Aparentemente pensamos que a guarda do sábado judeu e adventista trata-se da mesma coisa. Entretanto, existe uma diferença relevante entre ambos os lados e é preciso ser exposto aqui para que as pessoas venham conhecer. Olhando rapidamente não percebemos nenhuma diferença, mas quando entramos nos alicerces onde se fundamenta tais observâncias, veremos que não são idênticas. Vejamos a seguir:
A guarda do sábado Judeu.
Os judeus guardam o sábado por causa de uma aliança que Deus fez com eles conforme registra no Tanakh: “E os filhos de Israel guardarão o Shabat, para fazer do Shabat uma aliança perpétua por suas gerações. Ele é um sinal entre Mim e os filhos de Israel para sempre, de que em 6 dias o Eterno fez os céus e a terra, e no 7º dia folgou e descansou”. (Êx.31.16,17 BH/PT). Os judeus têm o sábado como sinal da aliança que o Eterno fez com eles. Um memorial de que Deus os livrou das mãos dos egípcios: “E lembrarás que servo foste na terra do Egito, e que o Eterno, teu Deus, te tirou de lá com mão forte e com braço estendido; portanto o Eterno, teu Deus, te ordenou para fazer o dia de Shabat”. (Dt.5.15 BH/PT). E assim, eles criaram um calendário semanal baseado nos dias da criação, conforme relata o v.17 que são: Rishon, Sheni, Shlishi, Revii, Chamishi, Shishi e Shabat. Talvez alguém questione: E matar, roubar, adulterar, cobiçar, idolatrar, dar falso testemunho, tomar o nome de Deus em vão, adorar outros deuses, fazer imagem de escultura, são mandamentos só pra Israel? Óbvio que não, pois esses mandamentos não têm a especificação como faz na questão do sábado (ver Ec.12.13 ARA). Outros dizem: mas, Deus descansou no sétimo dia, assim deveria toda a humanidade fazer o mesmo. Porém, quando Deus diz isso para Israel, ele está fazendo uma comparação, que assim como ele trabalhou em seis dias para criar o mundo e descansou no sétimo, o mesmo deveria fazer o povo de Israel. E ainda outros insistem que o sábado é mandamento desde a criação baseando-se em Gênesis 2.2,3. Todavia, esse referido texto não contém uma ordenança de se guardar o sábado, o que tem é apenas uma narrativa do encerramento da criação. Que, aliás, é bom dizer aqui que esse “dia” após a criação não se trata de um dia literal. A princípio, por ter Deus encerrado a criação o seu descanso ou o cessar de suas obras não poderia se resumir a um mero dia de 24 horas, mas a eternidade, pois Deus é eterno. Em segundo lugar, podemos observar que em todos os dias da criação consta a contagem de “tarde e manhã, dia x” (ver Gn.1.5, 8, 13, 19, 23, 31 ARA), porém o sétimo dia não consta contagem alguma. Enfim, o 7º “dia” de descanso de Deus é eterno.