O monarquianismo tem a sua origem da controvérsia trinitariana entre
os bispos Ário e Atanásio e da confusão teológica que havia na Igreja para
definir didaticamente a doutrina da Trindade. O bispo Ário negava a divindade
de Jesus, já Atanásio defendia. Mas, ele ganha força e nome com um bispo da Igreja
chamado Sabélio, que negava a doutrina da Trindade explanada por Tertuliano. O
cognome mais primitivo do monarquianismo atribuísse a Sebélio, formulando-se
“sabelianismo”. Sabélio opôs-se ao ensino ortodoxo da Trindade Essencial,
defendendo a doutrina da Trindade Econômica. Deus, disse Sabélio, teria uma
substância indivisível, mas dividido em três atividades fundamentais, ou modos,
manifestando-se sucessivamente como o Pai (criador e legislador), Filho (o
redentor), e o Espírito Santo (o criador da vida, e a divina presença no
homem). Efetivamente Sabélio negava "qualquer distinção entre os termos
substância (ousía) e hipóstase (hypóstasis) aplicáveis às três
pessoas na trindade, de tal modo que, entre elas, não existiria nenhuma
diferença, uma vez que são perfeitamente iguais. A sua fama iniciou-se quando
foi para Roma, tornando-se líder daqueles que aceitaram a doutrina do
monarquianismo modalista. Foi excomungado pelo Papa Calixto I em 220.