância gay e ao mesmo tempo também fraco, inócuo.
Não tenho nenhuma opinião contrária a pessoa, ao ser humano, que é gay. Podemos conversar, ser amigos, trocar ideias, mas não posso deixar de se preocupar com essa pessoa, pois não é natural, normal o comportamento sexual dela. Se estou errado em minha dissertação então vamos classificar os problemas mentais atuais tipo: depressão, pânico e ansiedade como discriminação dos médicos, dos psiquiatras, dos psicólogos. Não são pessoas que têm distúrbios mentais, são cidadãos e portanto deixemos elas assim. É isso que vamos fazer? O que é “distúrbio”? O dicionário diz: “funcionamento inadequado”. Isso é discriminação então? Não estou dizendo com isso que a homossexualidade seja uma doença da mente ou psicossomática. Não é a minha praia, já disse isso anteriormente, sou teólogo, aqueles que estudam a mente e o comportamento humano é que poderiam dizer do que se trata, mas não vejo nem interesse e nem incentivo para o estudo sobre o assunto. Toda problemática gay ficou restrita e “resolvida” nos relatórios de Kinsey. Nada mais a discorrer. Chega!
Sobre a igreja e os homossexuais.
Concordo com as palavras do texto em apreciação. A igreja peca muito em sua missão. Jesus disse que deveríamos pregar o evangelho a toda “criatura” (Mc.16.15) isso envolve todos os seres criados, claro que dentro do contexto aqui da Bíblia, o escritor do texto refere-se aos seres humanos. A todos, sejam eles intelectuais ou não, pobres, ricos, homens, mulheres, branco, negro, outras cores e raças, todos os povos, línguas e nações, etc. Jesus disse “fazei discípulos” está no imperativo e manda fazer isso por todas as “nações” (Mt.28.19). Isso inclui os gays, não podemos ser seletivos nessa missão. Todos precisam ser evangelizados, e os que creem precisam ser discipulados. E não vejo a igreja preparada para abordar e nem muito menos receber homossexuais em suas congregações. Parece que os pecados, isto é, os erros de conduta, a “anomia” humana é classificada em categorias: pequena, grave e gravíssima. Entretanto, não é isso que encontramos na Bíblia. As passagens de 1Coríntios 6.9,10 e Gálatas 5.19-21 não fazem nenhuma diferença. E a igreja deveria tratar o pecado sem diferenciá-lo, pois isso, acoberta e ameniza, aqueles que chamamos de “pequenos” erros (pecado – hamartia). Enquanto a igreja não parar de classificar os pecados, a entrada dos gays em nosso meio sempre vai ser difícil. Toda igreja local deveria ter em sua porta de entrada não só a frase “sejam bem-vindos” mas também “proibida a entrada de perfeitos”. E deveriam ser orientadas sobre como receber essas pessoas.
Há espaço para uma teologia gay?
Sim, na teologia cristã contemporânea e neo-ortodoxa. Mas na teologia cristã clássica e ortodoxa não tem nenhum. Pois há certos comportamentos do ser humano que são resultados de sua natureza pecaminosa, inclusive a homossexualidade, que Deus não a criou, mas que o ser humano adquiriu ao desobedecer à ordem divina de não comer do fruto de uma única árvore dentre todas que ele poderia comer (Gn.2.16,17; Rm.5.12,18,19). E ele desobedeceu por livre arbítrio (Gn.3.11), tornando-se um ser pecaminoso (Gn.6.5; Rm.7.18,20) E que, conforme vimos nos textos bíblicos citados mais acima, são “obras da carne” (desta referida natureza) e não obra divina.
Aos que negam o relato do Gênesis, é bom lembrar que Jesus fez menção ao casal Adão e Eva: “Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher”. (Mt.19.4). Vai ter que negar Jesus, ou negar que foi Jesus quem disse isto. Aí vamos ter que trabalhar outro texto sobre isso que não vem ao caso agora. Observemos que o escritor coloca duas palavras gregas inconfundíveis: “arsen” (macho, varão) e “thelus” (do sexo feminino, mulher, fêmea) (2). Uma correlação ao livro de Gênesis 1.27. Mostrando que Jesus conhecia o livro e o referendou. E na tradução LXX, versão grega do Antigo Testamento comum da época de Cristo, usa as mesmas palavras: “arsen” e “thelus”. O interessante que no mesmo texto grego o homem é chamado de “anthropos” (ser humano). Depois é que ele é classificado nos dois gêneros. Leiamos o referido texto:
“Criou Deus, pois, o homem [anthropos] à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem [arsen] e mulher [thelus] os criou”. Claro que no manuscrito da LXX a palavras gregas estão flexionadas conforme manda sua gramática.
Nessas poucas passagens bíblicas (poderia citar dezenas) temos a comprovação de que o relato de Gênesis foi reconhecido por Jesus, ele se referiu ao casal, que houve uma queda do ser humano (por meio desse casal), que acarretou em uma natureza pecaminosa, que há o padrão natural do ser humano de dois gêneros, e que no contexto (idem v.28), suas vidas devem se envolver sexualmente para procriação e preservação da espécie humana. Sendo, portanto, a prática homossexual um erro (pecado – hamartia) de comportamento na teologia cristã clássica e ortodoxa, mas que não é superior aos demais erros (pecados) descritos pela Bíblia. Sendo uma prática que foge ao extinto natural de preservação da espécie humana. E ao projeto divino de família, conforme relatou Moisés e Jesus referendou:
Moisés:
“E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. (Gn.2.23,24).
Jesus:
“Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. (Mt.19.4-6).
Conclusão.
O texto em apreciação, donde o blog Anti-heresias dar aqui o seu parecer, é uma dissertação que não parou no tempo e ainda hoje continua soando como uma sirene alertando todos, sejam cristãos ou não, estudiosos da mente humana, cidadãos comuns. Que todos possamos discutir o assunto sem que sejamos privados de omitir nossa opinião e também que toda a sociedade venha olhar para os homossexuais como gente, cidadão, ser humano, e acima de tudo: reprimir toda e qualquer violência contra essas pessoas. Os cristãos sabem muito bem o que é isso quando estão em lugares do mundo onde a perseguição a fé cristã é extrema. Portanto, somos totalmente contra a violência o tanto quanto a privação da liberdade de expor ideias. Vejo que essas atitudes vêm de pessoas que não tem capacidade de dialogar, replicar e nem muito menos de ouvir quem pensa diferente.
O intuito do blog aqui jamais será de desdenhar da fé alheia, nem incitar o ódio. Ainda que discordemos firmemente desta crença, reiteramos nosso respeito às pessoas que a professam, e afirmamos o evangelho como o caminho de salvação.
Referências:
(1) Manuscrito grego Textus Receptus
(2) Léxico grego e hebraico de Strong
(3) Manuscrito hebraico antigo (sem vogais) da Bíblia Online Módulo Avançado, versão 3.0 comparado ao texto com vogais do site http://www.hebraico.pro.br/r/biblia/quadros.asp
Dúvidas e esclarecimentos escreva para: anti-heresias@hotmail.com
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